Já os outros dois ingredientes, qualidade e responsabilidade, entram juntos na nossa panela. E qualidade não é achar bom ou ruim – isso é subjetivo. É sobre fazer bem feito e com respeito, porque ser responsável, no jornalismo, não é uma especiaria que você escolhe ou não usar.
No Intercept, denunciamos, sim, mas abrimos espaço para o denunciado falar. É justo – mas se ele vai conseguir se explicar é outro papo. Não publicamos nada sem investigar, conferir nem provar. Apontamos erros, mas não encobrimos nossas falhas. Também sofremos críticas e ataques covardes, mas não nos intimidamos. Confiamos no nosso trabalho.
Chegou a hora de explicar como nossa cozinha funciona. Na prática, o repórter é o cozinheiro. É ele quem geralmente usa os ingredientes para trazer uma ideia de receita (reportagem) – ou recebe a sugestão de quem tem um bom menu, o que chamamos de fontes.
A partir daí, entra um dos editores, que ajuda a avaliar e validar se a receita vai ou não para o cardápio do dia, ou seja, se será publicada. Mas vale dizer que editores também cozinham – e os nossos adoram fazer isso. Afinal, somos todos jornalistas.
Com a receita validada, cabe ao repórter preparar o prato (reportagem). Como ele faz isso? Pesquisando, conversando com as fontes, fazendo entrevistas, juntando documentos e conectando informações.
Não há um roteiro pronto. Mas não existe matéria miojo por aqui, não. Cada receita tem as suas necessidades, o seu tempo e as suas complexidades – é por isso que os ingredientes base são cruciais. Não preciso dizer que também por esta razão tem receitas que você só encontra aqui no Intercept.
Quando o repórter termina e libera a panela na cozinha, é a vez de editores avaliarem, revisarem e checarem se está tudo correto. A degustação é criteriosa, mas não é júri do MasterChef, tá? É só mais uma etapa de um trabalho conjunto. Inclusive, tem receita tão complexa que vários editores precisam degustar. Até mesmo nossos advogados. Só aí o prato chega na sua mesa.
Mas tem muito mais gente botando a mão na massa nessa cozinha. Além de jornalistas, aqui no Intercept tem especialistas em design, vídeo, redes sociais, tecnologia, dados, entre outros, para que as receitas sejam o mais bem executadas possível. E cada pitada de conhecimento é que garante o impacto que faz a diferença na sua vida.
Por fim, chegamos à última parte: como você pode ajudar a definir o cardápio. É que, na nossa cozinha, não são apenas os chefs e cozinheiros que decidem o que vai ser servido. Acreditamos que jornalismo se faz junto com o público. Nós perguntamos e ouvimos.
Além de recebermos sugestões de reportagens de jornalistas do Brasil e do mundo, muitas investigações vêm à tona graças a você que nos lê. Não conseguimos fazer com que todas as ideias entrem no cardápio, mas posso te garantir: todas as sugestões – todas, mesmo – são lidas e avaliadas pela nossa equipe. Muitas, inclusive, são o ponto de partida para um trabalho mais elaborado que vai resultar em “pratos” impactantes para servir meses depois.
Então, não hesite em nos mandar aquela receita que só você sabe ou acha que pode dar um bom caldo no Intercept – é só enviar para pautas@intercept.com.br.
E, como qualquer restaurante de sucesso, dependemos muito do boca a boca de clientes satisfeitos. Precisamos de novas pessoas dispostas a confiar em nossos chefs e vir de todo o país para provar nossas criações.
O ano de 2025 está só começando. Mas aqui já estamos com as panelas no fogo. Em breve, vamos começar a servir aquilo que você mais gosta: o jornalismo mais corajoso do Brasil. Não preciso dizer que não pouparemos pimenta na refeição dos poderosos e corruptos.
Espero que você goste – e colabore – para que o nosso cardápio dê água na boca de quem acredita em um mundo mais justo.