Olá. Quem nunca se preocupou com dívidas? Dívidas pequenas, dívidas grandes, elas são um grande tormento e insatisfação? Conheceu história de pessoas que tiraram suas vidas em consequência do acúmulo de dívidas? O que afinal as dívidas podem nos ensinar? Primeiramente devemos compreender a natureza da dívida. Segundo o dicionário Aurélio, Dívida é:
1- Aquilo que se deve: neste caso o dever torna-se um caminho em que somos obrigados a percorrer para que possamos conquistar a liberdade daquilo que se deve.
2- Dever moral: neste caso, somos enclausurados pela acusação da moralidade íntima violada: nossa Essência é deixada de lado em detrimento das exigências externas.
3- Dívida de gratidão: neste caso, a fonte de pulsação de vida da gratidão esgota-se e passamos a gastar energia de outras fontes vitais tais como as dos sonhos e das perspectivas, deixando-nos desmotivados e sem rumo.
4- Falta de cumprimento de um dever, culpa: neste caso, a dívida atua no campo do ressentimento e do arrependimento, fazendo com que sintamos constantemente o mal estar pela falta do cumprimento com as obrigações.
5- Pecado: reza muito para pagar suas dívidas: neste âmbito, a dívida age como uma espécie de bloqueio entre nós e nossa comunicação com o Ser Divino que deveríamos estar em contato diário e permanente.
6- Dívida de honra: neste caso a dívida é tratada como uma barganha, onde o nosso caráter é dado como garantia de solução.
Em cada exemplo de dívida, percebemos que ela nos torna prisioneiros de sua fenomenologia. Ficamos a mercê de suas forças de coerção para que paguemos pelos nossos desatinos que nos levaram ao endividamento. Somos escravos de sua dinâmica, até que nos damos conta de como ela age e de como podemos combatê-la. Mas, o que é que realmente podemos fazer com elas?
A dívida é uma palavra que nos força ficarmos comprometidos a devolver algo. Mas, o que é que temos que devolver de verdade? Bom, é preciso construir um olhar diferenciado para as dívidas para responder a essa pergunta: a dívida é uma espécie de “riqueza invertida”; é “acumular dinheiro ao inverso” e também “colecionar adversidades irresolutas”. Quando estamos endividados, nossa primeira reação é a preocupação. Temos o imediato pensamento auto piedoso de nos culparmos e nos martirizarmos por estarmos com dívidas ativas, apesar de sermos benevolentes. É neste momento que paramos tudo e refletimos sobre a preocupação: ela é uma comemoração invertida; é o oposto do que fazemos quando ganhamos uma quantia de dinheiro ou sentimos o alívio de pagarmos nossas dívidas morais. Comemorarmos ao contrário é exatamente o que dá poder e força a divida ativa. Ora. Se o poder e força de endividamento estão na preocupação, não teríamos que dominar a preocupação e invertê-la para uma comemoração do potencial que temos para acumular riquezas? Com esse ponto de partida já podemos ter uma ideia do nosso potencial de ganho: tudo que acumulamos em dívida é exatamente proporcional ao que poderíamos ter acumulado em dinheiro e saúde mental.
É essencial que invertamos nossos padrões de acúmulo negativo para que possamos acumular o dinheiro positivamente e também invertamos as dívidas morais para resoluções evolutivas. Praticar a gratidão por todo o potencial de acúmulo de riquezas e resoluções então nos dá uma nova dimensão e perspectiva para que possamos modificar o padrão mental de acúmulo negativo para o positivo. Assim podemos praticar diariamente nossa reestruturação para acúmulos positivos e resoluções saudáveis. Sempre que a preocupação vier, paremos, respiremos fundo e lembremos: nosso potencial de acúmulo é proporcional à riqueza que podemos acumular e nosso potencial de resolução é proporcional à quantidade de culpas que ainda acreditamos ter.
Com amor.
Arthur Fernando Drischel.
Paz e luz. Namastê.
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