Erva nativa das zonas temperadas do Hemisfério Norte – em especial Ásia e Europa – o Muguet é emblema da paixão e Sorte oferecido como presente desde a antiguidade: além de representar a chegada da primavera, a herbácea era oferta nas celebrações à deusa romana Flora, protetora da Natureza.
Os povos celtas usavam os sinos do Lírio-do-Vale como amuletos de proteção – e por toda a Europa os marinheiros tinham por hábito oferecer um buquê à pessoa amada ao retornarem das longas viagens. De nome científico Convallaria majalis, curiosamente ela pertence à família dos aspargos.
Foi no século XVI, porém, que o uso da flor pelo Amor e a Prosperidade – seja para os deuses, seja para a pessoa amada – ganhou contornos oficiais, a partir de uma preferência do rei Charles IX.
Contam que o monarca francês gostou tanto de ser presenteado com um ramo de Muguet que determinou que a flor passasse a ser presenteada às moças da corte com a chegada da estação como uma nova tradição. Ao longo dos anos a ordem foi se tornando hábito popular, e a partir do final do século XIX o Muguet se transformou em símbolo, e não somente na França.
Hoje o Lírio-do-Vale é símbolo da Finlândia, e sua distribuição é tradicional no 1º de Maio belga e francês, onde a flor representa também a celebração pelos 13 anos completos de um casamento – as “bodas de Muguet”.
Naturalmente a flor passou a ser utilizada em buquês das mais célebres noivas da Europa – em especial nos casamentos “reais”: a Rainha Vitória, da Inglaterra, usou o Muguet em seu casamento, e seu buquê foi plantado e passou a servir de “fonte” para todos os buquês reais no país desde então.