11. Organizador profissional de mala de acampamento de crianças
Mães ricas de Nova York, nos EUA, chegam a pagar até US$ 1.000 (mais de R$ 2.000) para “organizadores profissionais de malas” para preparar a bagagem de seus filhos para acampamentos de verão. Barbara Reich, da empresa Resourceful Consultants, cobra US$ 250 por hora e às vezes precisa de até quatro horas para colocar todas as necessidades de uma criança em uma mala, incluindo sabonetes franceses e velas perfumadas. Não sei que criança usa esse tipo de coisa em acampamento (ou será que acampamento de rico é diferente? Eu não saberia), mas, se nos basearmos no preço que essas organizadoras pedem, podemos concluir que essas crianças terão as mais bem arranjadas malas do acampamento, até que todas as suas roupas fiquem enrugadas, cobertas de lama e empilhadas debaixo de seus beliches após o primeiro dia.
10. Morador temporário de casa luxuosa
A família Mueller tem um estilo de vida único: são parte de um grupo de “nômades” de classe média que concordam com um contrato de arrendamento muito peculiar. Essas pessoas vivem em casas de luxo que estão à venda por preços muito baratos, mas precisam mantê-las em ordem, absolutamente limpas e, se forem compradas, precisam estar prontos para sair imediatamente.
Enquanto
os Muellers podem desfrutar o melhor de casas luxuosas, têm muito
trabalho, já que precisam até manter uma temperatura precisamente
agradável no ambiente. Os espelhos e vidros têm que estar impecáveis em
todos os momentos, e as camas devem ter aparência como se nunca ninguém
tivesse dormido ali. Eles precisam de aprovação especial se quiserem
receber mais de 10 pessoas e, além disso, quando um potencial comprador
quer ver a casa, precisam desaparecer. Quando o imóvel é vendido, eles
têm que fazer as malas e passar para o próximo destino de luxo.
Parece
uma maneira bizarra de viver, mas há uma razão muito específica para
que imobiliárias façam isso – de acordo com as empresas, casas vendem
melhor quando alguém está vivendo nelas. É como se os Muellers
emprestassem uma energia inconfundível para uma casa de outra forma
vazia.
9. Dorminhocos profissionais
Em 2013, o Hotel Finn, em Helsinque, na Finlândia, estava procurando um “dorminhoco profissional” para testar o conforto dos seus 35 quartos. O gerente do hotel, Tio Tikka, alegou que eles estavam procurando uma “pessoa dinâmica para escrever um blog de qualidade” sobre sua experiência vivendo no “melhor lugar de verão de Helsinque”. Ser capaz de cochilar não era a única exigência do trabalho. As pessoas precisavam também ser fluentes em finlandês e inglês, e conhecimento de russo era uma vantagem.
O
Hotel Finn não foi o primeiro a caçar dorminhocos profissionais. Uma
mulher chinesa de sobrenome Zhuang foi selecionada em 2010 entre 7.800
candidatos para dormir profissionalmente em hotéis e falar sobre sua
experiência no site de viagens chinês Qunar.
8. Mergulhador de penhasco
Mergulhar de um penhasco nas águas imprevisíveis abaixo requer coragem, precisão e profissionalismo. O Red Bull Cliff Diving World Series é um campeonato que já está em seu sexto ano em turnê pelo mundo. Ele é realizado entre maio e outubro e visita penhascos desafiadores no Caribe, América do Norte, América do Sul e Europa. Atualmente no meio de uma competição, os 14 homens e 8 mulheres que estão participando esse ano acabaram de completar saltos em Kragero, na Noruega, onde mergulharam 30 metros e 20 metros, respectivamente.
Devido
ao crescente interesse dos meios de comunicação, o mergulho em
penhascos tornou-se um esporte radical popular. Realizado por cerca de
300 atletas em todo o mundo, vasta experiência em mergulho a partir de
plataformas ou em um esporte similar é uma obrigação.
7. Desviadores de iceberg
Após a tragédia do Titanic em 1912, um grupo de nações europeias e norte-americanas criaram o International Ice Patrol (IIP) para evitar novos incidentes. O IIP utiliza dados coletados a partir de satélites, radares e aviões para fornecer informações críticas para a comunidade marítima sobre a localização de icebergs, bem como desvios seguros para ficar longe deles.
As
informações do IIP são vitais para uma indústria de empreiteiros
contratados por empresas de petróleo para vigiar suas plataformas
petrolíferas. Estima-se que 20.000 a 40.000 icebergs por ano – porções
enormes de geleiras da Groenlândia – navegam com a corrente para o
Atlântico Norte, onde se tornam potenciais perigos para as instalações
de petróleo locais. Os contratantes observam esses icebergs na
vizinhança de plataformas de petróleo, e quando um é identificado como
uma ameaça, é então rebocado para longe da área com a ajuda de âncoras
especializadas.
Os
empreiteiros usam cabos de reboque de 20 centímetros de diâmetro e 400
metros de comprimento para remover icebergs imensos. O rebocador
circunda o iceberg, mantendo uma distância de 200 metros ou mais (para
evitar uma catástrofe caso ele vire durante a operação) e, uma vez que a
instalação de sistemas de cabeamento é terminada, a corda é ligada ao
cabo de reboque e a remoção começa. Rebocar um iceberg pode levar até 72
horas, já que o barco, com todo aquele peso, precisa de dez horas para
chegar a uma velocidade de apenas uma milha náutica (1,852 km) por hora.
6. Observador de tinta secando
Ver tinta secar soa como o trabalho mais entediante do mundo, mas na verdade há toda uma ciência envolvida. Nos últimos quatro anos, o Dr. Thomas Curwen trabalha para a empresa de tintas Dulux fazendo isso. O pesquisador de 34 anos observa cuidadosamente a mudança de cores e das partículas de tinta conforme elas secam, tanto em paredes quanto sob um microscópio. É uma função muito importante, já que garante que as tintas sejam duráveis e não se desgastem ao menor toque.
5. Caroneiros profissionais
Geralmente, são motoristas que ajudam pessoas dando caronas. No entanto, na capital da Indonésia, é o contrário: caroneiros profissionais são pagos por motoristas que nem conhecem para ajudá-los a chegar mais rápido ao seu destino.
Sexta
maior metrópole do mundo, Jacarta tem uma população de mais de 30
milhões e cerca de 20 milhões de carros registrados. Infelizmente, sua
infraestrutura é muito menos avançada do que a de outras grandes
cidades, como Nova York, Tóquio e Singapura, o que significa o tráfego é
terrível. Para aliviar os congestionamentos, as autoridades criaram
zonas “três em um” que só podem ser acessadas por veículos de transporte
com pelo menos três passageiros. A medida foi bem sucedida até certo
ponto, só que também gerou toda uma nova indústria – a da carona
profissional.
Todas
as manhãs, indonésios pobres da periferia são vistos perto de pontos de
entrada para zonas “três em um”, oferecendo-se para os motoristas com
pressa. Em um país onde a maioria das pessoas vive com menos de um dólar
por dia, essas caronas profissionais podem conquistar para as pessoas
até US$ 7,50 (cerca de R$ 16,60) por algumas horas de trabalho. Pegar
carona para acessar áreas proibidas de Jacarta é ilegal, por isso, os
caroneiros têm que ajudar os motoristas parados por policiais a
convencê-los de que realmente se conhecem. Mães com bebês de até dois
meses têm uma vantagem sobre a concorrência, porque contam como duas
pessoas e ocupam menos espaço, mas roupas limpas e uma aparência
arrumada em geral também representam mais “trabalhos”.
4. Crítico de churrasco
Esse emprego é tão bom que Daniel Vaughn largou seu trabalho como arquiteto para fazer isso. Em 2013, ele se tornou o primeiro crítico de churrasco para qualquer revista ou jornal dos Estados Unidos, depois de conseguir um emprego na revista Texas Monthly. Ele é tão bom nisso que até publicou um livro, “The Prophets of Smoked Meat: A Journey Through Texas Barbecue” (algo como “Os Profetas da Carne Defumada: Uma Jornada Pelo Churrasco no Texas”). Para escrever este livro, ele passou seis meses explorando restaurantes de churrasco do estado e coletando receitas. Chegou a visitar 10 locais por dia nessa época. No geral, Vaughn estima que, desde que começou a fazer isso, em 2007, comeu em mais de 600 restaurantes de churrasco do país, sendo que mais de 500 estão no Texas. Como será que ele se mantém saudável?
3. Luto profissional
Em Taiwan, encenar um funeral dramático para os parentes que faleceram é um negócio lucrativo. Para criar a atmosfera adequada, famílias ricas contratam pessoas que choram, cantam e se arrastam no chão para mostrar a sua tristeza.
O
fenômeno “filha filial” surgiu durante a década de 1970, quando filhos e
filhas deixaram suas famílias no interior do país para trabalhar na
cidade. O transporte era limitado, por isso, se um de seus pais morresse
e eles não pudessem comparecer a tempo para o funeral, contratavam uma
filha filial para tomar o seu lugar e ficar de luto. Para alguns,
mostrar tristeza de forma dramática é a maior reverência que pode ser
feita a parentes que faleceram no Taiwan, já que funerais são
considerados os momentos mais importantes para honrar a família.
Chorar
profissionalmente não é fácil, mas “artistas” como Liu Jun Lin dizem
que se envolver no caso e considerar a família que os contratou como sua
própria é de grande ajuda. Já faz 19 anos que ela trabalha ficando de
luto para estranhos, e é agora a mais famosa filha filial de Taiwan. Mas
se você está pensando em largar seu trabalho chato e mudar de carreira,
não faça isso. A tradição de contratar essas pessoas está morrendo
lentamente. Enquanto as gerações mais antigas ainda apreciam a
realização de um funeral dramático, os mais jovens estão optando por
eventos mais reservados, e só contratam filhas filiais por insistência
de parentes mais velhos. A prática é inclusive proibida em algumas
partes de Taiwan.
Por
fim, se você achou que um emprego tão bizarro quanto esse só podia
existir na Ásia, errou feio. Aqui mesmo no nosso Brasilzão é possível
encontrar carpideiras – o nome dessas profissionais do luto – que
percorrem velórios com suas lamúrias, contando causos do interior do
Nordeste. A prática também está morrendo nessa região do nosso país.
Muitos jovens nem sequer conhecem essa tradição do sertão.
2. Espantalho humano
Em 2012, um estudante universitário de música e inglês conseguiu um emprego como espantalho humano. Jamie Fox, 22 anos, que tinha acabado de se graduar pela Universidade de Bangor (Reino Unido), foi contratado para tocar ukulele, acordeão e caneca (um idiofone percutido) para assustar perdizes para longe de um campo em Norfolk. Ele recebia £ 250 (cerca de R$ 953) por semana para vestir um casaco laranja e tocar os instrumentos em um campo de dez hectares onde as aves não se incomodavam com espantalhos comuns.
Não
era algo muito simples. Seu chefe, o fazendeiro William Youngs, até o
avisou para “trazer uma cadeira e um bom livro” para passar seus dias no
campo como espantalho. Mas, se você acha que Fox odiava esse emprego,
saiba que, segundo ele, seus amigos até tinham “um pouco de inveja” de
seu trabalho, com o qual ele foi capaz de economizar dinheiro e bancar
uma viagem para a Nova Zelândia no ano seguinte.
1. Fabricante de modelos Lego
Em 2013, uma estudante conseguiu um emprego dos sonhos criando modelos de Lego, depois de vencer centenas de crianças em um processo de seleção não muito diferente do visto no seriado de TV “O Aprendiz”.
Hannah
Kirkham, 11 anos, agora trabalha no Legoland Windsor Resort, um parque
temático da Lego. Hannah foi a vencedora da vaga após dominar a última
entrevista com o fabricante de modelos sênior Giorgio Pastero, onde ela e
outros seis candidatos com idades entre 6 e 12 anos foram testados. O
trabalho da jovem escultora é ajudar a manter e atualizar alguns dos
1.800 modelos do Legoland Hotel. [Oddee]
Sabedoria, Saúde e Suce$$o: Sempre.