Folha de São Paulo - Ao sair de uma exposição do pintor italiano Tiziano, no centro de Roma, a presidente Dilma Rousseff afirmou que não basta ao papa defender os pobres, mas também compreender as "opções diferenciadas das pessoas".
"Eu acho que ele tem um papel a cumprir. [A defesa dos pobres] é uma posição importante. É claro que o mundo pede hoje além disso. Que as pessoas sejam compreendidas e que as opções diferenciadas das pessoas sejam compreendidas.
Ela não explicou quais opções diferenciadas seriam essas, mas antes de virar o papa Francisco, o cardeal Jorge Mario Bergoglio já se posicionou contrariamente a questões como o aborto e o casamento de pessoas do mesmo sexo, segundo diversas reportagens publicadas nos últimos dias.
Questionada especificamente sobre a possibilidade de a igreja atuar nas defesas de tais "políticas progressistas", Dilma afirmou que o novo pontífice não parece ser alguém que irá "defender esse tipo de posição".
Assessores da presidente não haviam informado o destino da presidente na manhã desta segunda-feira, mas a imprensa a encontrou caminhando pelo museu Scuderie del Quirinale junto com os ministros Antônio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Gilberto Carvalho (Secretário Geral da Presidência) e Helena Chagas (Comunicação).
Dilma também avalia que "um papa latino-americano é uma honra para a América Latina" e uma "afirmação da região".
Também comentou sobre o papel da igreja brasileira durante a ditadura militar (1964-1985): "Acho que a igreja brasileira foi extremamente combativa contra a ditadura em geral".
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