Bom dia!
Em seu primeiro dia de volta à Casa Branca, Donald Trump mostrou a que veio. Assinando uma saraivada de ordens executivas, concedeu perdão aos envolvidos no ataque ao Capitólio, declarou a imigração ilegal uma emergência nacional e solicitou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, tratado climático internacional.
Entre as várias frases de efeito durante a posse, disse que “só há duas palavras mais bonitas que e que os Estados Unidos vão “perfurar, baby”, em referência ao aumento da produção de petróleo.
Ainda assim, o sentimento nos mercados internacionais foi de certo alívio. Isso porque Trump não fez grandes comentários sobre o plano tarifário de seu governo – mencionou a possibilidade de aplicar tarifas de 25%, mas ponderou que a alíquota ainda não foi definida. Além disso, decidiu não decretar tarifas específicas para a China, afastando-se de uma guerra comercial, pelo menos por enquanto.
A sensação de alívio se refletiu no câmbio: o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta das principais moedas do mundo, registrou forte queda de 1,2%. Por aqui, o recuo do dólar ante o real foi mais brando, de 0,39%, cotado a R$ 6,04.
Falta ver, porém, como se comportam os ativos americanos frente às primeiras medidas de Trump. Ontem, as bolsas do país ficaram fechadas devido ao feriado nacional em homenagem a Martin Luther King.
Nesta terça-feira, 21, os futuros de Wall Street operam em alta moderada, com S&P 500 avançando e Nasdaq avançando cerca de 0,5% (veja abaixo). Com a agenda esvaziada de indicadores, os decretos de Trump devem seguir repercutindo por lá com cautela, enquanto não chegam novas definições sobre as tarifas.
Enquanto isso, o EWZ, ETF que acompanha o desempenho da bolsa brasileira no exterior, avança 1,2% no pré-mercado, trazendo bons presságios para o dia de negociação por aqui.
Bons negócios!