04 janeiro, 2014

MUSEU SENNA – UM SONHO POR CONCRETIZAR.



O JORNALISTA PORTUGUÊS FRANCISCO SANTOS, QUE TRABALHOU E VIVEU MUITOS ANOS NO BRASIL, E É AUTOR DE FAMOSAS BIOGRAFIAS SOBRE AYRTON SENNA, DETONA VIVIANE SENNA EM SEU BLOG PESSOAL

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MUSEU SENNA – UM SONHO POR CONCRETIZAR.

Bem, não é disso, dessa enorme e fedorenta sujeira que vos escrevo hoje. É de outra, sobre a qual já escrevi, e que escandaliza muitos milhares, milhões de fãs de Ayrton Senna – depois de quase 20 anos do tanta, tanta gente que tinha no Ayrton uma luz de esperança, de orgulho, uma alegria nas suas vidas muitas vezes desgraçadas, que via nele um símbolo, um herói; depois de tanto tempo de orfandade de Ayrton, continuam sem saber por que motivo ainda não têm um museu do símbolo da sua esperança e de motivo de alegria?
Por que motivo a TAS-Torcida Ayrton Senna, que continua a ser levada a custas penas pelo meu amigo Adilson Carvalho de Almeida, merece, como sempre, a indiferença da Fundação Ayrton Senna, e tem como amparo apenas o Patriarca de família, o Sr Milton, pai de Ayrton, e o desdém da “todo poderosa” Viviane Senna da Silva Lalli, irmã de Ayrton, que só no ano passado confessou publicamente numa entrevista à TV Record que a ideia do seu irmão não era exatamente fazer uma fundação com o seu nome, mas fazer uma série de ações beneficentes, como ele sempre fez de modo sigiloso. Aliás não seria pensável que fosse de outra forma, já que Ayrton sempre se opôs a qualquer divulgação ou publicidade aos seus atos beneméritos nos últimos anos da sua vida. Ele sempre quis manter o anonimato das suas doações. Algo muito diferente do que a psicóloga, Dra. Viviane tem vindo a fazer nos últimos 18 anos.
Mais uma vez me questiono: já que Viviane – que, sem dúvida, tem o grande mérito de ter fundado e mantido florescente o Instituto Ayrton Senna, com obras de grande valor social – sobretudo para crianças – a que sempre faz questão de associar o nome de Ayrton e o seu – por que motivo até agora não proporcionou ao povo brasileiro – e não só – o Museu Ayrton Senna, para o qual o Município de São Paulo já teria doado um terreno?
Não foi certamente a pífia exposição (embora tecnologicamente muito moderna e interessante) que organizou há dois anos num canto da Estação de Metro da Sé, em São Paulo, que pode satisfazer o povo, e muito menos esteve à altura de Ayrton, seja em dimensão seja em forma seja ainda pela falta de perenidade que ele merece.
Não será certamente por falta de fundos que esse museu ainda não foi erguido pois não faltarão apoios pera o erguer e manter. Está Viviane à espera do quê?
Lamentável. Como seria uma justa homenagem a Ayrton que no próximo dia 1 de maio, o povo, sobretudo o brasileiro, pudesse ter o seu museu, como tem no edifício do Estádio do Pacaembu, em São Paulo, um excelente Museu do Futebol, onde pode recordar os seus ídolos, como Domingos da Guia, Bellini, Nilton e Djalma Santos, Pelé, Garrincha, Vává, Zico, Ronaldo e tantos outros.