Século 18, o Brasil ainda colônia de Portugal,
é um grande extrator de pedras preciosas e sua principal fonte de renda
são os diamantes, que são descobertos por escravos em garimpos no
interior de Minas Gerais (na época o estado era chamado de Capitania Geral de Minas). Entre as cidades com maior número de garimpos estava Arraial do Tijuco (hoje Diamantina) que se desenrola a trama de Xica da Silva, a escrava que virou rainha e escandalizou a sociedade hipócrita de sua época.
Baseada no livro Xica Que Manda de Agripa Vasconcellos, Walcyr Carrasco - sob o pseudônimo de Adamo Angel - levou
ao público a história de Xica da Silva, uma negra atrevida e muito
inteligente, que conseguiu a independência ao se casar com o homem mais
rico do Brasil Colônia.
A trama conta a saga de Xica (Tais Araujo), que junto com sua mãe Maria (Zezé Motta), são escravas do Comendador Felisberto Caldeira D’Brantes
(Reynaldo Gonzaga), homem mais importante que foi encarregado pelo Rei
de extrair diamantes dos garimpos. Anualmente o comendador deve pagar
tributos a Portugal, mas isso não o preocupa já que há uma arca repleta
de diamantes que serão entregues ao emissário do rei.
A sociedade do Arraial do Tijuco é basicamente formada pelas familias Comendador Felisberto, do Capitão Mor Gonçalo (Eduardo Dusek) e do Sargento Mor Thomaz Cabral (Carlos Alberto).Para manterem o poder, eles pretendem casar seus filhos
A familia do Comendador é formada por sua esposa Emerenciana (Khristel Byancco), seus filhos Martim (Murilo Rosa), Clara (Adriane Galisteu) e Paulina (Maria Clara). O Poderoso pretendia casar o único filho varão com Das Dores (Carla Regina, hoje conhecida como Carla Cabral), filha do Capitão Mor.
O Capitão Mor repleto de interesses é casado com Dona Céu (Eliana Guttman) e além de Das Dores, ainda é pai de Ana (Ingrid Fridman) e Isabel (Ludmila Dayer). Já a família do Sargento Mor é formada por sua segunda esposa Micaela (Teresa Sequerra), seus filhos: Luis Felipe (Fernando Eiras),Santiago (Charles Muller), Xavier (Matheus Petinatti) e Violante (Drica Moraes), a grande vilã da trama.
Com apoio da justiça formada pelo Sargento e Capitão, Comendador
Felisberto é a grande autoridade do Arraial e pretende vender Xica e sua
mãe para o bordel do capitão do mato Jacobino (Altair Lima). Para se vingar, a escrava se alia a Quiloa
(Mauricio Gonçalves), um escravo apaixonado por ela e juntos roubam a
arca com os diamantes; eles escondem as pedras precisosas para não
despertar suspeitas e mais tarde poderem comprar suas cartas de
alforria.
Com a chegada do emissário do rei, o Comendador descobre que foi
roubado e procura os culpados. Em uma das primeiras cenas da novela,
Emerenciana obriga Xica a contar a verdade, como a escrava se nega, a
senhora a obriga a engolir um ovo cozido fervente. Xica fica com os
lábios todos queimados e impossibilitada de falar.
Sem ter como dar os tributos ao Rei, Comendador Felisberto e sua
esposa Emerenciana são condenados a prisão e vão cumprir pena em
Portugal, perdendo assim todo patrimônio que possuem. Assim, seus filhos
ficam no Brasil sem nenhum sustento e tentam refazer suas vidas.
Com a ruína da família Caldeira D’Brantes, Clara vaga sem rumo quase nua, enquanto Martim e Paulina vão morar na pensão de Dona Benvinda (Mirian Pires) uma velha bruxa que cuidou sozinha de seu neto José Maria (Guilherme
Piva), um homossexual que enfrenta os preconceitos da época. A velha
bruxa hospeda vários hospedes entre eles a costureira Elvira (Giovanna
Antonelli), com quem pretende casar com seu neto para abafar
comentários. No decorrer da trama os dois chegam a se unir, mas a
relação se abala quando Xica dá a ele um negro chamado Paulo (Déo Garcez), o que faz José Maria ficar em dúvida entre seus desejos ou as aparências exigidas pela sociedade da época.
Com a prisão do Comendador e na ausência de alguém que ocupe o posto
de contratador de diamantes, Xica é vendida para o Sargento Cabral, que a
estupra. A negra se torna escrava de Violante, que histérica não perde a
oportunidade de humilhá-la. Já Maria foge junto com Quiloa e juntos vão
parar no quilombo de Serafina (Leci Brandão).
A partir disso Quiloa lidera uma revolta contra os senhores de
escravo e faz de tudo para fugir a opressão da sociedade hipócrita
movida pela cobiça dos diamantes. Para comandar a extração dos diamantes
chega ao Arraial do Tijuco o Contratador João Fernandes de Oliveira (Victor Wagner), que é o noivo prometido de Violante.
Em
uma visita a prometida, João Fernandes se apaixona por Xica e a compra
do Sargento Mor. Totalmente encantado pela negra, o contratador faz de
tudo para possuí-la mas a escrava se mostra difícil, o que o atiça ainda
mais. Percebendo interesse do contratador, Xica se envolve com o
extrator de diamantes e consegue sua alforria. A partir disso, o
envolvimento entre eles se torna cada vez mais forte a ponto de João
Fernandes assumir sua relação com a negra e desfazer seu noivado com
Violante, que não suporta ser preterida por uma negra e jura fazer de
tudo para acabar com a relação de Xica e Violante.
Sempre desprezada pela sociedade branca do Arraial do Tijuco, Xica em
uma cena antológica desfila pelas ruas do vilarejo com roupas finas,
antes dedicada somente as mulheres brancas e causa o repúdio nos
moradores. É nessa cena que Violante manda uma escrava jogar urina na
negra, se tornando o estopim para outros moradores acertarem a
ex-escrava com pedras e ovos podres.
Não sendo aceita, Xica resolve se vingar de todos que a desprezaram e
não perde a oportunidade de vê-los em péssimo estado. Fugindo da
mocinha tradicional que sofre em silêncio, Xica da Silva se vinga de
seus algozes e chega a arrancar os dentes de uma escrava, que Violante
pagou para seduzir o contratador. A negra transforma sua casa em um
palácio vestindo suas mucamas como damas da corte, usando perucas
coloridas e fazendo todos curvarem-se diante de seu poder. A ascensão da
negra se dá quando João Fernandes manda construir um grande rio, a quem
dá o nome de Mar de Xica, e compra uma navio.
Paralelo
a isso, Martim e Das Dores, antes prometidos, vêem sua relação ruir
quando o pai da moça proíbe qualquer envolvimento depois do pai do rapaz
ser preso como traidor da Coroa. Os dois resolvem fugir e para que isso
dê certo armam um plano: o rapaz irá embora e a moça será dada como
morta após ingerir uma erva. Tempo depois, ela acordará, será enterrada
pelo amado. A situação se complica quando os dois são desmascarados e
Das Dores é presa acusada de bruxaria e condenada a forca.
Para destruir a relação entre Xica e João Fernandes, Violante arma
com um negro uma cena, que indica que a ex-escrava trai o contratador e
dá certo. O homem mais importante expulsa a amada de casa, que volta a
sofrer preconceito, já João Fernandes começa a se envolver com outras
mulheres. Enquanto está pobre e na pior, Xica é responsável por libertar
Das Dores da forca, ao mandar um garoto roer as cordas. Quando a filha
do Capitão Mor cai após a corda se romper, todos acreditam se tratar de
um milagre. Livre para viver com seu amado, Das Dores se descobre
grávida, mas acaba se separando de Martim. O filho dos dois levará a uma
grande disputa, já que o pai da moça quer cuidar do filho para que ele
possa levar o sobrenome da família adiante. Nesse período, o Capitão Mor
acaba assassinado.
Apesar das armações de Violante para separar o contratador e a negra,
Xica faz as pazes com João Fernandes quando a peste chega ao Arraial do
Tijuco e todos fogem quando ele contrai a doença. Voltando as boas com o
homem mais importante do local, Xica volta a se vingar de todos.
Durante a trama, ela invade a igreja durante um casamento, o local na
época era proibido para negros, que cultuavam outra religião. Em uma
cena inesquecível, Xica troca o corpo do Sargento Mor Cabral, que morre
após levar um golpe durante uma briga ao descobrir que sua esposa
Micaela está tendo um caso com seu filho Luis Felipe, por uma ossada de
boi. No auge de seu poder, Xica envenena todos os rios, mananciais e
poços do lugar para que, sem opção, eles venham se arrastar aos seus pés
pedindo água. Como consequência, Violante que se recusa a pedir algo a
negra toma um porre homérico e passa uma vergonha diante da cidade
inteira, alguns chegam a pensar que ela está cada vez mais louca. A
vingança de Xica contra todos chega aos ouvidos de Conde Valadares
(Sérgio Brito), o governador de Minas, que vai parar no Arraial, mas
nem ele consegue impedir as atitudes da mulher do contratador.
Para acabar com os desmandos de Xica, Violante escreve uma carta a Portugal exigindo a presença de um inquisidor e Frei Expedito
(Dalton Vigh) é enviado ao Arraial, o que deixa a todos em alerta. O
representante da igreja chega ao vilarejo causando terror e em busca de
provas contra uma bruxa. Benvinda e sua amiga Fausta
(Lu Grimaldi) fazem de tudo para incriminar Xica, mas a segunda é
condenada a fogueira, onde morre queimada. Já a avó de José Maria, morre
e quando pensava que ia transferir sua alma para um menino acaba presa
em uma cabra.
Em sua busca incessante para acabar com Xica, Violante descobre que
foi Maria quem assassinou o Capitão Mor. A negra intermediava armas com o
pai de Das Dores em troca de diamantes. Quando ele se recusou a seguir
com o acordo ela o matou a facadas. Ao descobrirem quem era o assassino,
ela foi condenada e esquartejada em praça publica. A negra teve braços
e pernas amarrados a cavalos diferentes e quando os animais ouvem
barulho de tiros saem em disparada rasgando a mãe de Xica em pedaços. A
cena marcou a novela. A ex- escrava nada pode fazer para salvar a mãe.
Cada vez mais obcecada em destruir Xica, Violante coloca uma negra
como espiã na casa da mulher do contratador para colocar um vaso que
represente o demônio. O envolvimento de João Fernandes com uma negra não
é bem visto pela Coroa Portuguesa que exige que ele regresse aos pais,
deixando Arraial do Tijuco sob o comando de Conde Valladares. Sem o
apoio do marido, Xica acaba presa acusada de bruxaria.
Prestes a voltar a Portugal e não vendo como libertar a amada do
domínio da inquisição, que na época tinha maior poder que o rei, João
Fernandes acaba sendo surpreendido por Violante que lhe faz uma
proposta: irá retirar a acusação de bruxaria que recai sobre Xica, mas
em troca o contratador de diamantes terá que se casar com ela e juntos
voltariam a Lisboa. Para salvar a amada, João Fernandes se casa com
Violante, que retira a queixa e juntos partem para além mar. Já Xica é
liberta e suas escravas são acusadas em seu lugar.
Após passar a noite de núpcias com Violante, João Fernandes abandona a
esposa e volta ao Brasil para ficar com Xica, enquanto a vilã da trama
enlouquece abandonada em seu castelo. As últimas cenas, após uma
passagem de tempo eram a do casamento de Joana (Tais Araujo), filha de Xica (Zezé Motta), onde todos terminam felizes.
Ambientada no século 18, Xica da Silva não poupou esforços em
reproduzir o Brasil da época marcado pela cobiça desenfreada pelos
diamantes. Sob pseudônimo de Adamo Angel, Walcyr Carrasco, que em 1996
era contratado do SBT, construiu uma trama repleta de romance, intrigas
e mistérios. A abordagem de feitiçarias envolvendo Benvinda não
pouparam em efeitos especiais e tecnologia.
Além da grande retratação histórica, os personagens da trama exibida pela Rede Manchete
não possuíam um caráter definido em apenas bom ou mal. Xica e sua
inimiga Violante eram algumas que possuíam uma dubiedade de caráter.
Enquanto a ex-escrava fazia de tudo para ser aceita por uma sociedade
hipócrita, chegando ao ponto de esquecer de seus irmãos negros e indo
ao extremo de humilhá-los, maltratá-los e até matar quem a traia;
Violante mostrava um amor incondicional pelo pai e pelos ensinamentos
que lhe foram ensinados. No final, ambas eram vitimas de uma sociedade
arcaica, manipuladora e repleta de uma moralidade aplicada apenas a
alguns.
Walter Avancini, o diretor da novela, imprimiu uma
dinâmica espetacular ao texto, sempre com capricho e não deixou a novela
cair no marasmo apesar da quantidade de capítulos: 231. A novela se
manteve empolgante, sensual, realista, forte e marcada pelas cenas de
violência. Cenas de opressão e agressão física eram constantes,
principalmente aos escravos. No primeiro capítulo, o pai de Xica sofre
cenas de tortura ao ser pego, tendo os dedos quase quebrados e ao ser
obrigado a ficar com a cabeça dentro de um forno quente, porém a cena
mais violenta foi a execução de Maria, mãe de Xica. As cenas de
violência e eróticas surgiram efeito e a trama se consolidou, marcando
média de 18 pontos com picos de 22. A novela anterior Tocaia Grande havia começado com 5 e terminado com 10.
Com a reconstituição fiel a época e o forte apelo erótico, Xica da
Silva levou a Rede Manchete, na época já a beira da falência, ao
terceiro lugar de audiência. Para isso, a emissora investiu 6 milhões de
dólares e construiu em Maricá no Rio de Janeiro
a cidade cenográfica de Arraial do Tijuco. Algumas cenas foram gravadas
em Minas Gerais e as últimas cenas de Violante em um castelo foram
registradas no Palácio do Marques de Pombal em Portugal.
O figurino fiel a época abusou das cores ao criar os figurinos de
Xica, enquanto Violante usava cores sobras e raramente fugia do preto.
Já os homens usavam cores diversas sem seguir uma regra, mas que
demonstravam de alguma forma a posição social de cada um. Os únicos
personagens que tinham uma espécie de uniformes eram os dragões
(policiais, representantes da lei nos dias de hoje) que usavam peças
azuis e amarelas. Foram usadas as mais diversas perucas em inúmeras
cores, que eram usadas por aqueles que possuíam determinados títulos de
nobreza.
Entre os destaques da trama estão as cenas de nudez, a maioria delas protagonizadas por Adriane Galisteu, interprete de Clara. A atriz Tais Araujo,
que na época tinha 17 anos não poderia aparecer nua e a Rede Manchete
foi notificada a respeito. Quando a atriz completou 18 anos, Walter
Avancini comemorou e após 50 capítulos, Xica apareceu nua. O diretor
realizou inúmeros testes para encontrar a intérprete ideal, e Tais
Araujo, que estava gravando Tocaia Grande, acabou sendo a escolhida.
Tais Araujo não gostou da situação e pediu que a direção utilizasse
dubles em cenas de nus. A direção acatou a ideia e outras atrizes, bem
diferente de Tais faziam as cenas eróticas.
Apesar da pouca idade, Tais Araujo não decepcionou como protagonista, mas o grande mérito ficou com Drica Moraes
e sua intragável Violante Cabral. A vilã amarga chegou a encontrar um
novo amor, o Inquisidor, mas seu ódio era maior a ponto de cometer os
maiores absurdos. A novela contou com as participações de Dona Zica da Mangueira, Leci Brandão, Kiko Zambianchi, Eduardo Dusek, da atriz pornô italiana Cicciolina
(Ilona Staller), que em breve participação interpretou uma cortesã que
dava golpe no povo do Arraial. Durante a novela, o ator Alexandre Lipiani,
interprete do padre Eurico foi vitima de um acidente automobilístico e
não resistiu. Ele recebeu uma homenagem no último capítulo da novela.
Na fase final da trama a Rede Manchete levou ao telespectador a
questão: Com quem o contratador deveria ficar: Só, com Xica ou com
Violante? Com isso a emissora dava prêmios aos telespectadores que
acertassem o final.
A abertura de Xica da Silva causou polêmica ao utilizar imagens da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, que eram animadas e colocavam a atriz Tais Araujo no lugar de Nossa Senhora da Conceição.
Alguns devotos se irritaram e ameaçaram processar a Rede Manchete, o
que não se confirmou. Na sequência, Xica era cercada por anjos barrocos
na cúpula da igreja e alguns deles carregavam os nomes dos atores, no
final um deles tentava despi-la e ela sorri maliciosamente. Já a
abertura exibida em 2005, quando o SBT adquiriu os
direitos de exibição da obra, continha imagens da novela misturada a
arte barroca. As trilhas sonoras nas duas eram diferentes.
A
trilha sonora original comercializada pela Rede Manchete tinha a atriz
Tais Araujo na capa. O álbum tinha a maioria de suas músicas formadas
por temas instrumentais. O tema de abertura era Xica Rainha, escrita por Marcos Viana e interpretada por Patrícia Amaral em conjunto com a Transfônica Orkestra. Na versão exibida pelo SBT em 2005 o tema de abertura era Xica da Silva de Jorge Ben, que não fazia parte da trilha original e havia feito parte do filme homônimo dirigido por Cacá Diegues em 1976.
Com a exibição em 2005, algumas atrizes estreantes que hoje fazem
parte do grande elenco da Rede Globo puderam rever seus trabalhos. Tais
Araujo disse não se arrepender de nada, já Adriane Galisteu afirmou que a
experiência foi traumatizante. Durante essa exibição, Giovanna Antonelli processou o SBT, o acusando de não ter pedido autorização para exibição, a atriz perdeu a ação em estâncias.
Xica da Silva, exibida entre 17 de setembro de 1996 e 11 de agosto de
1997, foi uma novela que apresentou a realidade de um Brasil, até então
não apresentado na TV. Com a direção de Jacques Lagoa, J.Alcântara, João Camargo, Lizâneas Azeveado,
sob a supervisão geral de Walter Avancini, a novela é uma obra que
merece ser revista por apresentar um país atrasado em seus conceitos e
com valores que se apresentam dos mesmos vistos nos dias de hoje.
Quantos negros não são vítimas de um preconceito atroz, o mesmo de
séculos antes, mas que muda quando o dinheiro entra em questão.
A história da Imperatriz do Tijuco é uma obra clara da ganância
desmedida e da dubiedade do ser humano que merece ser revista pelo
conjunto da obra, mas por ser uma história de lutas, da ascensão de uma
negra que se tornou importante, mesmo diante do mundo contrário, afinal
não é todo mundo que vai de escrava a rainha. Quem nasce para ser rei
nunca perde a majestade e uma obra grandiosa merece destaque e sua
atenção.
De: O Planeta TV
Assu
nto: Portal O Planeta TV
Para: SulinhaCidad3
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