05 agosto, 2013

Museu do Ipiranga é fechado por tempo indeterminado


 

Restauro já estava previsto, mas obras foram adiantadas, pois instalações oferecem risco aos visitantes, servidores e acervo


Meses após comemorar 120 anos de fundação, o mais antigo museu da capital, o Museu do Ipiranga, fechou as portas às pressas e por tempo indeterminado.
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Museu mais antigo de São Paulo fecha às pressas, sem previsão de reabertura - Robson Fernandes/Estadão
Robson Fernandes/Estadão
Museu mais antigo de São Paulo fecha às pressas, sem previsão de reabertura
Um comunicado da diretoria do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (nome oficial do equipamento), divulgado ontem, afirma que a decisão pelo fechamento repentino é resultado de vistorias técnicas que mostraram a necessidade de uma reforma ampla “para garantir a incolumidade dos visitantes e servidores, bem como a proteção física do acervo.”
Com rachaduras, queda de reboco e até interdição de um dos salões após o forro ter cedido dez centímetros, o restauro do prédio já estava previsto, mas com um calendário mais espaçado. Os investimentos, estimados em R$ 21 milhões, incluíam a devolução da cor original da fachada e reformas das rampas, saguão e torres externas.
Em entrevista publicada há dois meses no Jornal da USP, a diretora do Museu, Sheila Walbe Ornstein, explicou que boa parte dos problemas estruturais do prédio era resultado do uso, desde os anos 1940, do subsolo como área expositiva e para salas de administração. “No projeto original, o subsolo serviria apenas para ventilação e saída de umidade ascendente.”
De qualquer forma, afirma Sheila, na nota divulgada ontem, “é necessário e comum que museus instalados em prédios históricos fechem parcial ou totalmente para restauro e modernizações.”
Relevância. O Museu do Ipiranga é um dos mais visitados de São Paulo, com um movimento diário de 3 mil pessoas. Grande parte do fluxo envolve excursões escolares.
Seu acervo é composto de 150 mil peças - entre mobiliário, roupas e lembranças da família imperial, quadros, itens de iconografia em geral, fotos e documentos - que contam a transformação cultural, social, política e econômica do Brasil, desde o século 17 até meados do século 20. A biblioteca tem mais de 100 mil volumes e o Centro de Documentação Histórica, 40 mil manuscritos. Uma das obras mais conhecidas do acervo é o quadro Independência ou Morte, de 1888, do artista Pedro Américo.

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