Londres passa bastão ao Rio com grande festa
Pelé, Seu Jorge e Marisa Monte participam da cerimônia que fechou Olimpíada. Britânicos, de novo, apostaram nas suas músicas
'Em chamas', Estádio Olímpico ganha as cores da bandeira do BrasilIndranil Mukherjee/AFP
Da Redação | esportes@band.com.br
Agora é com o Rio de Janeiro. Em cerimônia que durou pouco mais de três horas, Londres se despediu da Olimpíada neste domingo com uma grandiosa e sonora festa de encerramento no Estádio Olímpico, que teve o Brasil, sede dos próximos Jogos, como protagonista.
Assim como foi na abertura, a cerimônia de encerramento teve a música como grande estrela da noite. Desde os primeiros momentos do evento deste domingo, os britânicos mostraram ao mundo que o forte deles, além do esporte – a Grã-Bretanha ficou em terceiro do quadro de medalhas -, são as canções do universo pop que fizeram parte da vida de muitos. As músicas de Beatles, David Bowie e outros foram a trilha sonora para a passada de bastão para os brasileiros, que em cerca de oito minutos, fizeram uma festa não menos sonora: muito samba e até uma pitada de funk – o carioca, é claro. Renato Sorriso, Alesandra Ambrósio e Seu Jorge - Foto: Jewel Samad/AFP Marisa Monte, Seu Jorge, o passista-gari Renato Sorriso, a top Alessandra Ambrósio e Pelé foram as estrelas da parte verde-amarela da cerimônia, que teve desde Heitor Villa-Lobos até Clara Nunes, passando por Wilson Simonal e Gilberto Gil nos alto-falantes. Uma palhinha do que virá por aí em 2016.Renato abriu a apresentação sambando sozinho no palco, até ser interrompido por um segurança. Na sequência, o público foi convidado a um breve, mas intenso passeio pela cultura brasileira. Marisa Monte, de iemanjá, desfilou em uma passarela transformada em calçadão de Copacabana. Seu Jorge cantou Simonal, Bnegão foi de "Maracatu Atômico", de Jorge Mautner e Nelson Jacobina, e um grupo de ritmistas deixou o estádio com ares de Sambódromo. "Canto das Três Raças", sucesso com Clara Nunes, ecoou e ajudou a esquentar a festa brasileira. Na parte final, Pelé surgiu com a camisa da Seleção e deu encerrou o número. Foi breve, mas serviu de aperitivo para o que vem por aí em 2016. Marisa Monte, de Iemanjá, se apresenta na festa - Foto: Johannes Eisele/AFP O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi quem recebeu a bandeira olímpica das mãos do presidente do COI, Jacques Rogge, na cerimônia que marca oficialmente a passagem de uma Olimpíada para outra. Sai o rock, entra o samba. Mas o sotaque predominante foi o britânico. Os organizadores repetiram a dose da festa de abertura e fizeram uma cerimônia cheia de música pop, com muito rock representando, ao vivo ou nas caixas de som, por artistas do naipe dos Beatles, David Bowie e The Who, que fez o último show. Em um momento emocionante, Freddie Mercury, em vídeo, regeu o coro do público, para, sem seguida, o Queen quase completo, reforçado por Jessie J, cantar “We will rock youâ€. Mas também teve espaço para o rap, música eletrônica – com Fat Boy Slim – até as Spice Girls, reunidas para a cerimônia. As cantoras se reuniram especialmente para a apresentação e cantaram os velhos sucessos “Wannabe†e “Spice up your lifeâ€. Ainda nos grupos vocais, o Take That fez sua participação. O trecho menos relevante ficou por conta do Muse. A banda tocou o hino da Olimpíada, “Survivalâ€, música que não pegou durante os Jogos. Depois da participação de Rowan Atkinson na pele de Mr. Bean, na festa de abertura, a cerimônia de hoje também teve seu momento de humor. E com um dos maiores nomes da comédia mundial: o ator Eric Idle, do grupo Monty Python. Vestido como “Homem-fogueteâ€, Idle cantou “Always Look the Bright Side of Lifeâ€, música de parte importante do filme “A Vida de Brianâ€. O público acompanhou com assobios um dos momentos amis marcantes da festa. Na tribuna, as ausências foram a rainha Elizabeth II e o príncipe Willian. Mas a família real esteve representada pelo príncipe Harry e sua cunhada, Kate Middleton (mulher de Willian), mas sem interferirem na festa. Na parte final, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Londres, Sebastian Coe, fez um emocionado discurso, agradecendo a todos, mas especialmente os voluntários. Em seguida, Rogge convidou o mundo a ir para o Rio em 2016, e encerrou oficialmente a Olimpíada de Londres. As 204 mini-tochas que formam a pira foram desmembradas, o fogo olímpico foi apagado, para reaparecer no Rio de Janeiro daqui quatro anos. A bola, ou a tocha, está com os cariocas. Londres diz "goodbye", e o Rio diz "hello". Peter Townshend e Roger Daltrey: The Who encerra a Olimpíada - Foto: Jewel Samad/AFP | ||||
Posted: 12 Aug 2012 07:01 AM PDT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA MAYRA MALDJIAN DE SÃO PAULO Ali, giram em fitas de rolo registros inéditos de Clara Francisca Gonçalves, a Clara Nunes, que completaria 70 anos hoje, se não tivesse sucumbido a uma cirurgia mal sucedida de varizes, em 1983. Clara Nunes - 70 anos"Entre agosto e novembro, o Roberto Carlos dava uma parada, aí eu acompanhava a Clara", lembra Barros, que é técnico de som do Rei desde 1965. "O astral dela era impressionante. Ela crescia muito no palco, parecia que tinha dois metros de altura." Nunca lançados, esses registros podem chegar às prateleiras pela EMI em um futuro ainda incerto, com a ajuda do jornalista Vagner Fernandes, biógrafo da cantora, que fez a ponte entre o sonoplasta e a gravadora. "Eu liguei para o Genival há mais ou menos dois anos para consultá-lo sobre um registro de um show da Clara no Maksoud Plaza, em 1982. E ele disse: 'Pô, cara, não tenho, mas tem duas coisas aqui que vão te interessar. Você vai ficar maluco'", conta Fernandes. "Começamos a conversar desde então. Levei essa história para o pessoal da EMI, e eles se interessaram em lançar os dois áudios em CD." O técnico de som ainda não digitalizou as gravações. "Tenho medo de levar num estúdio e fazerem cópias." "Fiquei sabendo do material. Preciso ver se a qualidade é boa mesmo. Não adianta lançar algo que não seja à altura [de Clara]", diz Paulo César Pinheiro, viúvo da cantora e herdeiro universal dos direitos sobre a obra dela. OUÇA TRECHO DE SHOW INÉDITO DE CLARA NUNES Cantora interpreta "Pau de Arara", do Gonzagão, no Sabor Bem Brasil, em 1978 Técnico revela inéditas de Clara NunesVer em tamanho maior »
Genival Barros apresenta os registros inéditos de Clara Nunes em seu escritório, em São Bernardo do Campo (SP)
Na ocasião, Clara viajou à África com Paulo César Pinheiro, João Nogueira e sua banda, para dois shows. No início da apresentação, músicos locais fazem a ponte entre música africana e brasileira, convidando Clara ao palco para mostrar seu repertório essencialmente fincado no samba naquele momento de sua carreira. "Há poucos registros ao vivo de Clara na segunda metade da década de 1970", ressalta Vagner sobre a importância do material. Temas como "Na Linha do Mar", "Coisa da Antiga", "As Forças da Natureza" e um pot-pourri com "Domingo no Parque", "Disparada" e "Ponteio" compõem o repertório. O outro registro, com ótima qualidade de áudio, foi feito em 21 de outubro de 1978, no Anhembi, em São Paulo. O show fazia parte do projeto "Sabor Bem Brasil", que rodou o país com Clara cantando e atuando como mestre de cerimônias. No encontro, ela divide o palco com Luiz Gonzaga, João Bosco, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho e Caçulinha. As performances incluem "Lamento" (com Altamiro), "Brasileirinho" e "Pedacinhos do Céu" (com Waldir), "Guerreira" e "Juízo Final". "Pau de Arara", "Asa Branca", "Assum Preto" (com Gonzagão), "Incompatibilidade de Gênios", "De Frente pro Crime", "Kid Cavaquinho" e "O Mestre-Sala dos Mares" (com João Bosco) são destaques.
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De: . <candeia12@hotmail.com>
Assunto: Clara Nunes: "Deusa dos orixás"
Para: sociedadevivaclaraclaridade@yahoo.com.br
Assunto: Clara Nunes: "Deusa dos orixás"
Para: sociedadevivaclaraclaridade@yahoo.com.br
Viva Clara Claridade