08 março, 2013

Cely Couto: FAQ do 8 de março: Consciencia.blog.br


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Neste 8 de março, dia que homenageia a luta feminista, surgem algumas perguntas entre as pessoas, como “Por que não se comemora com a mesma força o Dia Internacional do Homem (que existe e é comemorado em 19 de novembro)?” ou “Qual é o problema em se parabenizar as mulheres por este dia?”. Cely Couto,direto do Facebook, escreveu esse ótimo FAQ (perguntas e respostas) que esclarece e desmitifica este que não é um dia para homenagens líricas e românticas às mulheres, mas sim para que os homens e as mulheres não feministas adquiram a certeza de que o feminismo nunca deixou de ser muito necessário.


por Cely Couto

O Dia internacional das Mulheres está chegando e tem atividades feministas pra todo lado, mas muito comentário/piadinha sexistas e misóginos também. E tem desinformação, e tem perseguição, e tem aquele monte de cara chato que te dá parabéns ironicamente (ou não) e acaba com o seu dia. Aqui vai uma pequena contribuição, pelo menos pra colocar em pauta a discussão sobre a data.

Por que não tem o dia do homem?
Porque é uma data “comemorativa” com uma função específica: fixar no calendário a memória de luta das mulheres. Isso porque existe uma longa trajetória de esforços para que as mulheres pudessem ter seus direitos mais básicos reconhecidos. Basta pensar que há poucos anos éramos consideradas propriedades de pais e maridos, economicamente dependentes e nossa única função social era reproduzir e cuidar da família, sujeitas a todo tipo de violência por nossa condição subordinada. Muitos grupos tem um longo histórico de luta pelo seu reconhecimento, mas com certeza os homens não enfrentaram nenhuma discriminação com base no seu gênero, por se tratar simplesmente do gênero dominante que sempre oprimiu “a outra metade” do mundo. O patriarcado manteve os homens em posição de autoridade, dominando a política e as ciências, detendo todo o conhecimento e restringindo o acesso das mulheres à esfera pública, é mais do que suficiente para relembrarmos aquelas que batalharam pelos seus direitos mínimos. Ainda temos muito trabalho pela frente em busca da igualdade, mas nada mais justo do que uma data que celebre as conquistas das mulheres e coloque o feminismo em discussão. Um dia do homem, como foco na sua condição de gênero, não faria nenhum sentido e seria inclusive uma afronta às mulheres que resistiram à dominação masculina, já que eles sempre contaram com privilégios sociais e nunca sentiram na pele o estigma do “segundo sexo” – pelo contrário, se posicionaram contra a libertação feminina.

Mas porque tem que ter um dia específico pra isso?
Uma data comemorativa é mais uma estratégia de ação afirmativa, ou seja, faz parte das políticas públicas que garantem direitos a grupos minoritários, historicamente discriminados, em busca de igualdade social. Nesse caso, é fixada uma data que relembra um evento histórico representativo para a luta das mulheres, com o objetivo de resgatar sua trajetória e avaliar o quanto avançamos ou regredimos. É uma estratégia questionável? Sim, até porque hoje nós vemos a apropriação comercial de todas essas datas, é mais fácil encontrar artigos sobre lucrar mais no Dia da Mulher do que sobre o real significado da data. Mas isso não anula a importância da discussão e nos incentiva a retomar o sentido original do 8 de Março. Particularmente, eu prefiro encarar como mais uma oportunidade de tornar a questão pública e reacender o debate, sempre ciente de que corremos o risco de restringir a visibilidade para um único dia no ano, como se fosse pra cumprir agenda de movimento. Por isso a necessidade de insistir no tema durante todo o ano, se possível deslocando comemorações do tipo também para outras datas.

Mas a mulherada só quer saber de ganhar presente, não acha?
Infelizmente, no geral, é só mais uma data apropriada pela lógica capitalista, isso não é novidade pra ninguém. Existe o 8 de Março no que ele realmente respresenta, que está restrito muitas vezes ao pessoal dos movimentos sociais ou envolvido em algum nível com política, e o 8 de Março do senso comum. Obviamente é esse último que interessa na sociedade de consumo, até porque a história real do 8 de Março é anti-capitalista! Nada como transformar a memória de luta pela libertação das mulheres em uma oportunidade de vendas, mas isso não é exclusividade dessa data, absolutamente TUDO será engolido por isso nesse contexto. E as últimas culpadas por isso são as mulheres que querem ganhar seu presentinho, que enxergam isso como uma gentileza e recebem todas as felicitações por cumprirem seu papel feminino na sociedade – em uma data que, VEJA BEM, deveria contestar o papel feminino. Cabe a nós, pessoas preocupadxs com as desigualdades sociais, retomar a verdadeira função dessa data e combater a apropriação do capital, embora essa luta seja muito maior e esteja ligada a todas as perspectivas de uma realidade diferente.

Qual o problema em dar parabéns, entregar a rosa ou um presente?
Parabéns pelo que, presente pelo que? Essa é a grande questão. Claro que a gente não quer reforçar essa ideia de transformar uma data que é referência de luta em uma comemoração a nível pessoal, mas muito além disso, o significado dessas felicitações é problemático porque vai na CONTRAMÃO da proposta. Não se trata de “Parabéns pela trajetória de luta dos movimentos de mulheres, que você continue em frente pelos seus direitos!”, isso seria um cenário razoável, mas o que acontece de verdade é o contrário: felicitam as mulheres pelo seu papel atual na sociedade, que ainda é extremamente desigual. Parabenizam a gente por corresponder a uma ideia engessada do que é ser mulher: bonitas, sensíveis, boas mães e esposas… até os famigerados “independente e batalhadora” estão ligados a uma ideia de jornada tripla, da mulher que se mata pra cumprir uma jornada de trabalho fora e ainda cuidar da casa e dos filhos, sem divisão justa de tarefas, o que é considerado ideal hoje em dia. Apelam para o estereótipo mais tosco de feminilidade, reforçam os papéis de gênero que nos limitam, nos colocam como apaixonadas, dedicadas à família, lindas e sedutoras, a mesma porcaria de sempre. É interessante pra qualquer umx que esteja comprometidx com o fim do sexismo que não felicite as mulheres pelo papel que elas alcançaram, mas pela luta feminista que é mais atual do que nunca e necessária.

Mas ainda é necessário relembrar e prosseguir com a luta feminista?
Violência contra a mulher, divisão sexual do trabalho, precarização do trabalho feminino, criminalização do aborto, jornada tripla, disparidade salarial, tráfico sexual, ditadura da beleza… não são poucas as demandas que o feminismo ainda tem como desafio atualmente. Avançamos muito, mas ainda estamos longe da igualdade social de fato, que está interligada com outras lutas. O 8 de Março coloca em pauta todas essas questões, porque mais importante do que parabenizar pelas conquistas é ter um olhar crítico sobre elas, a quem beneficiaram, qual direção estamos tomando, quais serão as próximas estratégias. Como a própria data se origina entre as mulheres trabalhadoras, para mim, atualmente, é o momento de repensar o formato institucionalizado que o feminismo vem tomando e pegar firme na questão de classe, chegar onde realmente importa. Um bom sinal de que o feminismo é mais necessário do que nunca são essas mensagens incríveis de Dia das Mulheres nos resumindo a “presentes da natureza, pura ternura, lindas florzinhas”, isso porque a data é em memória de mulheres combativas, independentes e insurgentes – as trabalhadoras de Petrogrado.

E essa história de Petrogrado? Qual a origem do 8 de Março, afinal?
A grande polêmica é que a história das trabalhadoras queimadas dentro da fábrica nos EUA, durante a greve, pode ser um mito. Eu, particularmente, dou crédito à versão da Renée Cote, que escreveu “O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março” (1984). Ela nunca encontrou evidências dessa greve, na verdade, houve uma mistura de fatos que geraram um mito, e a verdadeira origem do 8 de Março ocorreu entre as mulheres socialistas. Com a queda da URSS, foi politicamente mais interessante retomar a versão das operárias americanas do que dar o crédito às russas, assim a ONU e a UNESCO consolidaram o mito do 8 de março. A versão que eu acredito é a de que, em 8 de março de 1917, na Rússia, houve uma greve espontânea de tecelãs e costureiras de Petrogrado, que saíram às ruas pedindo pão e paz e contrariando a decisão do partido. Essa manifestação foi o estopim da primeira fase da Revolução Russa, como Kollontai escreve: “O dia das operárias, 8 de Março, foi uma data memorável na história. Nesse dia as mulheres russas levantaram a tocha da revolução”. Em 1921, na Conferência das Mulheres Comunistas, a data foi unificada como Dia Internacional das Operárias e mais tarde espalhada como comemoração da luta das mulheres pela 3ª Internacional. Desmistificar o mito do 8 de março não desvaloriza seu significado histórico, até porque as greves das operárias americanas ocorreram em vários períodos e merecem ser lembradas, na verdade a retomada da história verdadeira enriquece ainda mais o sentido dessa data, trazendo à tona o fato: o 8 de março nasceu das mulheres socialistas! E isso quer dizer que a luta das mulheres está diretamente ligada à luta contra todo tipo de exploração, que o 8 de março é libertário e que é, acima de tudo, o dia da mulher trabalhadora.

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A versão acima da origem do Dia Internacional da Mulher tem sido questionada cada vez mais e relegada a mito – e um mito cuja origem pode ter sido a escusa pretensão de esconder do mundo as origens socialistas da data, em se falando tanto das bolcheviques russas como das operárias manifestantes de outros países.
Vale, neste 8 de março, ler o que Audinei C. Neves, tendo obtido informações do Núcleo Piratininga de Comunicação, fala sobre os questionamentos e revisão das origens desse dia tão importante para a luta feminista. E falando em dia tão importante, é necessário relembrar: hoje não é dia de homenagens românticas às mulheres, tampouco de realçar papéis de gênero impostos a elas, mas sim de admirar e apoiar a luta feminista pela libertação das mulheres (e, por tabela, também dos homens, a serem libertos dos papéis de gênero machistas).


Por Audinei C. Neves, fisioterapeuta

Como se criou o mito de 1857? O Dia da Mulher é associado continuamente à história de uma greve, que ocorreu em Nova Iorque, em 1857, na qual 129 operárias morreram depois dos patrões terem incendiado a fábrica ocupada. Entretanto, esse marco é controverso.
A primeira citação a essa greve, sem nenhum dos detalhes que serão acrescentados posteriormente, aparece no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do oito de Março de 1955. Porém, quando sucedeu a fixação da data do oito de março?
O artigo descreve resumidamente, em três linhas, o incêndio que teria ocorrido em oito de março de 1857 e depois afirma que em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Socialdemocrata Alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, 53 anos antes, teria proposto o oito de Março como data do Dia Internacional da Mulher.
Estas mulheres queimadas foram mencionadas na publicação da Federação das Mulheres Alemã, alguns anos depois. Esta história fictícia teve origem, provavelmente, em duas outras greves ocorridas na mesma cidade de Nova Iorque, entretanto, em outro período. A primeira foi uma longa greve real, de costureiras, que durou de 22 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro de 1910.
A segunda foi uma outra greve, uma das muitas lutas da classe operária, no começo do século XX, nos EUA. Esta ocorreu na mesma cidade em 1911. Nessa greve, em 29 de março, foi registrada a morte, durante um incêndio, causado pela falta de segurança nas péssimas instalações de uma fábrica têxtil, de 146 pessoas, na maioria mulheres imigrantes judias e italianas.
Esse incêndio foi descrito pelos jornais socialistas, numerosos nos EUA naqueles anos, como um crime cometido pelos patrões, pelo capitalismo.
Essa fábrica pegando fogo, com dezenas de operárias se jogando do oitavo andar, em chamas, indica a pista do nascimento do mito daquela greve de 1857, na qual teriam morrido 129 operárias num incêndio provocado propositadamente pelos patrões.
E, a criação da história de 1857? Por que aquele ano? Por que nos EUA? A explicação, possivelmente, justifica-se na combinação de casualidades, sem plano pré-estabelecido.
A canadense Renée Côté pesquisou dez anos, em todos os arquivos da Europa, Estados Unidos e Canadá e não encontrou nenhum rastro da greve de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.
Ela afirma que essa greve nunca existiu. É um mito criado por causa da confusão com as greves de 1910; de 1911, nos EUA; e 1917, na Rússia. Essa miscelânea se deu por motivos históricos políticos, ideológicos e psicológicos.
Ao passar do tempo, o mito sobre a greve das 129 operárias queimadas vivas se firmou e apagou da memória histórica das mulheres e dos homens outras datas reais de greves e congressos socialistas que determinaram o Dia das Mulheres, sua data de comemoração e seu caráter político.
Nos anos 70, o mito das mulheres queimadas vivas estava consolidado. Ligeiramente foi feita a síntese de uma greve que nunca existiu, a de 1857, com as outras duas, de costureiras, que ocorreram em 1910 e 1911, em Nova Iorque.
Nesse ano de 1970, com centenas de milhares de mulheres americanas participando de enormes manifestações contra a guerra do Vietnã e com um forte movimento feminista, em Baltimore, EUA, é publicado o boletim Mulheres-Jornal da Libertação. Neste impresso, já se divulgava e se projetava a versão do mito de 1857.
Contudo, na França, essa confusão “histórica” não foi aceita com tanta veemência. O jornal nº 0, de 8 de março de 1977, História d´Elas, publicado em Paris, contestou esta mistura de datas e diz que, em longas pesquisas, nada se encontrou sobre a famosa greve de Nova Iorque, em 1857. Mas, a publicação não repercutiu.
Dolores Farias, no seu artigo no Brasil de Fato, nº 2, afirma que, em 1975, a ONU declarou o período de 75 a 85 como a década da mulher e reconheceu o oito de março como o seu dia. Em 1977, a UNESCO reconhece oficialmente este dia como o Dia da Mulher, em homenagem às 129 operárias queimadas vivas.
No final da década de 70, o prefeito de Nova Iorque, na resolução nº 14, de 24/1, reafirma o oito de março como Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado oficialmente na cidade de Nova Iorque.
Na resolução, refere expressamente a greve das operárias de 1857, por aumento de salário e por 12 horas de trabalho diário, e mistura esta greve fictícia com uma greve real que começou em 20 de novembro de 1909. Assim, o mito foi criado.

Datas importantes relacionadas a origem do Dia Internacional da Mulher
1900-1907:    Movimento das Sufragistas pelo voto feminino nos EUA e Inglaterra.
1907:    Em Stuttgart, é realizada a 1ª Conferência da Internacional Socialista com a presença de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai. Uma das principais resoluções: “Todos os partidos socialistas do mundo devem lutar pelo sufrágio feminino.”
1908:    Em Chicago (EUA), no dia 3 de maio, é celebrado, pela primeira vez, o Woman´s Day. A convocação é feita pela Federação Autônoma de Mulheres.
1909:    Novamente em Chicago, mas com nova data, último domingo de fevereiro, é realizado o Woman”s Day. O Partido Socialista Americano toma a frente.
1910:    A terceira edição do Woman”s Day é realizada em Chicago e Nova Iorque, chamada pelo Partido Socialista, no último domingo de fevereiro.
Em Nova Iorque, é grande a participação de operárias devido a uma greve que paralisava as fábricas de tecido da cidade. Dos trinta mil grevistas, 80% eram mulheres. Essa greve durou três meses e acabou no dia 15/02, véspera do Woman”s Day.
Em maio, o Congresso do Partido Socialista Americano delibera que as delegadas ao Congresso da Internacional, que seria realizado em Copenhague, na Dinamarca, em agosto, defendam que a Internacional assuma o Dia Internacional da Mulher.
“Este deve ser comemorado no mundo inteiro, no último domingo de fevereiro, a exemplo do que já acontecia nos EUA”.
Em agosto, a 2ª Conferência Internacional da Mulher Socialista, realizada dois dias antes do Congresso, delibera que: “As mulheres socialistas de todas as nacionalidades organizarão (…) um dia das mulheres específico, cujo principal objetivo será a promoção do direito a voto para as mulheres”. Não é definida uma data específica.
1911:    Durante uma nova greve de tecelãs e tecelões, em Nova Iorque, morrem 134 grevistas, a causa de um incêndio devido a péssimas condições de segurança.
Na Alemanha, Clara Zetkin lidera as comemorações do Dia da Mulher, em 19 de março. (Alexandra Kollontai diz que foi para comemorar um levante, na Prússia, em 1848, quando o rei prometeu às mulheres o direito de voto).
Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 26/02 e na Suécia, em 1º de Maio.
1912:    Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 25/02.
1913:    Na Alemanha, o Dia da Mulher é comemorado em 19/3.
Na Rússia é comemorado, pela primeira vez, o Dia da Mulher, em 3/3.
1914:    Pela primeira vez, a Secretaria Internacional da Mulher Socialista, dirigida por Clara Zetkin, indica uma data única para a comemoração do Dia da Mulher: 8 de Março. Não há explicação sobre o porquê da data.
A orientação foi seguida na Alemanha, Suécia e Dinamarca.
Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher foi comemorado em 19/03
1917:    No dia 8 de Março de 1917 (27 de fevereiro no calendário russo) estoura uma greve das tecelãs de São Petersburgo. Esta greve gera uma grande manifestação e dá início à Revolução Russa.
1918:    Alexandra Kollontai lidera, em 8/3, as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, em Moscou, e consagra o 8/3 em lembrança à greve do ano anterior, em São Petersburgo.
1921:    A Conferência das Mulheres Comunistas aprova, na 3ª Internacional, a comemoração do Dia Internacional Comunista das Mulheres e decreta que, a partir de 1922, será celebrado oficialmente em 8 de Março.
1955:    Dia 5/3, L´Humanité, jornal do PCF, fala pela primeira vez da greve de 1857, em Nova Iorque. Não fala da morte das 129 queimadas vivas.
1966: A Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Oriental retoma o Dia Internacional das Mulheres e, pela primeira vez, conta a versão das 129 mulheres queimadas vivas.
1969: Nos Estados Unidos, o movimento feminista ganha força. Em Berkley, é retomada a comemoração do Dia Internacional da Mulher.
1970:    O jornal feminista Jornal da Libertação, em Baltimore, nos EUA consolida a versão do mito de 1857.
1975:    A ONU decreta, 75-85, a Década da Mulher.
1977:    A UNESCO encampa a data 8/3 como Dia da Mulher e repete a versão das 129 mulheres queimadas vivas.
1978:    O prefeito de Nova Iorque decreta dia de festa, no município, o dia 8 de Março, em homenagem às 129 mulheres queimadas vivas.
No Brasil:
1945:    O PCB cria a União Feminina contra a carestia.
1947:    O 8 de Março é comemorado pela primeira vez no Brasil.
1948:    Com o PCB na ilegalidade, a passeata do 8 de Março é proibida, no Rio.
1949:    É editado, pela primeira vez, no Brasil, o livro de Alexandra Kollontai, A Nova Mulher e a Moral Sexual.
1950:    Em 8 de Março, a Federação das Mulheres do Brasil retoma a comemoração do Dia Internacional da Mulher.
Fonte (de onde Audinei obteve as informações): NPC


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