Extremamente comum no ocidente, essa data sequer existe em diversos países do mundo.
Considerado como a melhor data do ano por muitas pessoas, o dia 25 de dezembro, quando é comemorado o Natal, é baseado no nascimento de Jesus Cristo.
Entretanto, por mais que pareça estranho para a maioria das pessoas que moram nas Américas e na Europa, em muitos lugares do mundo o Natal simplesmente não existe.
De acordo com a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), o cristianismo, religião da qual a comemoração é proveniente, é praticado por apenas 31,4% da população mundial.
Os outros 68,6% de habitantes da Terra se dividem entre islamismo (23,2%), hinduísmo (15%) e outras religiões e credos ou ausência de crença (ateísmo).
Em outras palavras, mais da metade da população do mundo, algo em torno de 5,5 bilhões de pessoas, não comemora o Natal por não ter afinidade com a tradição religiosa que ensina sobre o festejo natalino.
(Imagem: divulgação)
Como é a vida sem o Natal?
Assim como o cristianismo, todas as outras religiões praticadas ao redor do planeta têm seus próprios calendários com datas festivas em alusão a alguma coisa.
No islã, por exemplo, as pessoas comemoram basicamente datas ligadas ao profeta Maomé, o alegado criador da religião. Para eles, Jesus foi apenas um profeta iluminado por Deus e o dia do seu nascimento não importa tanto assim.
A título de comparação, quase 1,9 bilhões de pessoas se declaram muçulmanas (seguidoras do islamismo) no mundo, frente aos 2,5 bilhões de cristãos que existem.
A maioria dos países onde o islã é a religião padrão ficam no Oriente Médio e no norte da África, além de várias nações asiáticas e da Turquia, localizada na Europa.
Outra grande religião totalmente diversa ao cristianismo é o hinduísmo, praticado na Índia por quase todos os seus 1,4 bilhão de habitantes.
O credo indiano pressupõe a existência de milhares de deuses, com cada um tendo celebrações e datas comemorativas específicas.
Budismo
Hoje visto muito mais como um estilo de vida do que como uma religião aos moldes ocidentais, o budismo é a crença predominante em diversos países da Ásia, como Mongólia, Vietnã, Tibet, Camboja, Tailândia, Sri Lanka e diversos outros.
Iniciado por um monge chamado Sidarta Gautama, o Buda, essa filosofia prega a meditação como forma de se alcançar um estado de superioridade e transcendentalidade. Não existem deuses ou filosofias adjacentes que influenciam essa crença.
E a China?
Na China, que acabou de perder o posto de país mais populoso do mundo para a Índia, a religião principal é o taoísmo, uma espécie de “budismo politeísta”.
A China tem suas próprias festas, como o Ano Novo Chinês, e outras datas nas quais são comemoradas o nascimento de grandes líderes e ancestrais importantes.
Japão e Coreia do Sul
Comparativamente, o Japão também possui seus próprios costumes nacionais relacionados ao xintoísmo, uma antiga religião animista que não tem fundador ou livro sagrado. Na Terra do Sol nascente o budismo também é muito forte.
Já na Coreia do Sul o que se vê é um caso curioso. O país, que originalmente tinha maioria budista, hoje pode ser considerado como um dos três países de maioria cristã da Ásia, ao lado de Timor Leste e Filipinas.
De acordo com especialistas, esse movimento se deu principalmente devido à influência dos Estados Unidos na região após a Segunda Guerra Mundial, com a introdução da fé cristã, sobretudo com a vertente protestante. Ou seja, na Coreia do Sul o Natal é comemorado!
Israel e o judaísmo
Todo bom cristão sabe que Jesus Cristo era judeu, tendo nascido em Belém da Judeia na época em que a região era dominada pelo Império Romano.
Contudo, o cristianismo não chegou para reformular a religião já existente no país, o judaísmo, mas sim servir como uma espécie de releitura ou extensão dos seus dogmas.
Mesmo com o advento da religião fundada por Cristo, os judeus seguem esperando seu próprio Messias, negando que Jesus o seja, como creem os cristãos.
Por causa disso, a religião estabelecida pelas Leis de Moisés segue sendo proferida pelos rabinos em suas sinagogas em Israel e em todo o mundo.
Em vez do Natal, os judeus costumam comemorar datas como o seu próprio Ano Novo, o Hanukah, o Dia da Expiação (Yom Kippur), a Páscoa (também comemorada pelos cristãos) e outros feriados religiosos.
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