30 junho, 2013

Quais os 7 pontos da reforma política que o PT quer? Aqueles que os beneficiam, cara pálida!

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Como todos sabemos, a bola da vez é a reforma política. Cada partido obviamente vai defender o modelo que o beneficie mais, e com o PT não é diferente. Vejam o vídeo abaixo:

1-Financiamento Público de campanha

Nesse ponto há um consenso total dentro do PT. Eles creem firmemente que é um dever de toda a sociedade pagar pelas campanhas políticas. Afinal de contas, o povo deve retribuir mais pelos benefícios que recebe dos políticos, não é? Não.
O financiamento público é mais uma forma dos partidos roubarem o povo “dentro da lei”. Se hoje eles precisam desviar verba para financiar suas campanhas, com o financiamento público, investimentos que iriam para a saúde ou para a educação seriam destinados diretamente para as campanhas políticas. Além do mais, nada garante que ainda recebam unzinho por fora da iniciativa privada.
Canalhice petista
Se o financiamento é público, que partido irá ganhar mais? Ora bolas! Aquele que tem mais deputados hoje! Como o PT possui mais deputados, já largaria economicamente na frente de seus  adversários. Ademais, o fato do partido estar no poder e ter mais acesso aos cofres públicos tornaria a disputa ainda mais desigual.
Detalhe: pelo menos isso o PSDB, que tem laços fortes com o empresariado, é contra.

2-Voto em lista

A adoção do voto em lista favoreceria o PT. O partido tem questão fechada na defesa desse tema: seguidas pesquisas mostram que, dentre as legendas, o Partido dos Trabalhadores possui, de longe, a maior fatia de eleitorado fiel. O DEM, que se posiciona na centro-direita e não tem concorrentes ideológicos neste campo, também quer o voto em lista.
Canalhice petista e dos demos
No sistema de lista fechada, o eleitor vota nos partidos, que apresentam previamente uma lista com seus candidatos, em ordem de “preferência”. Os nomes no topo da lista têm mais chance de conquistar um mandato. É um sistema que dá grande poder às cúpulas partidárias. Na sistema de lista flexível, o partido monta sua lista, mas o eleitor pode votar também no seu candidato preferido. Com isso, um candidato pode eventualmente “furar a fila”.
O modelo de lista fechada ou mista é um absurdo que só favorece os partidos com muitos membros, criando assim uma vantagem evidente para o PT. Além disso, imagine que o PT conseguisse o coeficiente para 4 deputados e figurassem na lista fechada do partido os seguintes nomes, em ordem: José Dirceu, Palocci, Delúbio e Genoíno. Desta forma, candidatos que jamais poderiam vencer uma eleição seriam alçados ao poder  encostados nas votações do partido.

3-Sistema proporcional

Na minha opinião, o melhor sistema é o voto distrital, pois acabaria com a desproporcionalidade que existe para eleger um deputado. Ex: para eleger-se deputado em Roraima é preciso menos de 10 vezes o número de votos necessários em São Paulo, ou seja, o voto dos paulistas vale menos do que o dos roraimenses. O problema é que o voto distrital daria o devido poder aos estados mais populosos (São Paulo e Minas), assim  fortalecendo os tucanos. O PT jamais deixaria isso acontecer.
Modelo tucano
No voto distrital, o país é dividido em distritos, em número igual ao das vagas no Legislativo. Cada distrito elege um representante por maioria absoluta, em um turno ou dois. É um sistema em que há um vínculo forte entre o eleito e o distrito que ele representa.
Modelo do PMDB
No “distritão”, são eleitos os candidatos que tiveram mais votos, sem que haja distribuição de cadeiras entre os partidos. É um sistema muito calcado nos indivíduos, que privilegia as personalidades conhecidas ou aqueles que têm mais recursos para fazer campanha. Os partidos são enfraquecidos.
Modelo petista
No sistema de voto proporcional misto, o eleitor vota diretamente em um candidato para preencher metade das vagas legislativas, e vota em uma lista previamente ordenada de candidatos, definida pelos partidos, para preencher a outra metade, ou seja, metade dos eleitos não seria diretamente eleita pelo povo.

4-Calendário eleitoral

A proposta mais aceita atualmente é fazer a integração das eleições municipais, estaduais e nacionais. Assim, o Brasil teria eleições a cada quatro anos, e não mais a cada dois anos, diminuindo os gastos. O problema é que o PT, com a exposição da campanha presidencial, iria acabar tendo mais tempo na tv, o que poderia beneficiá-lo em eleições municipais.

5-Recall político

Sugerida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, a adoção desse instrumento – presente na legislação de países como Suíça e Estados Unidos -, permitiria que os eleitores revogassem o mandato de políticos que se afastam de sua plataforma eleitoral. Todos os partidos fogem disso igual o diabo foge da cruz, principalmente os que devem na praça.

6- Voto Facultativo

O PT já demonstrou que não irá colocar essa opção no plebiscito. Não é do interesse que o voto não fosse obrigatório no Brasil, pois, do contrário, a esmagadora maioria das pessoas ficariam em casa e somente uma minoria politizada votaria. Por mais que o PT tenha uma forte militância, o voto obrigatório ajuda o partido a conseguir uma enorme votação que jamais existiria se os pobres pudessem passar um dia descansando em casa.

7- Suplentes no Senado

A proposta do partido é acabar com a figura suplente no Senado, uma casa com vários “legisladores sem voto”. Caso um senador deixasse seu mandato, assumiria, em vez de um suplente, o segundo candidato mais votado daquele estado. Pelo menos nesse ponto, concordo com o PT.

8- Coligações


A proposta é proibir a formação das coligações partidárias. Com essa proibição, um candidato de outro partido, que não teve votos suficientes, fica impedido de se eleger em função do coeficiente eleitoral. Essa mudança seria positiva e de fácil aplicação no nosso atual modelo. Essa mudança proposta pelo PT viria a enfraquecer os pequenos partidos e a beneficiar os grandes.