Casa de Ademar Bicalho tem vários objetos relacionados ao Galo
Cida Santana, no Globo Esporte
Piso, espelhos, parede, cortina, escada, teto, chafariz, roupa de cama, toalha, galinheiro e até tampa do vaso sanitário. Tudo remete ao Atlético-MG na casa do aposentado Ademar de Barros Bicalho, 62 anos, em Montes Claros (MG).
Louco pelo time, Ademar já sofreu um ataque cardíaco em pleno Mineirão diante de tamanha emoção após gol do Galo, em 1999. A “Casa do Galo” é o retrato desse amor incondicional. Uma paixão que vive fase de lua de mel com a ótima campanha do clube no Campeonato Brasileiro.
Chafariz do Galo enfeita a casa de atleticano em Montes Claros- MG
Ademar revela que morava em uma casa menor e sempre gostava de colecionar objetos do Atlético. Então, prometeu para ele mesmo construir uma casa temática do Galo. A construção começou em 1992. Desde então, nunca parou de comprar e ganhar camisas, bonés e todos os tipos de produtos que remetem ao alvinegro.
A sala de visitas é toda decorada em preto e branco. Na parede, se destaca um grande quadro pintado com escudo do time, que também aparece em outros cômodos da residência. No térreo, fica o “Quarto do Galo”, onde o aposentado guarda centenas de fotos, pôsteres, faixas e uma coleção de 137 camisas do time do coração.Enquanto mostra a casa, Ademar fala de suas alegrias e emoções com o clube do coração. Segundo ele, sua maior tristeza foi no dia 27 de novembro de 2005, quando o Galo empatou em 0 a 0 com o Vasco, no Mineirão, e foi rebaixado para a Segunda Divisão. A maior alegria viria no dia 18 de novembro do ano seguinte, com a vitória de 1 a 0 sobre o Ceará, que garantiu a volta do time à elite do futebol brasileiro.
Ademar Bicalho e sua mulher, Sandra, na cama com colcha do Galo
A “Casa do Galo” já recebeu visitas de atleticanos ilustres. Ademar mostra fotos com as presenças do ex-presidente do clube Ziza Valadares, dos ex-jogadores Reinaldo, Dario e Paulo Isidoro, além do secretário de estado extraordinário para a Copa do Mundo (Secopa), Fuad Noman, entre outros. Perguntado sobre quem do Atlético ele gostaria que conhecesse sua casa, o fanático torcedor responde rápido:
– O Ronaldinho Gaucho, não é? Seria uma honra recebê-lo aqui. Quem sabe, nada é impossível.
Até o vaso sanitário tem as cores do Atlético-MG
Ademar Bicalho também revela algumas aventuras pelas quais já passou pelo time do coração. Segundo ele, em 1970 fez uma promessa que se o time fosse campeão mineiro, iria fazer algo inusitado. Ele jura que no dia 20 de setembro de 1970, após um empate em 1 a 1 com o Cruzeiro que deu o titulo ao Galo, fez um grande sacrifício.
- Peguei a pedra maior que eu poderia carregar, perto da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, e levei-a até a sede do clube no bairro de Lourdes – relata.
Mas o grande susto vivido por ele, devido à paixão sem limites pelo time, aconteceu no dia 12 de dezembro de 1999, no primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro em que o Atlético venceu o Corinthians por 3 a 2. Ademar estava no Mineirão acompanhando o jogo. Quando o atacante Guilherme fez 2 a 0 para o Galo, aos 27 minutos primeiro tempo, a emoção foi tão grande que o coração dele não suportou e o aposentado sofreu uma parada cardiorespiratória.– A partir daquele momento não vi mais nada do jogo. Fiquei inconsciente por um bom tempo, alguns até disseram que eu tinha morrido, mas estou aqui firme e forte para ver o Galo campeão – fala sorridente o fanático atleticano, que foi amparado pela mulher (Sandra) e socorrido pelo serviço médico do estádio.
Quarto com centenas de objetos do Galo
Questionado sobre qual promessa faria para o Galo ser campeão brasileiro, Ademar responde de bate-pronto:
– Para o título de campeão brasileiro não vou fazer nenhuma promessa, pois este o Galo já bicou. Mas prometo que se a gente for campeão da Libertadores do ano que vem, vou com toda a minha família até Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, agradecer a Nossa Senhora pela conquista – anuncia ele.
Apoio da família
Não é apenas o chefe da família que pensou e projetou a “Casa do Galo”. A mulher dele, Sandra, disse que ajudou o marido a planejar como seria a casa.
- Não tivemos a ajuda de nenhum arquiteto. Nós mesmos projetamos tudo. Inclusive o serralheiro que instalou as janelas era cruzeirense, e fazia o serviço de cara amarrada – revela Sandra, que cuida da casa com muito carinho.
Teto decorado com o escudo do Galo
O filho Wenderson Bicalho, 35 anos, afirma que na época que a casa foi construída ele ainda era adolescente, mas sempre apoiou as ideias do pai. Segundo ele, no seu convite de aniversário de um ano está escrito: “hoje sou um pintinho, amanhã serei um galinho. Venha participar do meu primeiro aninho”.
Entre o desejo de receber a visita de Ronaldinho e o amor pelo time, o aposentado torce pelo título brasileiro sem deixar de cumprir sua maior missão: enfeitar a casa, cada vez mais, com os símbolos do clube do coração.
Fotos: Cida Santana/Globoesporte.com
dica do Gerson Caceres
De: Pavablog < news@pavazine.com >
Para: sulinhacidad3@zipmail.com.br
Assunto: Atualizações!
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