Herói, super-homem, super-atleta, fenômeno, embaixador de uma causa mais do que nobre... As qualificações hoje parecem absurdas, quase heréticas
Trapaceiro, charlatão, farsante, mentiroso, etc.
Os justificáveis adjetivos são quantitativamente diversos, na mesma medida em que não exigem grande esforço hermenêutico.
É evidente, não há discussão quanto a sua culpa assumida, e como conseqüência, sua pena decretada.
Herói, super-homem, super-atleta, fenômeno, embaixador de uma causa mais do que nobre, etc. As qualificações hoje parecem absurdas, quase heréticas. E o homem se apropriou delas, elas soaram mais fortes em seus ouvidos do que o olhar fixo no espelho.
Algumas discussões pipocam para além do não-dito e da glória esportiva. É possível separar o homem de sua obra e da simbologia da mesma? Caso a resposta seja não, queimar suas pulseiras no fogo da inquisição e locar a ala de ficção para sua biografia se torna uma boa saída. Um exímio atleta deixa de ser assim considerado quando é pego ou confessa o uso de substancias ilícitas? Afinal, o atletismo, triatlo e ciclismo brasileiro são recheados de atletas pegos pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e nenhum deles venceu algo expressivo.
Enfim, não sei o que sentir por você. Só sei que não consigo te odiar e abominar seu indiscutível erro. Afinal, seu erro foi um somente, você foi demasiadamente........ humano. Obrigado, nunca me senti tão próximo de um herói, um abraço Lance Armstrong, bem-vindo ao panteão dos que não são.
Francisco Zaidan
"Sou graduado em Ciências Sociais pelo IFTM, atualmente curso especialização em Sociologia e Filosofia da Educação. Sou um aficionado por esportes, não só pelo jogo, mas principalmente pela beleza do drama humano que envolve as vitórias e, principalmente, as derrotas. Como bem disse o genial Fernando Pessoa, em seu poema em linha reta: `Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?´. Entre as modalidades esportivas, tenho carinho especial por futebol, basquete (primordialmente NBA, por motivos óbvios) e tênis."
Os justificáveis adjetivos são quantitativamente diversos, na mesma medida em que não exigem grande esforço hermenêutico.
É evidente, não há discussão quanto a sua culpa assumida, e como conseqüência, sua pena decretada.
Herói, super-homem, super-atleta, fenômeno, embaixador de uma causa mais do que nobre, etc. As qualificações hoje parecem absurdas, quase heréticas. E o homem se apropriou delas, elas soaram mais fortes em seus ouvidos do que o olhar fixo no espelho.
Algumas discussões pipocam para além do não-dito e da glória esportiva. É possível separar o homem de sua obra e da simbologia da mesma? Caso a resposta seja não, queimar suas pulseiras no fogo da inquisição e locar a ala de ficção para sua biografia se torna uma boa saída. Um exímio atleta deixa de ser assim considerado quando é pego ou confessa o uso de substancias ilícitas? Afinal, o atletismo, triatlo e ciclismo brasileiro são recheados de atletas pegos pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e nenhum deles venceu algo expressivo.
Enfim, não sei o que sentir por você. Só sei que não consigo te odiar e abominar seu indiscutível erro. Afinal, seu erro foi um somente, você foi demasiadamente........ humano. Obrigado, nunca me senti tão próximo de um herói, um abraço Lance Armstrong, bem-vindo ao panteão dos que não são.
Francisco Zaidan
