16 abril, 2020

Editor do SBT, que morreu de Covid-19, acusou o SBT de negligência.... Enquanto isso, na Sala das (in) Justiças...

Após ficar duas semanas internado no Hospital Badim, no Rio de Janeiro, o jornalista José Augusto Nascimento Silva, de 58 anos, morreu de coronavírus, na manhã de segunda-feira (13/4).


Silva tinha mais de 30 anos de casa e trabalhava como editor de vídeo. Ele é o primeiro funcionário de TV a morrer em decorrência do vírus no Brasil. 

Na última sexta-feira (10/4), o jornalista teve uma parada cardiorrespiratória e foi levado para a UTI.

Ele teria contraído a covid-19 dentro da emissora. Segundo o Notícias da TV, três semanas antes de sua morte, Silva enviou áudios pelo WhatsApp acusando o SBT Rio de negligência por permitir que funcionários com suspeita da doença continuassem trabalhando. 

"Nenhum lugar no Rio de Janeiro tem mais casos suspeitos que no SBT. (...) Eu agora estou sob suspeita, inclusive com atestado de 14 dias que o doutor deu porque me calcei, sabe que não sou burro. Se tiver que processar essa turma eu vou processar. Acho de uma irresponsabilidade tremenda", disse. 

"A direção do SBT manifesta seu profundo pesar pelo falecimento de seu colaborador, uma perda lastimável para todos, e presta toda a assistência à família, desejando que tenham força para superar este momento tão difícil. O SBT reitera que adotou as adequadas medidas para prevenção do contágio e enfrentamento dessa doença, atendendo as determinações dos órgãos de saúde e autoridades sanitárias, e desconhece a origem e circunstâncias dos áudios mencionados, e pede que todos tenham respeito e consideração pelas pessoas citadas", disse em nota enviada ao Notícias da TV.

Vários colegas de trabalho deixaram mensagens lamentando a perda no perfil de Silva nas redes sociais. "A ficha não caiu. Mais uma vítima da covid19. Difícil de acreditar", escreveu um colega.  

Luto

E sua chefe, a poderosa do SBT:


Proselitismo político e religioso

O relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, criticou a transmissão de uma live de Jair Bolsonaro com líderes religiosos pela TV Brasil.

“A TV pública brasileira se transformou em um espaço para proselitismo político e religioso. O uso sectário e longe do interesse público da mídia pública deve ser banido com garantias legais”, disse Lanza em sua conta no Twitter.

Feita no domingo de Páscoa, a live de Bolsonaro contou com os pastores evangélicos Silas Malafaia e Marco Feliciano, e o padre Reginaldo Manzotti.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também criticou o uso religioso da rede pública. 

“Neste domingo de Páscoa a TV Brasil, transmitindo em rede nacional, dedicou duas horas de sua programação para fazer proselitismo do presidente Jair Bolsonaro e das políticas irresponsáveis que ele prega diante da pandemia do coronavírus. O espaço teve a participação destacada de representantes de igrejas fundamentalistas alinhadas com o seu governo. A ABI lembra o presidente que o Executivo dispõe da NBR para divulgar suas iniciativas e que a TV Brasil, por definição, é uma empresa pública, e não um porta-voz de suas posições”, diz a ABI, em nota assinada pelo seu presidente Paulo Jerônimo de Souza. 

A live também foi transmitida no Fcebook e Twitter da TV Brasil, no YouTube e nas redes sociais do presidente.


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