21 maio, 2013

Memorial da Resistência ganha mural de grafite na Virada Cultural

Painel foi entregue neste domingo (19), na Estação Pinacoteca.
Quatro artistas participaram do projeto, que começou na segunda (13).

Memorial da Resistência, na Estação Pinacoteca, recebe mural de grafite (Foto: Nathália Duarte/G1)Memorial da Resistência, na Estação Pinacoteca, recebe mural de grafite (Foto: Nathália Duarte/G1)
O Memorial da Resistência, na Estação Pinacoteca, no Centro de São Paulo, recebeu neste domingo (19) um mural de grafite em homenagem às vítimas da ditadura no Brasil. A conclusão da obra coincide com a Virada Cultural da capital, que em suas 24 horas contou com espaço para que o público acompanhasse a pintura e conhecesse as técnicas aplicadas pelos quatro artistas participantes.
O mural, de 20 por 5 metros, fica na área externa, no estacionamento do museu, e começou a ser produzido na segunda-feira (13). A ideia, de acordo com a Pinacoteca, é que o mural seja renovado a cada ano por artistas diferentes.
Mantida pelo Governo de São Paulo, a Estação Pinacoteca foi ocupada, entre os anos 1940 e 1983, por antigas celas do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops). O museu foi inaugurado em 2002 com o nome de Memorial da Liberdade. A pedido de ex-presos políticos, porém, o espaço passou a se chamar, em maio de 2008, Memorial da Resistência.
Quatro artistas participaram da produção do mural (Foto: Nathália Duarte/G1)
Quatro artistas participaram da produção do mural
(Foto: Nathália Duarte/G1)
Entre as técnicas utilizadas para compor o mural estão grafismo, realismo e design, segundo explica o artista convidado a pintar o painel, Daniel Melim. "A gente trata um pouco da história recente do Brasil, e é muito importante unir um evento cultural como a Virada a um conteúdo tão importante", diz aoG1. " Melim contou com o trabalho de outros três artistas, todos do ABC paulista: a dupla B-47, formada por Tiago Gasques e Denis, e Pedro Sussumu, conhecido como Ignore.
Os desenhos surgiram depois de uma longa pesquisa realizada pelo grupo e de uma visita monitorada ao Memorial. "Cada um tem uma técnica e trazer essa riqueza de ideias foi fundamental", afirma Melim. O grafite faz alusão à resistência na atualidade, com referências à reintegração de posse do Pinheirinho; à repressão policial; e aos registros de desaparecidos perdidos ou ocultados durante a ditadura. O fim da repressão é representado pela abertura das grades das celas, símbolo do próprio Memorial.
Pintural de mural começou a ser feita na segunda-feira (13) (Foto: Nathália Duarte/G1)Pintural de mural começou a ser feita na segunda-feira (13) (Foto: Nathália Duarte/G1)

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