Um casamento coletivo que contará com a participação de
um casal homoafetivo em uma cerimônia a ser realizada dentro de um
Centro de Tradições Gaúchas (CTG), na cidade de Santana do
Livramento, a 493 quilômetros de Porto Alegre, tem provocado polêmica
em meio aos integrantes do Movimento de Tradições Gaúchas (MTG).
O casamento que contará com 30 casais ao todo será
realizado no dia 13 de setembro, segundo confirmou, nesta sexta-feira, a
Justiça do Rio Grande do Sul.
Em texto divulgado na página do Movimento
Tradicionalista Gaúcho (MTG), o presidente da entidade, Manoelito
Savariz, diz que o “casamento entre pessoas do mesmo sexo virou moda e
parece a coisa mais natural. Se alguém expressa contrariedade com todas
essas coisas, é imediatamente taxado de retrógrado, preconceituoso,
estúpido, e assim vai. Parece que o correto é aceitar tudo e de qualquer
jeito”, escreveu, para em seguida completar que ficam meio a este
turbilhão a “maioria de tradicionalistas que entendem ser errado alterar
tão rapidamente e tão profundamente os conceitos tradicionais, como
família, casamento e respeito”.
Savariz afirma ainda que quando surgiu a polêmica em
torno de um casamento homoafetivo dentro de um CTG que a cerimônia ainda
não estava marcada, que não tratava-se de um CTG filiado ao MTG e que
não era um assunto de interesse cultural.
“Então, por que a mídia colocou o MTG e seus dirigentes
no centro da polêmica? Por que tanto interesse em saber ou descobrir o
que pensam os tradicionalistas a respeito do casamento gay? Qual o
interesse em caracterizar que a novidade e o ineditismo estão no fato do
tal casamento ser realizado no interior de um CTG?”, inadagou.
Para alguns tradicionalistas, segundo Savariz, trata-se
de um movimento orquestrado de desmoralização do tradicionalismo, ou
oportunismo. “Há ainda os que veem nisso tudo um sinal de que o 'mundo
está perdido'”.
Ele afirma que não pretende encontrar respostas para
seus questionamentos, mas orienta os tradicionalistas a se absterem das
críticas, mas completa que “no interior dos galpões e nos ambientes em
que se realizam as atividades tradicionalistas, cada um procure se
portar segundo o seu gênero, ou seja, os homens tenham posturas
masculinas e as mulheres posturas do sexo feminino, tudo segundo a
tradição”.
Já a cerimônia agendada para setembro é promovida pela
Vara da Família e pelo Cartório de Registro Civil de Santana do
Livramento. Segundo o judiciário gaúcho, os casamentos coletivos são
realizados para garantir maior proteção à família.
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