Trump enfrenta "novas" acusações sobre o 6 de janeiro e só ri de sua sorte, enquanto Kamala lida com um furacão, uma guerra e uma greve
Hoje é dia de contarmos como Donald J Trump (J é de John) tem sorte nesta vida, como Kamala Harris parece estar com azar neste momento da eleição e como o caso do 6 de janeiro ressurgiu na imprensa. Comecemos pelo fim:
Trump x Smith
O caso do promotor especial Jack Smith ganhou as páginas de todos os jornais americanos hoje com "novos detalhes" sobre o 6 de janeiro. Sim, aquele de 4 anos atrás. Sim, só agora perto da eleição. Sim, darling, Trump é acusado de conspirar para anular a eleição legítima de 2020, mas é candidatíssimo na eleição de 2024.
Trump já deveria ter sido julgado, mas o caso foi se enrolando até que a Suprema Corte decidiu que o ex-presidente poderia fazer coisas só porque era presidente. Tipo, verificar se as eleições tinham sido fraudadas. O caso voltou para a primeira instância e os promotores tiveram que revisitar o caso para provar que ele fez coisas para além da função de presidente. Tipo, incitar as pessoas a invadirem o Capitólio, inventar fraudes, essas coisas.
O que diz o promotor:
"Embora o réu fosse o presidente em exercício durante as conspirações acusadas, seu esquema era fundamentalmente privado."
Vamos aos resumos do novo relatório que foi tornado público ontem.
Mike Pence
"E daí?"
Teria dito Trump sobre os manifestantes estarem chegando perto do seu vice, Mike Pence. Pouco antes ele tinha tuitado que Pence não tinha tido coragem de fazer o que era certo, mesmo já sabendo que o Capitólio já tinha sido invadido.
Fraude generalizada
"Os detalhes não importam"
Trump teria dito isso quando alguém argumentou que as alegações de fraude generalizada da eleição não se sustentariam. Os promotores ainda destacam que em um momento eles diziam que 36 mil votos registrados no Arizona eram de não-cidadãos. Depois mudaram o número para "algumas centenas de milhares". Depois que eram de 40.000. Depois 50.000. Depois 32.000. E aí, voltaram para os 36.000.
Para que mesmo se apegar aos detalhes?
Não aceite o resultado
"Não importa se você ganhou ou perdeu a eleição. Você ainda tem que lutar como o diabo."
Teria dito Trump para Ivanka e seu genro em um voo. A frase teria sido ouvida por um assistente do Salão Oval.
Bannon
Os promotores dizem que tiveram acesso aos registros telefônicos de Trump dizem que ele ligou para Steve Bannon no dia 5 de janeiro. Menos de duas horas depois, o ex-assessor de Trump disse no seu podcast War Room: "o inferno vai desabar" em 6 de janeiro.
E o que tudo isso vai significar para a campanha de Trump? Eu apostaria que nada, darling. Com base em nada? Não, com base nas diversas pesquisas já divulgadas nos Estados Unidos dando conta de que as pessoas cansaram desse assunto do 6 de janeiro. E também porque sorte é o que não falta para Trump, quer ver?