03 junho, 2013

"Amigos das redes sociais, lutem contra a PEC 37 ou nunca mais poderão conter a roubalheira", afirma Jabor



Arnaldo Jabor. Imagem: Fotógrafo Desconhecido
Em emissão da Rádio CBN, Arnaldo Jabor classificou a PEC 37, a qual será votada em 26 de junho, como "um dos piores perigos para a democracia no Brasil", que impediria a investigação e a punição de "toda essa epopeia de vagabundagem e roubalheira que infesta o Congresso do país". Foi alarmista: "Se aprovada, o pior pode acontecer, estamos na rota do fracasso histórico".

Citou ainda o objetivo de impedir o Ministério Público de responsabilizar agentes do Estado por negligência e incompetência, além de impedir o congelamento dos bens dos malfeitores. "Há uma união nacional de canalhas em torno dessa emenda", enfatizou. "Querem criar o paraíso da roubalheira, os canalhas poderão roubar e proibir investigações, seria o paraíso da roubalheira".

"É essencial que o pessoal das redes sociais, de movimentos fichas limpas e contra a corrupção se mobilizem desde já, se não passa. Eu de minha parte, vou falar desde já até o dia 26. Certamente a votação será secreta, para manter os criminosos no escurinho, mas vou nomear cada um dos arquitetos dessa lei. O movimento tem de começar já, por favor, amigos ouvintes das redes sociais, isso é mais importante que xingar o Feliciano ou se espantar com a imagem assustadora de Renan Calheiros na Presidência da República. É agora ou nunca".


Manifestantes contra a PEC 37. Imagem: Blog do Ludwig
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara dos Deputados, anunciou, nesta terça-feira (28/05), que será colocada em votação, no final deste mês, a PEC 37 - ou "PEC da Impunidade", como ficou conhecida em setores contrários à sua aprovação (inclusive promotores e procuradores da República) e movimentos sociais contra a corrupção.


Em debate sobre a redação da PEC, representantes do Ministério Público e delegados federais discutem mudanças, mas sem terem efetivado quaisquer acordos. Apesar de este grupo ter solicitado ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, mais 30 dias para que possam avençar um texto que seja aprovado por ambas as partes.

Cardoso encaminhou o pedido a Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, que respondeu:“O tempo que eles precisam eles vão ter. A minha palavra está mantida, vamos votar a PEC na última semana de junho”.

A proposta prevê uma alteração no texto da Constituição Federal que, na prática, proibirá promotores e procuradores de conduzir investigações na esfera criminal, inclusive de suspeitos de corrupção.

Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.


De: Folha Política <noreply@blogger.com>
Assunto: Folha Política

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