Em meio à crise na educação, aventando-se escolas sucateadas, inversão de valores, perda do senso de autoridade, baixos salários, falta de estrutura e reconhecimento, outro problema emerge: agressões entre professores e alunos.
Segundo matéria publicada por Caio Barbosa na Folha Política (leia clicando aqui), mais de 40% dos professores da rede pública de São Paulo já sofreram violência. Os dados em outros estados podem ser ainda mais alarmantes.
Tal agressão física teria resultado de uma discussão que envolveu troca de ofensas e desenhos jocosos. O que teria levado a situação a este limite? Problemas psicológicos, falta de imposição prévia de autoridade, abuso por parte de alunos inconsequentes e insubmissos, ausência de estrutura de resistência a uma população jovem cada vez mais sarcástica, insubmissa e violenta? Os defensores da disciplina férrea defendem tal espancamento ou o consideram extremo? Isto pode ter sido causado por um trabalhador levado ao extremo pela ausência de condições de trabalho? Este é um meio legítimo de impor ordem? Como podemos impor disciplina, respeito e ordem, de modo a propiciar o estudo e o desenvolvimento cultural, respeitando a dignidade de todos e o bem-estar comum?
Lígia Ferreira é analista de sócio-sistemas.
De: Folha Política <noreply@blogger.com>
Assunto: Folha Política
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