(De: Zé Ramalho / Otacílio Batista - Por: Amelinha)
Numa luta de gregos e troianos,
Por Helena, a mulher de Menelau,
Conta a história de um cavalo de pau,
Terminava uma guerra de dez anos.
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Paris, o grande sedutor,
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa.
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor.
Alexandre, figura desumana,
Fundador da famosa Alexandria,
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana.
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa.
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor.
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino.
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes.
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor,
Se não fosse a mulher, mimosa flor,
A história seria mentirosa.
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor.
Virgulino Ferreira, o Lampião,
Bandoleiro das selvas nordestinas,
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão,
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor.
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa.
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor...
- Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita (Paulo Afonso, 8 de março de 1911 — 28 de julho de 1938) companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião e a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião (Serra Talhada, 4 de Junho de 1898 (ver abaixo) — Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi um cangaceiro brasileiro.
Descontração na obra de argila em alto relevo Lampião e Maria Bonita -Artista Tito Borges
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