05 agosto, 2012

Mitologia - Filhos do Arquiteto


Filhos do Arquiteto
Netuno é a essência. Não tem forma, não tem limites. É fluido como água. Adapta-se, mistura-se, funde-se. Não pode ser medido. É infinito, eterno, transcendente. É preciso saber que área da vida ele está para ampliarmos nossa consciência e tentarmos transcender os limites do espaço e do tempo.

Saturno estrutura. Cria limites e fronteiras. Netuno dissolve. Não quer um ser separado, não quer limitações, quer a totalidade. Quer envolver-se com o outro, com o mundo. Quer viver a fusão com o todo. Esta integração depende da nossa desintegração. É como a volta ao útero, plena de unidade.

Temeroso pela falta desses limites bem definidos, Saturno devorou Netuno ao nascer. Dependendo da força saturnina que temos é possível que Netuno seja empurrado para o inconsciente. No entanto, ele não desaparece. Disfarça-se e, ao invés da fusão esperada, gera confusão. A realidade, a densidade da matéria, não sufoca a infinitude netuniana. E, no setor da vida ond...
e estiver este senhor com um tridente na mão, há um véu. Pode haver uma mesa de bar, entorpecentes, ilusões. Acreditamos ser a única portinha de saída deste assustador mundo real. Aqui, Saturno não sai vitorioso. Há construção e dissolução. Uma vida de desconstruções.

Júpiter, como maior planeta do Sistema Solar, Deus dos Deuses, expande tudo que toca. Não aceita limitações e salva Netuno desta tirania. O desejo de expansão desse nosso ego desintegrado pode dar espaço para Netuno se libertar. Assim, há coragem para viver sem limitações, envolvendo-se com tudo que há a nossa volta, imergindo em algo muito maior que nós. No reino de Netuno não há outra saída.

Demoramos muito a compreender sua essência. O caminho para viver em harmonia está no fundo das águas, dentro de seu palácio, do seu templo, dentro de cada um de nós. Meditar (do grego, ir de encontro ao centro) pode nos levar ao centro de nós mesmos e trazer equilíbrio. As artes, sensibilidade. O envolvimento com nobres causas, a verdadeira fusão com o mundo. Compaixão. Entender o que há de intrínseco nas situações, a origem das questões, com sabedoria. E no silêncio oceânico descobrimos nossa intuição. Na respiração, a descoberta do espírito. Percebemos a outra face. Percebemos o contexto. Percebemos inúmeras mensagens simbólicas no cotidiano. No silêncio vamos ao encontro do universo. Netuno é o fio da meada. É compreensão, o sublime.


Tatiana Simspon
Netuno é a essência. Não tem forma, não tem limites. É fluido como água. Adapta-se, mistura-se, funde-se. Não pode ser medido. É infinito, eterno, transcendente. É preciso saber que área da vida ele está para ampliarmos nossa consciência e tentarmos transcender os limites do espaço e do tempo. 

Saturno estrutura. Cria limites e fronteiras. Netuno dissolve. Não quer um ser separado, não quer limitações, quer a totalidade. Quer envolver-se com o outro, com o mundo. Quer viver a fusão com o todo. Esta integração depende da nossa desintegração. É como a volta ao útero, plena de unidade. 

Temeroso pela falta desses limites bem definidos, Saturno devorou Netuno ao nascer. Dependendo da força saturnina que temos é possível que Netuno seja empurrado para o inconsciente. No entanto, ele não desaparece. Disfarça-se e, ao invés da fusão esperada, gera confusão. A realidade, a densidade da matéria, não sufoca a infinitude netuniana. E, no setor da vida onde estiver este senhor com um tridente na mão, há um véu. Pode haver uma mesa de bar, entorpecentes, ilusões. Acreditamos ser a única portinha de saída deste assustador mundo real. Aqui, Saturno não sai vitorioso. Há construção e dissolução. Uma vida de desconstruções. 

Júpiter, como maior planeta do Sistema Solar, Deus dos Deuses, expande tudo que toca. Não aceita limitações e salva Netuno desta tirania. O desejo de expansão desse nosso ego desintegrado pode dar espaço para Netuno se libertar. Assim, há coragem para viver sem limitações, envolvendo-se com tudo que há a nossa volta, imergindo em algo muito maior que nós. No reino de Netuno não há outra saída. 

Demoramos muito a compreender sua essência. O caminho para viver em harmonia está no fundo das águas, dentro de seu palácio, do seu templo, dentro de cada um de nós. Meditar (do grego, ir de encontro ao centro) pode nos levar ao centro de nós mesmos e trazer equilíbrio. As artes, sensibilidade. O envolvimento com nobres causas, a verdadeira fusão com o mundo. Compaixão. Entender o que há de intrínseco nas situações, a origem das questões, com sabedoria. E no silêncio oceânico descobrimos nossa intuição. Na respiração, a descoberta do espírito. Percebemos a outra face. Percebemos o contexto. Percebemos inúmeras mensagens simbólicas no cotidiano. No silêncio vamos ao encontro do universo. Netuno é o fio da meada. É compreensão, o sublime.


Tatiana Simspon

@SulinhaSVO
Sabedoria, Saúde e Sucesso: Sempre para todos Nós.
Fotografia Sempre Fiel de seu tempo