18 julho, 2013

Se o povo soubesse o que se passa, faltaria guilhotina, afirma Alckmin sobre a corrupção

Geraldo Alckmin. Imagem: O Atibaiense.
Em discurso realizado em maio, abordando corrupção e impunidade, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que "o povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele próprio". Prosseguiu: "Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro".

Asseriu, também, que o controle exercido sobre a corrupção é "zero" e que os grandes casos de corrupção tendem a ser conhecidos por acidente.  


"O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador", exclamou.

A situação gerou constrangimento entre os presentes, tanto pela presença de autoridades do Ministério Público e do corregedor-geral da administração do Estado, Gustavo Ungaro, quanto entre políticos presentes, tendo em vista que Alckmin não direcionou suas críticas a grupos ou personalidades específicas.

Alckmin criticou inclusive o programa que estava sendo lançado, afirmando que as organizações responsáveis não deveriam nem mesmo ter cobrado para a realização de ações relativas, tendo em vista que seria obrigação dessas.


Acusou, ademais, conspirações para que gastos não sejam divulgados: "Salários, ninguém põe na internet, porque o sindicato pediu liminar. 'Olha eu gostaria de pôr, mas a Justiça proibiu'".

Qual é a sua posição a respeito destas afirmações? Se Alckmin sabe dos outros nove décimos desconhecidos pelo povo, por que não denuncia às autoridades ou à população? Se a corrupção ocorre dentro de seu governo, por que não toma providências? Se ocorre quanto a opositores, por que não utiliza disto na disputa política? Manifeste sua opinião e contribua para o diálogo democrático.


Lígia Ferreira.

Com informações de POP e Folha de S.Paulo.

De: Folha Política <noreply@blogger.com>
Assunto: Folha Política


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