Filme de Oliver Stone sobre Lula estreia sob aplausos no Festival de Cannes
Um vídeo que circula nas redes sociais, da documentarista e jornalista do ‘UOL‘, Flavia Guerra, mostra o cineasta e roteirista americano, Oliver Stone, apresentando uma de suas grandes produções no Festival de Cannes 2024. Direto da cidade do sul da França, no departamento de Alpes-Maritimes, à beira do mar Mediterrâneo, na Costa Azul, Stone disse, no evento considerado um dos mais prestigiados e famosos festivais de cinema do mundo: “… é sobre uma pessoa muito especial; um dos líderes únicos; uma alma maravilhosa“. O cineasta acrescentou que já esteve “com muitos líderes“, mas quis dizer que com o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi diferente: “Realmente sinto o coração dele“. De acordo com Guerra, o filme de Lula integra a mostra “Sessões Especiais” e foi recebido de forma calorosa pelos espectadores, que lotaram a sala ‘Agnès Varda‘. Stone diz que o “filme é sobre uma pessoa muito especial nos dias de hoje. Ele é, penso eu, um dos líderes únicos. Ele é um homem da classe trabalhadora que, como verá, veio do nada. Não sabia ler até estar no sétimo ou oitavo ano. Ele realmente teve dificuldades para chegar onde está e tem mais dificuldades no filme. Por favor. Admiro profundamente este homem. Sei que muitas pessoas nas classes mais altas o odeiam e não acho que alguns de vocês aqui hoje o façam. Por favor, não odeiem muito, porque ele é uma alma maravilhosa. Acredito que estive com muitos líderes e realmente sinto o coração dele“. Segundo Flavia Guerra, Oliver Stone e outro cineasta, Rob Wilson, preparavam “Lula” há vários anos e sua primeira sessão teve um público “bastante eclético“. O ‘GShow‘ escreveu que a obra foi muito bem recebida e, ao fim da exibição, recebeu quatro minutos de aplausos calorosos no ‘Le Palais des Festivals et des Congrès de Cannes‘ – sede do evento. Guerra disse ainda que em sua produção ‘Lula‘, Stone investiga o fenômeno de Luiz Inácio Lula da Silva como um político fora do comum. O documentário parte da infância de Lula em Pernambuco, conta sua chegada em São Paulo, o curso profissionalizante na adolescência, o acidente de trabalho que lhe custou um dedo e a entrada no movimento sindicalista até a criação do PT (Partido dos Trabalhadores), a maior legenda de esquerda da América Latina. Segundo a jornalista do ‘UOL‘, produção apresenta uma narrativa que “faz sentir bem” ao final, com a conclusão de que, depois de anos conturbados com a Lava Jato, o Impeachment de Dilma Roussef, a prisão de Lula e a eleição de Jair Bolsonaro, o Brasil retomou o curso da democracia. Flavia Guerra diz que a plateia embarcou na proposta e, mesmo que sóbria, aplaudiu muito no final. Houve gritos de “obrigado” para Stone e equipe, e gritos de “Olê, olê, olá, Lula, Lula!” quando Stone deixava a sala. “Vocês fizeram um ótimo trabalho“, respondeu o cineasta agradecendo os brasileiros presentes. Ainda que, obviamente, pró-Lula, o documentário toma o cuidado de contextualizar muito bem a história do Brasil recente, explicando o processo para uma plateia mais ampla que a brasileira. SEMPRE NA CONTRAMÃO O jornal Folha de S. Paulo virou piada nas redes sociais nesta segunda-feira (20) ao cobrar "espaço para oposição" no documentário feito sobre o presidente Lula (PT) pelo cineasta Oliver Stone. A obra foi aclamada na noite deste domingo (19) durante sua exibição no Festival de Cannes. Stone, conhecido por obras politizadas como "Platoon" e "JFK", apresentou o filme destacando a trajetória única de Lula. Stone expressou profunda admiração por Lula, mencionando que o documentário oferece uma visão apaixonada e crítica sobre o presidente. Nos comentários da publicação da Folha, um internauta rebate: "uma pesquisa rápida no Google e vocês aprenderiam a diferença entre reportagem e documentário". Outro provoca: "a oposição que lute por espaço". Um usuário ainda lembrou do amplo "espaço para oposição" na imprensa brasileira: "mas, Folha, o espaço é grande, gigante, alguns falam até que é infinito. Para a oposição, o que não falta é espaço: Folha, Estadão, CNN Brasil, Veja, GloboNews. Basta querer e ir". (Com informações de Urbs Magna e Brasil 247) |
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