O desempenho dos governadores nas políticas públicas de educação pode ser determinante para suas aspirações presidenciais em 2026. Com base nos resultados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), o cenário revela disparidades significativas entre potenciais candidatos da direita.
"Se você pega os dados de educação, vamos pegar aqui um indicador importante, que é a nota padronizada do Saeb e comparar 2017, antes do Zema se tornar governador, com 2023, já avançando no segundo mandato dele", propõe José Roberto de Toledo, que apresenta um panorama preocupante para o governador mineiro.
Enquanto Romeu Zema (Novo) viu Minas Gerais cair do quarto para o sétimo lugar no ranking nacional, dois outros governadores conservadores melhoraram expressivamente seus indicadores. "Goiás, do Caiado, passou de terceiro para primeiro lugar na nota do Saeb. E o Paraná, do Ratinho Júnior, passou de sétimo para segundo", compara Toledo, destacando que ambos "são os principais pré-candidatos que estão tentando se viabilizar".
O comportamento do governador de São Paulo também foi comentado. "O Tarcísio diz que não [é candidato], ele tem que fazer charminho para o Bolsonaro não ficar nervosinho. Diz que não, mas dá uma piscadinha", observa Thais Bilenky.
Os resultados educacionais de São Paulo, porém, não são animadores. "A educação em São Paulo está muito mal e piorando", alerta Toledo, acrescentando que o estado, junto com Rio de Janeiro e Bahia, "puxa a média do Brasil para baixo". A segurança pública também é citada como problema em São Paulo, com "um vexame atrás do outro".
"Esse é um assunto que eu acho que a gente cobre mal na imprensa, porque ou o noticiário nacional só se fala do governo federal, ou ele é municipal", analisa Toledo. "O governo estadual fica ali meio num limbo. Raramente se fala de políticas públicas estaduais."