A Controladoria-Geral da União (CGU) fez um levantamento, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, com 26 organizações não-governamentais (ONGs) que receberam emendas parlamentares. Apenas quatro apresentaram os padrões de transparência necessários e só metade das entidades apresentaram algum tipo de transparência nos repasses.
O comentarista da Band News FM Rodrigo Orengo avalia que nos últimos anos houve uma deburocratização preocupante dos repasses de emendas com a criação das chamadas emendas pix. Elas permitiam transferências diretas aos caixas de governos estaduais e prefeituras, sem critérios de transparência e rastreabilidade e não indicavam o nome do parlamentar que tinha direcionado o repasse.
Os dados do levantamento são mais um capítulo do impasse em torno das emendas parlamentares. Em agosto, o ministro Flávio Dino suspendeu os repasses por suspeitas de corrupção.
Orengo destaca que o governo federal vai começar 2025 sem o orçamento aprovado e as emendas devem permanecer na pauta do Congresso ao longo deste ano.