28 junho, 2013

Homenagem a Rubem Braga e Mário de Andrade

Exposição tem 60 fotografias feitas durante uma viagem ao Pará e ao Peru em 1927 e é um recorte do acervo do Instituto de Estudos Brasileiros da USP (IEB) (Foto: Mário de Andrade/Divulgação)


















Dois grandes intelectuais brasileiros do século 20, um capixaba radicado no Rio, e um paulistano, ganham mostras em São Paulo. 

O cronista Rubem Braga, que faria 100 anos em 2013, é objeto de uma grande exposição no Museu da Língua Portuguesa, na luz. E a vida e obra de Mário de Andrade, que teria 120, ocupam todo o Itaú Cultural, na Avenida Paulista. As duas são novidades desta semana.

Rubem Braga o fazendeiro do ar reúne textos, documentos, cartas, desenhos, pinturas, fotos vídeos e publicações. A mostra abrange Braga por inteiro: o diplomata, jornalista, correspondente de guerra, editor, tradutor, comentarista de TV e crítico de arte e música. A exposição é dividida em módulos temáticos e ilustrada por recursos interativos, o que é uma especialidade deste museu. 

Desde a abertura, o museu da lingua portuguesa dedicou mostras temporárias a escritores. A próxima, no entanto, em outubro, será sobre cazuza. Que não deixa de ser um poeta. 

A exposição sobre Mário de Andrade explora bastante seu lado de homem público voltado para as questões culturais. Além do escritor, cronista, ensaísta, crítico, jornalista, Andrade foi também o primeiro secretário municipal de cultura de São Paulo, nos anos 30. No período, criou bibliotecas, discotecas, corpos estáveis, cursos, séries de concertos. Pesquisou e documentou com imagem e som a cultura regional e nacional em diversas expedições pelo Brasil. Esse múltiplo personagem é apresentado agora por meio de mais de 400 itens, entre cartas, filmes, fotos e objetos nunca antes reunidos em um só conjunto. 

A mostra de Mário de Andrade vai até 28 de julho. A de Braga, até 2 de setembro.

O Festival Internacional De Inverno De Campos Do Jordão, Realizado Pela 44ª vez, começa no sábado e vai até dia 28 de julho. Aparentemente, sem apelos para o grande público da música erudita. Ao todo serão 60 concertos, de orquestras a pequenos conjuntos musicais e apresentações solo, no auditório Cláudio Santoro, na Praça de Capivari, na capela do Palácio do Governo, e alguns na Sala São Paulo. Nesta edição, não aparecem nomes importantes do cenário internacional. 

O mais conhecido é o conjunto de vozes The Swingle Singers, que festeja 50 anos. Em compensação, o número de vagas de bolsistas subiu para 144. A organização é da fundação Osesp, e Marin Alsop, a regente titular da Osesp dará masterclasses, além de reger a orquestra, já na abertura. Várias orquestras nacionais participam: a Sinfônica Brasileira e a de São Paulo, a Filarmônica de Minas Gerais, as Orquestras Petrobrás e Heliópolis, a Jazz Sinfônica. Mais vários conjuntos de câmara, e solistas como o pianista Gilberto Tinetti, aos 80 anos. 

Digamos que, para o público, será um festival morno. Mas como o festival nasceu com o intuito de ensinar, vamos torcer para que saiam de lá 144 virtuoses.

Tema: Cultura




 Arte / Cultura / Educação!!!

Sabedoria, Saúde e $uce$$o: Sempre. http://br.groups.yahoo.com/group/Cidad3_ImprensaLivre/