Alfredo Volpi foi um pintor italiano nascido em Lucca em 1896, mas que com um ano de idade veio com sua família para o Brasil e residindo em São Paulo. Ainda criança, estuda na Escola Profissional Masculina do Brás e posteriormente arranja ofício de marceneiro, entalhador e encadernador. Em 1911, torna-se pintor decorador de ambientes e começa a pintar sobre madeiras e telas. Sua primeira obra é datada de 1914 e até 1930 sua pintura tem como base a aproximação naturalista das formas e cores, resolvidas de maneira impressionista ou expressionista. Em 1925 inicia sua participação em mostras coletivas e dois anos depos conhece Mário Zanini sobre quem exerceu grande influência.
Na década de 1930 passa a fazer parte do Grupo Santa Helena onde conheceu sua grande influência, o pintor Ernesto de Fiori, e estudou junto com vários artistas, como Mário Zanini e Francisco Rebolo. Em 1936, participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e integra, no ano seguinte, a Família Artística Paulista - FAP. Sua produção inicial é figurativa, destacando-se marinhas executadas em Itanhaém, São Paulo. No fim dos anos de 1930, mantém contato com o pintor Emídio de Souza.
Desenvolve a partir de então um cromatismo mais vívido, em detrimento da textura, quase translúcida. Participa em 1938 do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, ambos em SP. Em 1939, após visita a Itanhaém, inicia série de marinhas. Participa do VII Salão Paulista de Belas-Artes em 1940. Ainda no mesmo ano, ganha o concurso promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, com trabalhos realizados com base nos monumentos das cidades de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para temas populares e religiosos. Realiza trabalhos para a Osirarte, empresa de azulejaria criada em 1940, por Rossi Osir. Em 1941, do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da I Exposição do Osirarte e do I Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo. Sua primeira exposição individual ocorre em São Paulo, na Galeria Itá, em 1944.
Em 1950 viaja para a Europa e visita a Itália na companhia de Rossi Osir e Mário Zanini. Seduz-se com a arte renascentista e dos góticos, principalmente Giotto. Substitui, nesse período, gradativamente o óleo pela têmpera. Inicia, também, uma fase construtivista, que compreende um período estático, com fachadas e casas abstraídas, seguido a uma fase construtivista, que se transforma nos anos 60, em esquemas óticos e vibráteis puramente cromáticos, das bandeirinhas e fitas. Recebe em 53, o prêmio de Melhor Pintor Nacional da II Bienal Internacional de São Paulo, dividido com Di Cavalcanti , e com o qual adquire fama.
Os geométricos paulistas o apontam como seu precursor. Participa da XXVII Bienal de Veneza. Em 1956-57 participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta e mantém contato com artistas e poetas do grupo concreto. Em 1957 tem sua primeira retrospectiva, no MAM - Rio. Em 1958, recebe o Prêmio Guggenheim; em 1962 e 1966, o de melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de Janeiro, entre outros. Em 1975, no MAM - SP e em 1976 no MAC - Campinas.
Em 1980, a galeria A Ponte, em São Paulo, faz a exposição retrospectiva Volpi/As Pequenas Grandes Obras/ Três Décadas de Pintura. Em 1984 participa da mostra Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, da Fundação Bienal. Em seu aniversário de 90 anos, o MAM-SP faz a exposição Volpi 90 Anos. Morre em 1988, em São Paulo.
Em 1993 a Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe Volpi - projetos e estudos em retrospectiva, Décadas de 40-70. Em Bienais, participou da I, II (Prêmio dePintura Nacional), III, IV (Sala Especial) e XV. Participa da mostra Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal.
Saúde, Sorte e Suce$$o: Sempre.
Sulinha _ SVO