Josh Nesbit sempre
soube que tinha vocação para a medicina. E essa certeza se manteve
quando ele ingressou na Universidade de Stanford. Porém, ao viajar para
conhecer o interior do Malawi, no sudeste da África, Josh viveu uma experiência que alterou ligeiramente o seu objetivo de origem.
No Malawi rural, o norte-americano conheceu pacientes que precisavam caminhar por 80 ou mais quilômetros
para poder ter uma consulta médica. Mas Josh também percebeu que no
pequeno vilarejo de Namitete o seu celular pegava tão bem quanto na
Califórnia. E foi ligando esses dois pontos que surgiu a organização sem
fins lucrativos Medic Mobile.
Através
de mensagens de texto que podem ser enviadas pelos modelos mais simples
de celular, a Medic Mobile conecta pacientes de regiões pobres e
inóspitas com médicos de países desenvolvidos. Para isso foi
desenvolvido um sistema que permite aos profissionais de saúde explicar
sintomas, transmitir receitas médicas e acompanhar o tratamento apenas
trocando SMS’s.
A ferramenta foi testada inicialmente no Hospital Saint Gabriel,
no próprio Malawi, no ano de 2010. Em seis meses de programa-piloto,
foram economizadas 1200 horas de trabalho dos funcionários, 3 mil
dólares com o combustível que era usado nos deslocamentos e mais de 100
pacientes tiveram sintomas de tuberculose identificados através do
sistema. No final de 2013, já eram quase 8 mil profissionais de saúde
conectados à Medic Mobile em 21 países, a maioria na África Subsaariana.
Será
que Josh, o inventor da plataforma que queria ser médico, teria
conseguido ajudar mais pessoas apenas atendendo em seu consultório?
Hypeness - Inovação e criatividade para todos.