Sulinha Cidad3: Bravo! indica | 25 de Abril a 02 de maio

Bravo! indica | 25 de Abril a 2 de maio

// ARTE
Diálogo Vivo

A Kovak & Vieira comemora dois anos de atividades com a individual “Factory Influences”, de Abidiel Vicente . Artista visual conhecido por suas críticas bem-humoradas ao consumo e à cultura pop, Vicente reúne 12 obras que combinam pintura, aerografia e serigrafia manual, em diálogo com o legado de Andy Warhol e o designer britânico Peter Saville. A exposição tem abertura no dia 22 de abril, às 16h, e segue com visitação gratuita até 20 de maio, nos Jardins, em São Paulo.

||| Influências de Fábrica | Kovak & Vieira - R. Cônego Eugênio Leite, 150 – Jardins | Até 20 de maio. De segunda a sexta das 10h30 às 17h30 e aos sábados das 11h30 às 16h30; domingos somente com agendamentos | Gratuito

// ARTE
Adriana Varejão em dose tripla

Em quatro décadas de produção, Adriana Varejão construiu uma das trajetórias mais potentes da arte contemporânea brasileira. Ao longo de sua carreira, Varejão explorou uma ampla gama de materiais para abordar temas centrais da identidade brasileira: colonialismo, mestiçagem, corpo e memória cultural. Neste início de ano ela apresenta sua obra em três exposições simultâneas, realizadas em Nova York (EUA), Lisboa (Portugal) e Atenas (Grécia). Cada uma delas propõe um recorte específico da história, com olhares distintos, mas todas atravessadas por sua paixão pela cerâmica. “Acredito no trabalho. As ideias surgem quando a gente está em ação, em embate com o fazer. Se estou com bloqueio criativo, vou para o ateliê”, disse à Bravo!. Leia a conversa com a artista e saiba mais sobre as mostras

// CINEMA

Estreias da semana

Noel Rosa - Um Espírito Circulante

Dirigido por Joana Nin, o documentário musical percorre Vila Isabel em busca dos vestígios deixados por Noel Rosa, que morreu precocemente aos 26 anos, em 1937. Com quase 250 composições no legado, o filme traça pontes entre o passado e o presente, mostrando como o samba e a figura do compositor seguem vivos em seu bairro natal. A obra reúne vozes históricas, como Cartola e Aracy de Almeida, a nomes contemporâneos, como Mart’nália, Dori Caymmi e Moacyr Luz.

Betânia

Dirigido por Marcelo Botta, e filmado inteiramente nos Lençóis Maranhenses com elenco local, o longa acompanha Betânia, uma parteira de 65 ano s que, após perder o marido por complicações causadas pela falta de acesso a alimentos saudáveis, insiste em permanecer no povoado isolado entre as dunas. Enquanto resiste aos apelos das filhas para se mudar para o vilarejo onde nasceu — mas nunca viveu —, ela reafirma sua ligação com a terra, a memória e a resistência no coração do Maranhão.

// CINEMA
Bravo! Conversa

Começou ontem a 1ª edição do Festival de Cinema Europeu Imovision, promovido pela distribuidora homônima e com parceria de mídia da Bravo!. A programação exibe 14 títulos inéditos por aqui entre eles “Dreams”, do norueguês Dag Johan Haugerud, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim pde 2025. O longa encerra a trilogia sobre os limites do desejo, que inclui também “Sex e Love”, já disponíveis na plataforma de streaming da Imovision. As sessões ocorrem em mais de 30 cidades do país. Há também debates presenciais com críticos e realizadores em Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Amanhã (26), nossa editora-chefe irá mediar dois deles no Reserva Cultural da capital paulista:

14h - A Luz, com o cineasta Tom Tykwer e a crítica de cinema Isabela Faria. Tom dirigiu também "Corra, Lola, Corra" (1998) e "Perfume: A História de um Assassino" (2006).

20h45 - Emanuelle, com a diretora Audrey Diwan e a crítica de cinema Paula Jacob. Diwan foi consagrada com o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “O Acontecimento” (2021).

Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo site: movieid.com/hotsite/festival-de-cinema-europeu-imovision-2025

// LIVROS

Série Crioula

A Cosac retoma seu catálogo com uma nova coleção dedicada à História do Brasil entre os séculos XVI e XIX. Os cinco primeiros volumes resultam de pesquisas documentais e abordam temas como a trajetória de mulheres negras escravizadas e libertas, a atuação da Inquisição na Bahia, a religiosidade de matriz africana, a prática da caça às baleias e a presença de mulheres escritoras e viajantes no século XIX. Entre os pesquisadores que assinam os volumes estão Sheila de Castro Faria, Angelo Adriano de Faria Assis, Ronaldo Vainfas, Anderson José Machado de Oliveira e Ludmila de Souza Maia. A coleção reúne estudos de diferentes universidades brasileiras e busca ampliar o acesso a pesquisas históricas com livros bem documentados, edições acessíveis e linguagem clara, sem abrir mão do rigor acadêmico.

// LIVROS

O feminino e a abjeção

O livro O feminino e a abjeção – Ensaios sobre a (ob)scena contemporânea, de Janaina Leite, investiga a relação entre sexualidade, corpo e arte. Baseada em sua tese de doutorado de 2021, a obra mistura teoria, prática artística e experiências pessoais. A autora reflete sobre o conceito psicanalítico do "enigma da sexualidade" e como isso se conecta com suas vivências e investigações. Janaina explora como essa ideia está presente nas manifestações artísticas contemporâneas e como ela desafia normas sociais e culturais. A autora examina também os limites do corpo e da consciência, tratando de como esses temas se conectam com questões sociais e políticas.

// MÚSICA

Renato 80

O show, que abre turnê no Sesc Pinheiros nos dias 26 e 27 de abril, celebra os 80 anos de Renato Teixeira e suas mais de seis décadas dedicadas à música brasileira. Compositor de Romaria — eternizada na voz de Elis Regina — e parceiro de Almir Sater, Sérgio Reis e Pena Branca & Xavantinho, ele ajudou a renovar a música sertaneja a partir dos anos 1970. No palco do Teatro Paulo Autran, o cantor apresenta clássicos como Tocando em Frente e Amanheceu Peguei a Viola, em um espetáculo que entrelaça canções e memórias de estrada.

||| Renato 80 | Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195 | De 26 a 27 de abril | sábado, às 21h e domingo às 18h  | Ingressos: R$ 70 (inteira); R$ 35 (meia) e R$ 21 (credencial plena)

// MÚSICA

Tempo Rei

Gilberto Gil se despede das turnês com a majestosa Tempo Rei, uma celebração à sua trajetória e um tributo à própria noção de tempo — tema que o acompanha desde os versos de sua emblemática canção homônima, composta em 1984. A turnê marca o encerramento de um ciclo para um artista que ocupa múltiplos papéis na vida cultural brasileira: músico, tropicalista, ex-ministro da Cultura, acadêmico. Com um repertório que atravessa gerações e se confunde com a memória sonora do país, Gil atraiu um público expressivo — foram 212 mil ingressos vendidos em menos de quatro dias. Nesta sexta-feira e sábado, ele encerra a turnê em São Paulo, com duas apresentações no Allianz Parque.

||| Tempo Rei | Allianz Parque - Av. Francisco Matarazzo, 1705 - Água Branca | 25 e 26 de abril, a partir das 20h | Ingressos: a partir de R$ 115

// TEATRO

Eu Sou um Monstro, de Fause Haten

O espetáculo retorna ao Teatro Vivo para sua nova temporada, a partir deste fim de semana. A peça é inspirada em um episódio da vida de Francis Bacon, que, ao encontrar o namorado morto na véspera de uma exposição, decide manter o corpo no local para não cancelar o evento. A partir dessa narrativa, Haten cria uma performance que mistura teatro, vídeo e artes plásticas, levando o público a refletir sobre a identidade e a "monstruosidade" do ato criativo. Juntamente com a temporada, Haten lança o livro da peça, que oferece uma imersão no processo criativo do espetáculo. Com fotos-performances inéditas e textos inéditos, o livro também traz reflexões sobre o conceito de "monstruosidade" e o trabalho de distorção facial, que se tornou uma marca do artista.

||| Eu Sou um Monstro | Teatro VIVO - Espaço Convivência - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 | De 26/04 a 18/05 de 2025, sábados às 20h e domingos às 18h | Ingresso: R$100 (inteira), R$50 (meia-entrada)

// DANÇA

50 anos do Grupo Corpo

Em entrevista concedida à nossa colunista Ana Claudia Paixão, o coreógrafo Rodrigo Pederneiras compartilha uma retrospectiva apaixonada e sincera sobre os 50 anos do Grupo Corpo, companhia mineira que se tornou uma referência mundial na dança contemporânea brasileira. Ao revisitar as três fases marcantes da trajetória do grupo, Pederneiras revela como a música sempre foi o eixo central de seu processo criativo. Com a autoridade de quem viveu todas as transformações da companhia por dentro, ele fala sobre a busca por uma dança que emocione sem depender da narrativa tradicional e o cuidado em preservar o repertório sem deixar de olhar para o novo. Leia a conversa na íntegra.