Lula e Dilma, em plena campanha eleitoral de 2010, vendendo o trem bala para os eleitores brasileiros que, três anos depois, saem às ruas porque não tem ônibus para chegar ao trabalho.
Dilma, a maquinista do Brasil, anuncia o edital que não sai em dezembro passado, em Paris, na 81ª Assembleia Geral da UIC. O japonês da foto, presidente do trem bala japonês, ri deliciado.
Uma conjunção de novos fatores, como os protestos no país e a perda de apetite dos investidores internacionais, criou mais dificuldades ao já complicado projeto do trem-bala, o que deve adiar novamente o leilão do projeto, marcado para 13 de agosto. Anunciado em 2007, o projeto ligando São Paulo ao Rio teve dois adiamentos e a terceira tentativa de concorrência não atraiu interessados.
Setores do governo defendem o adiamento imediato, sem data de retomada. Dizem que há risco de o leilão fracassar, o que pode prejudicar a imagem do país e afetar negativamente outras disputas, como as de rodovias e aeroportos. Outro grupo defende a continuidade. A decisão caberá à presidente Dilma.
O fato é que desde junho vem piorando o clima para a realização do projeto orçado em R$ 35 bilhões --o maior de infraestrutura do país.Protestos nas ruas por melhoria do transporte fizeram a oposição retomar o discurso de retirar dinheiro do trem-bala e investi-lo em metrôs.Apesar de o governo dizer que há recursos para ambos, a tese vem ganhando força até entre aliados do Planalto. Os protestos também reduziram o apetite de investidores a projetos de risco no país.
As empresas ainda interessadas em disputar a concorrência para fornecer os equipamentos e operar o trem pelos próximos 35 anos não estão encontrando parceiros para financiá-las na disputa.Também pesou um tímido aumento na taxa de retorno. O governo havia sinalizado que ela chegaria a 8,5%, mas ficou em 7%. A taxa é menor que a de outros projetos de infraestrutura que serão concedidos, com risco menor que o trem-bala.
O principal fator, porém, a afastar os interessados é a indefinição em torno da participação de fundos de pensão como sócios do empreendimento. Com a participação dos fundos, as empresas teriam que entrar com cerca de R$ 500 milhões de recursos próprios. Sem eles, o valor supera R$ 1 bilhão. O governo se comprometeu com as empresas que os fundos entrarão, mas isso não foi oficializado ainda. Se isso ocorrer, as empresas precisarão de prazo para refazer cálculos e submetê-los à aprovação de suas direções.
Mas o fator que pode ter definido de vez o adiamento foi o acidente com um trem na Espanha na semana passada. Regra no edital proíbe empresas de participarem em caso de acidentes fatais. Ao lado de franceses, os espanhóis eram os que demonstravam mais interesse no negócio. (Folha de São Paulo)
De: O contorno da sombra <noreply@blogger.com>
Assunto: O contorno da sombra
Para: sulinha3@ig.com.br
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