Olá, bom:
Começa um ano que promete ser interessante. Embora isso não seja necessariamente positivo. Andrea Rizzi analisa na nossa reportagem de capa os grandes desafios geopolíticos que nos aguardam num mundo em crise, conflito e mudança.
Vladimir Putin destruiu a ordem que surgiu após o fim da Guerra Fria, quando invadiu a Ucrânia, e à sua frente encontrará um bloco democrático cada vez mais dividido. Nos Estados Unidos, o segundo mandato de Donald Trump ameaça esquecer o multilateralismo, que pode levar a guerras comerciais, ao abandono da luta contra a crise climática e à indiferença ao avanço do autoritarismo, com a colaboração de tecno-milionários como Elon Musk.
O resumo mais alarmante é feito pelo think tank International Crisis Group: “O mundo parece caminhar para uma mudança de paradigma. A questão é se isso acontecerá nas mesas de negociação ou nos campos de batalha.”
Mas não há necessidade de cair no pessimismo. Como recorda a análise de Rizzi, é uma oportunidade para a União Europeia reivindicar o seu papel e defender os avanços que a cooperação, os acordos e a democracia nos trouxeram. Esperemos que essa oportunidade não seja desperdiçada.
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