19 fevereiro, 2014

SPTuris lança Censo do Samba Paulistano com homenagem aos 100 anos do Carnaval de São Paulo

 
SPTuris lança Censo do Samba Paulistano com homenagem aos 100 anos do Carnaval de São Paulo
Órgão de turismo municipal divulga a terceira edição da publicação que, em ano de Copa do Mundo no Brasil, coincide com o centenário da primeira convocação da seleção brasileira de futebol
 
Divulgação/SPTuris
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Capa da 3ª ed, do Censo do Samba Paulistano

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José Cordeiro/SPTuris
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Convidados durante o evento de lançamento do Censo e divulgação do Carnaval 2014

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São Paulo, 18 de fevereiro de 2014 - O ano era 1914. Nascia em São Paulo a primeira escola de samba da cidade - o Grupo Carnavalesco Barra Funda - e também era convocada pela primeira vez a Seleção Brasileira de Futebol. Cem anos depois, o Carnaval de São Paulo tornou-se uma das maiores festas populares do país e a seleção foi campeã mundial nada menos do que cinco vezes. E as coincidências não param por aí. No mesmo ano em que o Brasil receberá a Copa do Mundo, São Paulo também comemora seus 460 anos e os 120 anos desde a chegada de Charles Miller à capital paulista trazendo a novidade deste novo esporte até então desconhecido em terras brazucas: o futebol.

Em homenagem as essas paixões - o samba paulista e o futebol - a São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos) lançou nesta terça-feira (18), no Anhembi, a terceira edição do Censo do Samba Paulistano. Com destaque para a história do Carnaval na cidade e também curiosidades sobre sua relação com o futebol, a publicação atualiza ainda informações fundamentais, como a localização das escolas e blocos oficiais, o investimento médio das agremiações na montagem dos desfiles, a utilização de áreas públicas, a ficha técnica de cada escola e um novo Carna-cardiograma, um gráfico que mostra, ano a ano, quem venceu a disputa do desfile desde o seu início no Sambódromo, possibilitando comparar o "sobe e desce" das escolas ao longo dos últimos 22 anos.

O grande diferencial desta edição, no entanto, é o inédito "Quem é Quem no Samba Paulistano", um glossário com mais de mil referências de nomes de pessoas que tiveram grande envolvimento com o samba da capital, como explica o vice-presidente e diretor de eventos da SPTuris, Ítalo Cardoso. "A ideia é homenagear aqueles que contribuíram para o desenvolvimento do Carnaval de São Paulo. São pessoas que se sacrificaram e dedicaram suas vidas a essa grande manifestação artística popular", diz.

A publicação é conseqüência de um grande levantamento realizado ao longo de dois anos pela equipe do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, núcleo de estudos e pesquisas da SPTuris, juntamente a outros consultores. O resultado foi um extenso banco de dados sobre as personalidades marcantes do samba paulistano, que continuará sendo registrado. "O Censo do Samba, a partir desta terceira e histórica edição, torna-se um documento vivo. Qualquer nome que tenha representatividade poderá ser incluído a qualquer momento, já que teremos também uma versão eletrônica do material", afirma Cardoso.

O Censo (100 anos) do Samba Paulistano está disponível na íntegra no site do Observatório: (www.observatoriodoturismo.com.br) ou ainda no site oficial do Carnaval 2014 de São Paulo (www.cidadedesaopaulo.com/carnaval).

Confira alguns trechos do Censo (100 anos) do Samba Paulistano:

"Em São Paulo, escolas de samba e seleção brasileira dividem mais que a coincidência centenária de dois dos símbolos nacionais - o samba e o futebol. Não são poucas as escolas que nasceram de times de várzea, reforçando a origem democrática das duas manifestações tão marcantes na sociedade brasileira".

"Em 1914, menos de 30 anos depois da abolição dos escravos, uma família de negros e alguns poucos amigos, liderados por Dionísio Barbosa, foram para a rua, saíram pelo bairro para brincar o carnaval, criando o Grupo Carnavalesco Barra Funda, então com pouco mais de dez integrantes. (...) Uma ousadia, mesmo que diminuta, que destoava no conturbado cenário nacional e internacional".

"Essas décadas iniciais de criação e organização de cordões - característica da origem do samba de São Paulo - e escolas de samba são marcadas também pela evolução da cidade, que passa a despontar como potência econômica e a receber imigrantes em grande número e negros vindos do interior - de onde trouxeram o batuque, outra marca forte do ritmo do samba paulista".

"Se hoje as escolas de samba - os últimos três cordões viraram escolas no começo dos anos 70 - têm a necessidade de ocupação de áreas para ensaios (quadras) e produção de alegorias (barracões), é na rua, arrastando o povo e fazendo com que o espaço público seja efetivamente ocupado, que as escolas, blocos e outros tipos de agremiação carnavalesca conseguem se reaproximar de suas origens".

Confira alguns dados do Censo:

Grupo Especial (14 escolas)
Investimento médio de R$ 2,5 milhões por escola
3 a 3,5 mil componentes em média

Grupo de Acesso (8 escolas)
Investimento médio de R$ 1,2 milhão por escola
2,3 componentes em média

Pessoas que trabalham na preparação dos desfiles de Carnaval nas escolas: aproximadamente 5,4 mil

Ocupação de áreas de São Paulo pelas escolas: 120 locais na cidade (maioria terrenos públicos)

Carna-Cardiograma (maiores vencedoras a partir de 1991):
Grupo Especial: Vai-Vai (8 títulos), Mocidade Alegre (5 títulos), Rosas de Ouro (4 títulos)


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Para: SulinhaCidad3