Alguns cronistas o culparam pela perda do campeonato carioca de 1971,
outros, evidentemente, culparam a atuação do árbitro José Marçal Filho,
que validou o gol irregular do ponteiro esquerdo Lula do Fluminense.
Há quem diga que a culpa foi de Paulo Cesar Lima, ao ser fotografado
para a revista Placar com a faixa de campeão carioca de 1971, antes
mesmo do encontro final no Maracanã.
O diretor de futebol Zeferino Xisto Toniato, era um deslumbrado com
as metodologias de trabalho do técnico Paraguaio frente ao elenco do
Botafogo naquele ano de 1971.
Mas, o segredo de tanta aprovação era muito simples. Além de conhecer
o futebol em todas as suas esferas dentro e fora dos gramados,
Paraguaio era capaz de ouvir os jogadores e manter um ótimo
relacionamento com todos os funcionários do clube.
Egídio Landolfi nasceu na cidade de Campanário, no Mato Grosso, em 30
de janeiro de 1928. As referências históricas sobre sua trajetória
inicial no futebol são difíceis de serem encontradas.
Até o apelido de Paraguaio remete a uma passagem do jogador pelo
Olímpia do Paraguai entre os anos de 1944 e 1945. O que se sabe foi
registrado no livro “Nunca houve um homem como Heleno”, de Marcos
Eduardo Neves, publicado pela editora Zahar.
A página 172 do livro relata que Heleno de Freitas recebeu uma carta
de seu primo, Aldo de Freitas, secretário da embaixada brasileira no
Paraguai, recomendando o ponteiro que matava a pau defendendo a camisa
do Olímpia.
Dessa forma, sua chegada ao Botafogo está mais do que justificada,
bastando apenas esclarecer como Egídio Landolfi foi parar no Paraguai.
E Paraguaio, o ponteiro das investidas ousadas e insinuantes, foi o
primeiro camisa sete de uma linhagem marcante ao longo da história do
Botafogo. A história das numerações nas camisas de futebol tem seu
início no ano de 1946, quando a FIFA foi instituindo aos poucos a
novidade.
O livro Timão 100 anos de Celso Unzelte, publicado pela Ed.
Gutenberg, mostra que o Corinthians utilizou números em suas camisas já
no ano de 1946. Mas se tratando de campeonato carioca, a obrigatoriedade
foi instituída somente em 1948.
Com uma campanha marcada por altos e baixos no início da competição, o
Botafogo chegou com méritos na final do campeonato de 1948 para
enfrentar o temido Vasco de Barbosa, Eli, Danilo Ademir, Ipojucan e
Chico.
Há treze anos sem ganhar um Campeonato Carioca, a torcida do Botafogo
lotou o Estádio de General Severiano naquele dia 12 de dezembro de
1948.
Logo nos primeiros minutos daquela contenda, a torcida alvinegra
comemorou o tento de cabeça do ponteiro Paraguaio. Braguinha e Otávio
deram números finais ao placar de 3×1 e a festa do título começou.
Era o primeiro título na carreira de Paraguaio que permaneceu no
Botafogo até 1953, quando teve uma rápida passagem pelo Fluminense antes
de desembarcar no América.
Vice-campeão carioca de 1954 e 1955, Paraguaio trouxe muita
experiência ao jovem time do América. O ponteiro direito permaneceu no
América até meados da temporada de 1958, quando deixou definitivamente
os gramados.
Em seguida começou sua carreira como treinador, obtendo seu auge no
início dos anos setenta, quando treinou o próprio Botafogo no campeonato
carioca e no campeonato brasileiro. Paraguaio faleceu no ano de 1998.
Créditos de imagens e informações para a criação do texto: revista
Placar (por Fausto Netto e Teixeira Heizer), revista Esporte Ilustrado,
revista O Globo Sportivo, revista do Botafogo,
mundobotafogo.blogspot.com.br, campeoesdofutebol.com.br,
museudosesportes.blogspot.com, albumefigurinhas.no.comunidades.net,
Livro: “Nunca houve um homem como Heleno” – Marcos Eduardo Neves –
Editora Zahar.
To: sulinhacidad3@live.com
From: comment-reply@wordpress.com
Subject: [Novo post] Paraguaio… o primeiro sete da estrela solitária
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