Dia do Orgasmo: lésbicas desmistificam mitos sobre o prazer feminino
As dúvidas que rondam a cabeça de gays e héteros respondidas por mulheres que falam de sexo com bom humor e sem vergonha
O sexo entre duas mulheres gera muita fantasia na cabeça dos héteros, criando mitos sobre como ele se dá. Mas essas mistificações existem também na mente de muitas lésbicas, que se sentem obrigadas a seguir ideais e padrões que muitas vezes não têm nada a ver com o jeito pessoal de cada uma delas de sentir prazer.
Aproveitando esse 31 de julho, Dia Internacional do Orgasmo, o iGay foi conversar com lésbicas acostumadas a falar de sexo na web. Como é o caso da DJ e apresentadora Angélica Morango , 28, que escreve no divertido site Sapatômica . Ela ficou famosa em todo o Brasil depois de participar da décima edição do reality show “Big Brother Brasil”.
A afiada estudante Bianka Carbonieri , 22, também escreve no mesmo site. Já Roberta Salles , 37, e Samantha Reis , 31, discutem esses e outros assuntos de forma bem humorada no vlog Dedilhadas .
Veja o que elas têm a dizer sobre esses mitos que costumeiramente viram assunto nas mesas dos bares por aí.
1- Não dá para fingir orgasmo numa relação lésbica
No quesito orgasmo, o sexto sentido feminino é superado pelas habilidades cênicas delas próprias. “Mulheres sabem fingir orgasmo, mesmo para outras mulheres. Eu mesma já fingi”, confessa Morango, convicta deste talento, que ela julga natural.
As garotas do Dedilhadas concordam com a DJ. “Mulher consegue fingir na hora em que quiser. Temos o dom e o poder. Tem alguns sinais físicos, como a lubrificação, que até podem dar pista do fingimento, mas a gente não vai ficar analisando isso, não é?”.
2 - Parceiras lésbicas conseguem controlar a duração do orgasmo
Essa sintonia pode acontecer, mas precisa de alguns fatores para se concretizar, na opinião das Dedilhadas. “Depende da mulher e da intimidade que você tem com ela. Tem gente que fica cansada rápido, que demora a gozar. Depende da relação, do querer estar ali”.
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Angélica acredita que a prática é fundamental. “Estando com uma mulher ou com um homem, é possível controlar os movimentos. Consequentemente, você consegue adiantar ou retardar o orgasmo. É uma questão física e mental”.
3 - Lésbicas gostam mais de sexo do que as heterossexuais
“A mulher gosta de sexo ou não, a orientação sexual dela não interfere. A diferença é que as lésbicas costumam experimentar mais, já que existe um reconhecimento do corpo. Mas a ideia de que toda lésbica é louca por sexo é uma fantasia do imaginário masculino”, esclarecem as autoras do Dedilhadas. “Existem lésbicas ninfomaníacas, assim como héteros. Assim como existem as pessoas que não valorizam tanto o sexo, que preferem gastar suas energias em outras coisas”, acrescenta Morango.
4 - Sem preliminar, sem orgasmo?
Bianka responde essa sem rodeios. “A preliminar é essencial para qualquer mulher, para que ela relaxe, fique à vontade, esquente e se lubrifique naturalmente”, sentencia a blogueira. “Mas é claro que também existem os momentos de ir direto ao ponto”, pondera.
5-Para elas, o sexo oral é mais importante que a penetração
Para as garotas ouvidas pela reportagem, essa afirmação é imprecisa. “Para mim, a penetração não é uma preferência nacional das lésbicas, o foco acaba sendo mesmo no sexo oral. Mas nos gostamos também de penetração, especialmente com ajuda de apetrechos eróticos ou mesmo dos dedos”, explica Bianka.
“Eu não curto sempre, mas de vez em quando acho uma delícia”, pontua Morango.
6- Lésbicas não gostam de sexo anal
Angélica esconde o jogo na hora de falar desse tema, dizendo apenas que ele é controverso para ela. Já Roberta e Samantha, dizem claramente que gostam, apesar de admitirem que muitas amigas lésbicas não são adeptas. “É uma região que dá prazer, mas tem gente que não gosta, não adianta insistir”.
7 – Menstruação atrapalha o orgasmo
Há controvérsia em relação ao tema. “Tenho muito asco, até da minha. Acho que é um período que fico mal comigo, eu até evito transar”, observa Samantha, concordando com a afirmação. A sua colega no Dedilhadas não tem a mesma opinião. “Eu fico mais sensível e suscetível ao orgasmo, curto muito por isso”, contrapõe Roberta.
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