Consciência é luz que Deus nos deu é que somos obrigados a seguir. Mas existe a obrigação de cada um, de acordo com suas posses, de procurar ter a consciência vendo claro e vendo certo. Vejam, através de exemplos práticos, a diferença entre consciência ingênua e consciência crítica.
A consciência ingênua não procura as causas nem as consequências dos fatos e dos problemas sociais. A consciência crítica está numa constante procura das causas e das consequências dos problemas.
A consciência ingênua aceita passivamente uma educação tradicional, baseada no seguinte espírito: Educador sabe tudo e deve mandar. O aluno não sabe nada e deve obedecer. A consciência crítica exige a participação plena do aluno na sua própria educação e luta para romper com a educação imposta de cima para baixo.
A consciência ingênua acredita que uns nasceram para dominar e outros para serem dominados. A consciência crítica acredita na fundamental igualdade dos homens e na urgência de acabar com a relação oprimidos-opressores.
A consciência ingênua acha que o essencial é vencer na vida. Tudo o mais deve ser posto à serviço deste fim. A consciência crítica acha que o problema principal é dar aos homens a possibilidade de ser gente de verdade.
A consciência ingênua não percebe que os meus de comunicação social (rádio, TV, jornais, revistas...) manipulam e massificam o povo. Silenciam ou deformam a verdade: criam um mundo artificial que só corresponde aos interesses dos que estão em cima.
A consciência crítica está numa constante atitude crítica dianteira dos meios de comunicação social. Acha que eles só podem desenvolver função libertadora na medida em que criticam a realidade claramente e levam o povo a assumir uma atitude ativa diante dos problemas.
A consciência ingênua acha que nas questões políticas o melhor partido é o da neutralidade, pois comprometer-se é perigoso. A consciência crítica sabe que meter-se em política é ocupar-se das causas do povo. Não tem medo de comprometer-se, pois considera o risco da luta mais vantajoso do que a escravidão do pacifismo.
A consciência ingênua acredita no mito do desenvolvimento econômico descrito pelas estatísticas. A consciência crítica acredita que o desenvolvimento só é verdadeiro quando atinge o homem todo e todos os homens.
Viram a importância de passar de uma consciência ingênua para uma consciência crítica? Continuem a descobrir como diante dos acontecimentos da vida funcionam os dois tipos de consciência. E qual é o seu? Sua consciência é ingênua ou crítica?"
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Consciência ingênua e consciência crítica
Dom Helder Camara, em 09 de janeiro de 1975
Crônica extraída do livro Meus queridos amigos - as crônicas de Dom Helder Câmara, 2016, Cepe.
A consciência ingênua não procura as causas nem as consequências dos fatos e dos problemas sociais. A consciência crítica está numa constante procura das causas e das consequências dos problemas.
A consciência ingênua aceita passivamente uma educação tradicional, baseada no seguinte espírito: Educador sabe tudo e deve mandar. O aluno não sabe nada e deve obedecer. A consciência crítica exige a participação plena do aluno na sua própria educação e luta para romper com a educação imposta de cima para baixo.
A consciência ingênua acredita que uns nasceram para dominar e outros para serem dominados. A consciência crítica acredita na fundamental igualdade dos homens e na urgência de acabar com a relação oprimidos-opressores.
A consciência ingênua acha que o essencial é vencer na vida. Tudo o mais deve ser posto à serviço deste fim. A consciência crítica acha que o problema principal é dar aos homens a possibilidade de ser gente de verdade.
A consciência ingênua não percebe que os meus de comunicação social (rádio, TV, jornais, revistas...) manipulam e massificam o povo. Silenciam ou deformam a verdade: criam um mundo artificial que só corresponde aos interesses dos que estão em cima.
A consciência crítica está numa constante atitude crítica dianteira dos meios de comunicação social. Acha que eles só podem desenvolver função libertadora na medida em que criticam a realidade claramente e levam o povo a assumir uma atitude ativa diante dos problemas.
A consciência ingênua acha que nas questões políticas o melhor partido é o da neutralidade, pois comprometer-se é perigoso. A consciência crítica sabe que meter-se em política é ocupar-se das causas do povo. Não tem medo de comprometer-se, pois considera o risco da luta mais vantajoso do que a escravidão do pacifismo.
A consciência ingênua acredita no mito do desenvolvimento econômico descrito pelas estatísticas. A consciência crítica acredita que o desenvolvimento só é verdadeiro quando atinge o homem todo e todos os homens.
Viram a importância de passar de uma consciência ingênua para uma consciência crítica? Continuem a descobrir como diante dos acontecimentos da vida funcionam os dois tipos de consciência. E qual é o seu? Sua consciência é ingênua ou crítica?"
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Consciência ingênua e consciência crítica
Dom Helder Camara, em 09 de janeiro de 1975
Crônica extraída do livro Meus queridos amigos - as crônicas de Dom Helder Câmara, 2016, Cepe.
Dom Hélder Pessoa Câmara OFS (Fortaleza, 07 de fevereiro de 1909 — Recife, 27 de agosto de 1999) foi um bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil. Pregava uma Igreja voltada para os pobres e a não-violência.
Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o brasileiro por mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, com quatro indicações.
A Lei nº 13.581, de 26 de dezembro de 2017, declarou Dom Helder Câmara como Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos.
"Meu filho, eu me preocupo com quem não tem roupa para usar, mas com quem tem para tirar, não me importo"
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