02 agosto, 2012

Polícia de SP prende pastor que estuprou garota a mando de Deus

pastor José Leonardo Sardinha
Garota desconfiou, mas Sardinha 
disse que com Deus não se brinca


A Polícia de São Paulo prendeu na noite de ontem (31) o pastor José Leonardo Sardinha (foto), que se encontrava foragido.

Ele foi condenado em 2008 por ter estuprado uma menina de 13 anos, filha de uma fiel, em 1991.

A menina queria namorar o filho do pastor, o Leonardinho, mas não havia reciprocidade. Sardinha disse na época para a garota que tinha tido um "sonho profético": se ela mantivesse relações sexuais como ele por três vezes, o namoro se viabilizaria.

O pastor argumentou que seria um "sacrifício" bíblico, semelhante àquele do pedido de Deus a Abraão para que matasse o seu filho.

A menina ficou desconfiada e perguntou ao pastor se o sonho tinha sido mesmo com Deus. Sardinha assegurou que sim. A garota, por gostar muito do Leonardinho, resolveu fazer o "sacrifício".

Os encontros ocorrem em um motel. Como a menina era virgem, ela sentiu dor na primeira vez — houve relação anal e vaginal, com sangramento. Sardinha disse que aquilo fazia parte do sacrifício.

Dizem os autos: "Quando ele [o pastor] foi para o banheiro, [a menina] ainda perguntou se ele tinha certeza que aquilo era de Deus, ao que ele respondeu que nunca brincaria com o nome de Deus. Quando entraram no carro, a declarante ainda estava sangrando. Ele apenas disse "vigia que vai sangrar mesmo".

Como a "profecia" não se realizou — Leonardinho continuava ignorando a garota —, o caso foi parar na Justiça. Sardinha foi acusado de estupro pelo Ministério Público. Antes, o pastor chegou a prometer à menina que ia se separar de sua mulher para se casar com ela.

No dia 6 de novembro de 2008, a juíza Jucimara Esther de Lima Bueno, da 26ª Vara Criminal Central, condenou o pastor a 21 anos de prisão em regime fechado, na penitenciária do Tremembé (SP).

Em janeiro deste ano, Sardinha obteve o benefício de cumprir a pena em regime semiaberto, e ele  fugiu. O pastor foi preso quando celebrava um culto em sua igreja, a Assembleia de Deus Ministério Plenitude. Ele tentou enganar os policiais ao apresentar o R.G. do seu irmão.

Condenação na integra:


 

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