A partir da gravação de "Apesar de você", interpretada pelas autoridades da ditatura militar como uma ofensa ao general Emílio Garrastazu Médici (presidente brasileiro à época), os censores do Serviço de Censura de Diversões Públicas tornaram-se bastante rígidos com o compositor. Todas as letras assinadas por Buarque recebiam o carimbo "interditada". Para escapar das limitações, especialmente após as proibições impostas ao álbum "Calabar", Chico Buarque criou o heterônimo Julinho da Adelaide. A estratégia funcionou, e músicas como "Acorda amor", "Milagre brasileiro" e "Jorge Maravilha".
Em 1975, uma reportagem sobre censura publicada no Jornal do Brasil revelaria que Julinho da Adelaide e Chico Buarque eram a mesma pessoa. Por causa dessa revelação, o serviço de censura da ditatura militar passou a exigir cópias do RG e do CPF dos compositores.
A partir daí, passou-se a suspeitar que a letra de "Jorge Maravilha" tinha sido feita para o general e então presidente Ernesto Geisel, cuja filha Amália Lucy havia declarado ser grande fã da obra de Buarque.
De: Baú do Luizinho <noreply@blogger.com>
Assunto: Baú do Luizinho
Para: centroculturalresistencia@yahoo.com.br
E nada como um tempo após um contratempo
Pro meu coração
E não vale a pena ficar, apenas ficar
Chorando, resmungando, até quando, não, não, não
E como já dizia Jorge Maravilha
Prenhe de razão
Mais vale uma filha na mão
Do que dois pais voando
Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
Ela gosta do tango, do dengo, do mengo, domingo e de cócega
Ela pega e me pisca, belisca, petisca, me arrisca e me enrosca
Você não gosta de mim, mas sua filha gosta
E nada como um dia após o outro dia
Pro meu coração
E não vale a pena ficar, apenas ficar
Chorando, resmungando até quando, não, não, não
E como já dizia Jorge Maravilha
Prenhe de razão
Mais vale uma filha na mão do que dois pais sobrevoando
Arte / Cultura / Educação!!!
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