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Rubens Mário Mazzini Rodrigues
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Fui médica na fronteira. Morei aí, na fronteira, o prefeito me ofereceu emprego quando descobriu que tinha chegado uma médica no local. Trabalhava a 30 Km, o acesso era feito pela floresta Amazônica. O motorista que me levava e trazia todos os dias, estava cumprindo pena por estupro a uma menor. Eu não sabia. Ele me buscava com a ambulância do hospital.
Peguei malária mas não parei de trabalhar: a febre vinha no caminho de volta, às 5 da tarde e não atrapalhava, mas tinha calafrios e ficava me batendo na ambulância até a febre passar: dava tempo de chegar em casa preparada para o dia seguinte.
Quando soube dos antecedentes criminais do meu motorista, passei a fazer o mesmo trajeto sozinha dirigindo um fusca com o fundo furado. Chegava com barro até nas sobrancelhas, tinha um escovão para limpar a minha roupa quando chegava no hospital. Também tinha um facão caso precisasse me defender dos animais (onça) e gás de pimenta para afastar gente. A rota que eu fazia para o hospital era a mesmo usada por traficantes. É claro que nada disso adiantaria, mas na minha inocência e sem ter porte de arma...
Meu pagamento era feito pelo Estado, passei no concurso público e também ganharia por paciente atendido - pró-labore. Atendi muito. Os políticos enchiam caminhões com gente e mandavam pra lá. Fiquei com síndrome do túnel do carpo porque para cada paciente era uma ficha enorme a ser preenchida. Mas não me pagavam, mesmo assim, tinha que declarar no imposto de renda.
Dá pra entender porque o médico não vai para o interior?
Hellen De Carvalho
- Fui médica na fronteira. Morei aí, na fronteira, o prefeito me ofereceu emprego quando descobriu que tinha chegado uma médica no local. Trabalhava a 30 Km, o acesso era feito pela floresta Amazônica. O motorista que me levava e trazia todos os dias, estava cumprindo pena por estupro a uma menor. Eu não sabia. Ele me buscava com a ambulância do hospital.
Peguei malária mas não parei de trabalhar: a febre vinha no caminho de volta, às 5 da tarde e não atrapalhava, mas tinha calafrios e ficava me batendo na ambulância até a febre passar: dava tempo de chegar em casa preparada para o dia seguinte.Quando soube dos antecedentes criminais do meu motorista, passei a fazer o mesmo trajeto sozinha dirigindo um fusca com o fundo furado. Chegava com barro até nas sobrancelhas, tinha um escovão para limpar a minha roupa quando chegava no hospital. Também tinha um facão caso precisasse me defender dos animais (onça) e gás de pimenta para afastar gente. A rota que eu fazia para o hospital era a mesmo usada por traficantes. É claro que nada disso adiantaria, mas na minha inocência e sem ter porte de arma...Meu pagamento era feito pelo Estado, passei no concurso público e também ganharia por paciente atendido - pró-labore. Atendi muito. Os políticos enchiam caminhões com gente e mandavam pra lá. Fiquei com síndrome do túnel do carpo porque para cada paciente era uma ficha enorme a ser preenchida. Mas não me pagavam, mesmo assim, tinha que declarar no imposto de renda.Dá pra entender porque o médico não vai para o interior?Hellen De Carvalho
Rubens Mário Mazzini Rodrigues
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Tentei apenas compartilhar algo já feito, mas prefiro escrever, principalmente para meus amigos não-médicos entenderem o que acontece com a saúde do país que vivemos.
O Brasil, através de um decreto presidencial, irá importar 6 mil médicos cubanos para trabalhar em nosso país. Sem nenhuma validação, simplesmente ingressarão livremente.
Exemplo: Sou formado em Harvard, fiz residência médica na Mayo Clinic, doutorado na University of London e sou PhD pela Johns Hopkins. Estudei Medicina por 20 anos nas mais conceituadas universidades do mundo. Quero lecionar e exercer a Medicina no Brasil. O que faço? - Passe pelos processos de revalidação do seu diploma de acordo com os padrões brasileiros, e, se aprovado, poderá trabalhar no Brasil.
Exemplo 2: Não consegui ingressar em uma das 200 faculdades de Medicina do Brasil. Sem nenhum processo seletivo, paguei, ou fui bancado pelo Partido dos Trabalhadores (http://www.ptsul.com.br/?doc&mostra&14665) e cursei Medicina, sem infraestrutura hospitalar, com um currículo peculiar e não compatível com nenhuma escola médica brasileira (http://www.portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=...), em Cuba. Quero trabalhar no Brasil. O que faço? Seja bem-vindo.
A desculpa: faltam médicos no Brasil.
A realidade: DF e RJ, onde existem mais de 5 médicos a cada 1000 habitantes (a OMS preconiza 1 a cada 1000), são os piores estados nos índices de qualidade da prestação de serviços em saúde pública. Em troca, o Governo Dilma investirá na reforma de aeroportos cubanos. (http://br.noticias.yahoo.com/brasil-dará-crédito-u-176-milhões-cuba...)
O que falta? Investimentos em infra-estrutura no interior do Brasil e políticas de carreira para levar médicos qualificados para exercer a Medicina nesses locais.
Ingressarão 6000 médicos. Atualmente, no SUS, após consulta clínica e solicitação de exames básicos complementares, aguarda-se, em média, 6 meses para reconsulta. Com mais 6000 médicos, qual será a espera?
Qual o plano de investimento de unidades de internação, laboratórios, centros de diagnóstico por imagem, unidades de endoscopia, blocos cirúrgicos?
Pouco me manifesto por aqui, mas acho que atingimos o limite do aceitável, como profissionais e como brasileiros, sujeitos ao comando populista petista e, agora, aos cuidados de médicos de terceira linha.
Ivan Pedrollo
- Tentei apenas compartilhar algo já feito, mas prefiro escrever, principalmente para meus amigos não-médicos entenderem o que acontece com a saúde do país que vivemos.
O Brasil, através de um decreto presidencial, irá importar 6 mil médicos cubanos para trabalhar em nosso país. Sem nenhuma validação, simplesmente ingressarão livremente.
Exemplo: Sou formado em Harvard, fiz residência médica na Mayo Clinic, doutorado na University of London e sou PhD pela Johns Hopkins. Estudei Medicina por 20 anos nas mais conceituadas universidades do mundo. Quero lecionar e exercer a Medicina no Brasil. O que faço? - Passe pelos processos de revalidação do seu diploma de acordo com os padrões brasileiros, e, se aprovado, poderá trabalhar no Brasil.Exemplo 2: Não consegui ingressar em uma das 200 faculdades de Medicina do Brasil. Sem nenhum processo seletivo, paguei, ou fui bancado pelo Partido dos Trabalhadores (http://www.ptsul.com.br/?doc&mostra&14665) e cursei Medicina, sem infraestrutura hospitalar, com um currículo peculiar e não compatível com nenhuma escola médica brasileira (http://www.portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=...), em Cuba. Quero trabalhar no Brasil. O que faço? Seja bem-vindo.A desculpa: faltam médicos no Brasil.A realidade: DF e RJ, onde existem mais de 5 médicos a cada 1000 habitantes (a OMS preconiza 1 a cada 1000), são os piores estados nos índices de qualidade da prestação de serviços em saúde pública. Em troca, o Governo Dilma investirá na reforma de aeroportos cubanos. (http://br.noticias.yahoo.com/brasil-dará-crédito-u-176-milhões-cuba...)O que falta? Investimentos em infra-estrutura no interior do Brasil e políticas de carreira para levar médicos qualificados para exercer a Medicina nesses locais.Ingressarão 6000 médicos. Atualmente, no SUS, após consulta clínica e solicitação de exames básicos complementares, aguarda-se, em média, 6 meses para reconsulta. Com mais 6000 médicos, qual será a espera?Qual o plano de investimento de unidades de internação, laboratórios, centros de diagnóstico por imagem, unidades de endoscopia, blocos cirúrgicos?Pouco me manifesto por aqui, mas acho que atingimos o limite do aceitável, como profissionais e como brasileiros, sujeitos ao comando populista petista e, agora, aos cuidados de médicos de terceira linha.
Ivan Pedrollo
Rubens Mário Mazzini Rodrigues
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Regulamento disciplinar dos médicos cubanos em serviço na Bolívia pelo programa de "Coperación Medico Cubana a Bolivia". Só vendo para crer.
- Regulamento disciplinar dos médicos cubanos em serviço na Bolívia pelo programa de "Coperación Medico Cubana a Bolivia". Só vendo para crer.
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