03 dezembro, 2012

Poeta Décio Pignatari morre aos 85 anos, em São Paulo

O poeta Décio Pignatari morreu de insuficiência respiratória neste domingo (2), aos 85 anos, em São Paulo. Ele, que também sofria de Mal de Alzheimer, estava internado desde a última sexta-feira (30), no Hospital Universitário da capital Paulista, e morreu por volta das 9h, segundo confirmou o hospital. 
 
Décio nasceu em Jundiaí, cidade do interior de São Paulo, em 1927, e teve suas primeiras poesias publicadas em revistas no ano de 1949. Seu livro de estreia, Carrossel, foi lançado em 1950. 
 
Haroldo de Campos, Décio Pignatari (centro) e Augusto de Campos (à dir.), nos anos 50 Haroldo de Campos, Décio Pignatari (centro) e Augusto de Campos (à dir.), nos anos 50
 
Desde os anos 1950, Décio realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e a fragmentação das palavras, o que culminou no Concretismo, movimento estético que fundou junto com Augusto e Haroldo de Campos. Juntos eles também editaram as revistas Noigandres e Invenção, e publicaram a Teoria da Poesia Concreta (1965). 
 
Como teórico da comunicação, ajudou a fundar a Associação Brasileira de Semiótica, nos anos 1970, traduziu obras de Marshall McLuhan, publicou o ensaio Informação, Linguagem e Comunicação (1968) e traduções de Dante Alighieri, Goethe e Shakespeare, entre outros, reunidas em Retrato do Amor quando Jovem (1990) e 231 poemas. 
 
Publicou também o volume de contos O Rosto da Memória (1988) e o romance Panteros (1992), além de uma obra para o teatro, Céu de Lona.
 
Ainda de acordo com informações do hospital, a família não vai realizar velório e o enterro está marcado para esta segunda-feira (3), às 12h, no cemitério do Morumbi, em São Paulo.
 
Portal Terra