Alguns de vocês talvez não se lembrem. Mas
eu, sortuda que sou, estava lá. O ritual era sempre o mesmo: primeiro,
pedia permissão em casa pra ficar online. O ideal era esperar pra usar
depois das 20h ou, melhor ainda, depois da meia-noite, ainda que isso
seja completamente inadequado pra uma criança de 10 anos com aula no dia
seguinte.
Bom, daí arrancava o fio do telefone da tomada e botava no modem.
Clicava em conectar, botava o login e a senha do provedor. E torcia
pelos barulhinhos certos! Por que às vezes a conexão dava errado, e a
gente já sabia antes de ela falhar, por causa dos barulhinhos diferentes
que o modem fazia nesses casos.
Eram tempos divertidos: uma época em que o motor de busca mais famoso
da internet brasileira funcionada por cadastro e tinha um número
restrito, limitado, contável de sites sobre determinado tema. Já tinha
lido todos os sites sobre RPG? Não tem mais o que ler sobre isso na
internet. Acabou. Bota os melhores no Favoritos e volta amanhã pra ver
se, com sorte, alguém atualizou (manualmente, né, editando o código HTML
da página).
GIFs animados, fundo-preto-letra-verde, chat do UOL, servidores de FTP
(pra subir seu site, fazer downloads, essas coisas), mIRC e um mundo que
já encantava por parecer sem limites mas que era minúsculo comparado ao
universo ao qual temos acesso hoje.
O programa de TV abaixo é uma
viagem no tempo:
Está em inglês, mas vale a pena tentar decifrar usando as legendas
automáticas. É um programa de TV americano que fez um especial sobre
~informática e, em determinado momento, fala sobre a internet. E é até
bonito de ver: no vídeo, analistas até desconfiam que esse negócio de
internet talvez se tornasse bem popular, viu.
No cartum à esquerda (1993), o
vira-lata diz para o outro que usando a Internet ninguém fica sabendo
que ele é um cão. Sob a ilustração à direita (2011), a lista dos itens
'disponibilizados' pelos novos recursos tecnológicos (texto abaixo).
Um tour pela internet em 1993 by Galileu
Arte/Cultura/Humor!!!
Sabedoria, Saúde e $uce$$o: Sempre.