Orgasmo feminino fingido - uma lição de Quintino Aires Quando conversas, mais ou menos informais, tendem a tratar ou tratam o temática da sexualidade, independentemente de "guerras dos sexos", a questão do "orgasmo feminino fingido" é um daqueles assuntos recorrentes. Tentando fazer uma abordagem séria, adjectivo o assunto como "questão", pois pode de facto levantar muitas questões, quer pelas razões quer pelas repercussões que isso pode ter numa saudável vida sexual. Normalmente, com a discussão deste assunto específico, os homens costumam ficar tremendamente preocupados, ou não pudesse isso beliscar a sua masculinidade (ou seu ideal de masculinidade, para eles próprios e para a própria sociedade). Mas, na minha opinião, mais que preocupar os homens - quando falamos de relações heterossexuais, valendo também para relacionamentos com pessoas do mesmo sexo - esses casos devem preocupar, acima de tudo, as mulheres, pois é a não realização sexual feminina que está em causa. Mesmo que aqui os pensamentos masculinos possam ser altruístico, deveriam ser as mulheres a desmistificar esta questão e levarem os seus parceiros à capacidade de lhes proporcionarem o orgasmo, evitando a necessidade do fingimento. Aliás, até porque é a felicidade das mulheres que está em causa. No entanto, provavelmente, muitas barreiras até lá - até que isso pudesse mesmo acontecer e o assunto ser tratado com toda a frontalidade que exige - muitas barreiras psicológicas e sociais terão de cair.
Aproveito então tema, e a abordagem inicial dada, para falar de um excelente programa de rádio, um verdadeiro serviço público informativo de grande utilidade para uma sã e informada vida sexual. O programa em causa pode ser ouvido diariamente na Antena 3 (estando conteúdos disponíveis online em: http://ww1.rtp.pt/icmblogs/rtp/horadosexo/), tem por nome "A Hora do Sexo" e é da autoria de Quintino Aires - um famoso e reputado psicólogo que se tem especializado em sexologia - e de Raquel Bulha - uma igualmente famosa radialista. Nas várias emissões de "A Hora do Sexo" o tema do orgasmo feminino fingido foi por diversas vezes tratado, tendo sido abordado por muitas respectivas e explanadas as várias implicações relacionadas. Mas, independentemente das muitas leituras e análises, saltou-me ao ouvido, numa das muitas emissões, o momento em que Quintino Aires enunciou técnicas para descobrir indícios que pudessem revelar verdadeiros orgasmos femininos. Entre elas destaco aqui no blogue: o triângulo vermelho invertido no peito ( um vermelhão que, segundo o psicólogo, surge mesmo a abaixo do pescoço, durante o orgasmo numa forma semelhante a um triângulo),e; as contracções do canal vaginal. Ambas as reacções são respostas fisiológicas involuntárias e que não podem ser controladas, o que as torna passíveis e adequadas para identificar verdadeiros orgasmos femininos. Por outro lado, parece que a humidificação da vagina por si só nada significa. Essa resposta de "humidificação biológica" relaciona-se mais com o início da estimulação do que com o climax propriamente dito, logo desadequada para atestar um orgasmo. Esta foi uma pequena referência e partilha. Ler e ouvir mais do que Quintino Aires tem para nos ensinar seguramente melhorará a nossa cultura sexual, parte integrante e necessária de uma saúde fisiológica e psicológica. No que toca às questões culturais e de tradição, pode-se dizer que estamos na presença de um verdadeiro demolidor de conceitos, preconceitos, tabus e mitos que se podem associar à cultura ocidental/judaica-critã, nas suas várias origens, relações e evoluções. Nada como ouvir o especialista para aprender e ficar a reflectir sobre a nossa sexualidade.
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@SulinhaSVO
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