03 dezembro, 2024

UOL | Boletins

 

Getty Images/iStockphoto
 
  
PIB do Brasil será o principal destaque do mercado hoje
Diogo Rodriguez

Bom dia, investidores,

Veja quais são os destaques desta terça (3):

  • PIB do 3º trimestre deve mostrar crescimento
  • Tesouro Nacional apresenta resultados fiscais
  • EUA divulgam dados de vagas de emprego em outubro

PIB do 3º trimestre deve mostrar crescimento

  • O IBGE divulgará hoje o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, com projeções apontando para uma expansão entre 0,6% e 1%.
  • O resultado, embora robusto, representa uma desaceleração frente ao crescimento de 1,4% registrado no segundo trimestre, influenciado por uma base de comparação mais alta.
  • Os números do PIB refletem a força da indústria e dos serviços, enquanto o setor agropecuário deve apresentar retração.
  • Do lado da demanda, o aumento do consumo, impulsionado por maior renda e crédito, além dos investimentos, deve sustentar o crescimento no período.
  • O Índice de Atividade Econômica do
  • Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, já sinalizou alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior.

Tesouro Nacional apresenta resultados fiscais

  • Às 14h30, o Tesouro Nacional divulgará os resultados do Governo Central referentes a outubro. O déficit acumulado nos primeiros nove meses de 2024 atingiu R$ 105,2 bilhões, uma alta real de 7,4% em comparação ao mesmo período de 2023.
  • Em setembro, o déficit foi de R$ 5,3 bilhões, revertendo o superávit de R$ 11,5 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado.
  • Às 15h, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, comentará os dados em coletiva de imprensa no Ministério da Fazenda.

EUA divulgam dados de vagas de emprego em outubro

  • Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulga hoje o relatório JOLTS de outubro, com dados sobre vagas de emprego abertas.
  • Em setembro, esse número caiu para 7,4 milhões, com a taxa de vagas em 4,5%.
  • O mercado estará atento a esses dados para avaliar a dinâmica do mercado de trabalho e suas implicações para a política monetária do Federal Reserve.

Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda (2):

  • Dólar: 1,11%, a R$ 6,0680.
  • B3 (Ibovespa): -0,34%, aos 125.235,54 pontos.

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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
 
  
Governo envia pacote ao Congresso sem reforma da previdência dos militares
Carolina Juliano

Aposentadoria de militares fica de fora de pacote de ajustes. O envio do pacote de ajuste fiscal ao Congresso Nacional foi anunciado em edição extra do Diário Oficial da União publicada no fim da noite de ontem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na semana passada uma série de medidas para conter as despesas do governo, como o fim dos supersalários no serviço público e a reforma da previdência dos militares. Mas, segundo a colunista o UOL Raquel Landin, as medidas foram enviadas sem o projeto de lei que trata da reforma da previdência dos militares. Segundo a coluna, ainda não há consenso dentro do governo sobre o tema. No sábado, Lula recebeu o ministro da Defesa, José Mucio, e os comandantes das Forças Armadas para tratar do assunto. A Fazenda quer idade mínima de aposentadoria de 55 anos para os militares, mas as Forças Armadas pedem uma regra de transição que duraria quase 40 anos. Saiba mais.

STF libera pagamento de emendas parlamentares. O ministro Flávio Dino, do STF, autorizou ontem a retomada do pagamento das emendas impositivas do Congresso, que estavam suspensas desde agosto, mas impôs condições que não agradaram os parlamentares. A principal delas é a necessidade de identificação no portal da transparência dos parlamentares que indicaram o repasse da verba. Dino impôs ainda uma espécie de teto de gastos para a liberação dos recursos. Elas não poderão crescer mais que as despesas discricionárias do Poder Executivo nem acima do limite imposto pelo arcabouço fiscal do governo federal ou acima da receita corrente líquida. A decisão do ministro foi validada pela maioria dos ministros em sessão extraordinária no plenário virtual do Supremo. Entenda.

Deputados ameaçam boicotar pacote, e Lula chama reunião de emergência. De acordo com a colunista o UOL Raquel Landim, o presidente teria recebido "recados" de que as exigências feitas pelo ministro Flávio Divo para que as emendas parlamentares fossem liberadas desagradaram os deputados. Lula convocou uma reunião de emergência com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com outros integrantes da articulação política no Palácio do Planalto. Segundo a colunista, a reação do Congresso frustrou as expectativas do governo, que calculava que a liberação do pagamento das emendas "melhoraria o clima" para aprovação do ajuste e do Orçamento de 2025.

Dólar bate novo recorde e fecha o dia cotado a R$ 6,06. A moeda norte-americana disparou mais uma vez e subiu 1,07% nesta segunda-feira. De acordo com analistas de mercado, o pacote de ajuste fiscal do governo e as novas ameaças tarifárias de Donald Trump nos Estados Unidos impulsionaram as oscilações nos mercados. Na última sexta-feira, o dólar atingiu a marca de R$ 6 pela primeira vez na história, e os líderes do Congresso Nacional tentaram conter a disparada com acenos à responsabilidade fiscal, mas o mercado não se acalmou.

ANS muda regras de cancelamento de planos de saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar adotou novas regras para o cancelamento de contratos de planos por inadimplência. Em contratos assinados a partir do dia 1º de dezembro, o cancelamento poderá ser feito após atraso de pelo menos duas mensalidades, seguidas ou não. Para os contratos anteriores, continua a valer a regra antiga, e basta uma única fatura vencida há mais de 60 dias, consecutivos ou não, nos últimos 12 meses, para que o contrato seja cancelado. Pelas novas regras, o beneficiário deverá ser avisado sobre o cancelamento por e-mail, mensagem de texto, ligação telefônica gravada, carta com AR, ou entrega por representante da operadora. Entenda.

Após pedido de desculpas, STF encerra processo sobre ofensas a Moraes. O ministro Dias Toffoli declarou ontem extinta a punibilidade da família que hostilizou o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma em julho de 2023. A decisão foi tomada após a família assumir os crimes de calúnia e difamação e se retratar sobre o ocorrido. Diante da manifestação encaminhada na semana passada ao STF, Toffoli entendeu que não há mais punição a ser aplicada no caso. A família respondia por crimes contra a honra e integridade corporal do ministro e de seus familiares, além do crime de abolição do Estado Democrático de Direito.

5G de alta velocidade já pode ser ativado em todo o Brasil. Desde ontem todos os 5.570 municípios do Brasil estão aptos a receber a ativação do 5G standalone, o 5G "puro", que pode ter velocidade até dez vezes maior que o anterior. A Agência Nacional de Telecomunicações e a Entidade Administradora da Faixa concluíram a limpeza da faixa de 3,5 GHz, antes utilizada por serviços de satélites e radiodifusão. O 5G chegou ao Brasil em julho de 2022, inicialmente em Brasília. Desde então, a cobertura foi ampliada para municípios com mais de 500 mil habitantes. Atualmente, 770 cidades contam com a rede em funcionamento, atendendo 35 milhões de pessoas. Saiba mais.

Governardor de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário da Segurança, Guilherme Derrite
Governardor de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário da Segurança, Guilherme Derrite
Rogério Cassimiro/Governo do Estado de SP
 
  
PM dá show de horror dias depois de anúncio de ouvidoria paralela
 
Rodrigo Barradas

Com a série de comportamentos inaceitáveis de policiais militares de São Paulo, aumenta a pressão para que Tarcísio de Freitas faça alguma movimentação para colocar a tropa sob controle. A percepção, dentro da própria corporação, é de que o governador de São Paulo e seu secretário de Segurança, Guilherme Derrite, toleram os excessos da polícia. É isso que Leonardo Sakamoto argumenta em coluna de hoje.

Com esse cenário, é oportuno trazer a esta newsletter análise de Flávio VM Costa publicada ontem sobre a ouvidoria paralela anunciada por Derrite para -embora ele negue- esvaziar a Ouvidoria das Polícias.



O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro Michel Barnier
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro Michel Barnier
Ludovic Marin/AFP
 
  
Assembleia francesa deve votar derrubada do governo nesta quarta

A Assembleia Francesa deve votar amanhã uma moção de desconfiança contra o primeiro-ministro, Michel Barnier, que tomou posse há três meses com o apoio do presidente Emmanuel Macron. Ontem, tanto o partido França Insubmissa, de esquerda, como o direitista Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen, anunciaram que votarão pela queda de Barneir.

O impasse foi deflagrado pela discussão do Orçamento para 2025. A proposta de Barnier inclui aumento de impostos e corte de despesas para enfrentar um déficit estimado em 6,1% do PIB neste ano. Sem maioria, o governo usou uma regra da Constituição que lhe permite aprovar legislação sem passar pelo Parlamento, mas dá aos deputados o direito de questioná-la, apresentando uma moção de desconfiança.

A crise derrubou o valor dos títulos da dívida francesa e tem contribuído para a desvalorização do euro.

Rebeldes avançam na Síria

O Observatório de Direitos Humanos da Síria (OSDH) afirmou que houve combates intensos entre o Exército da Síria e grupos rebeldes que avançavam para a cidade de Hama nesta terça-feira.

Com cerca de um milhão de habitantes, Hama é um ponto estratégico entre a capital Damasco e Aleppo, segunda maior cidade do país, tomada no fim de semana por uma coalização de rebeldes liderados grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham, ex-afiliado à Al Qaeda. Segundo a OSDH, aviões russos e sírios voltaram a bombardear os rebeldes, hoje.

A ofensiva teve início na quarta passada e ocorre em um momento de fraqueza do presidente, Bashar al Assad, que tem alguns de seus principais aliados, como Hezbollah, Irã e Rússia, engajados em outros conflitos.

Israel mata nove no Líbano

Ataques aéreos israelenses deixaram nove pessoas mortas no sul do Líbano nessa segunda-feira, segundo informações do governo libanês. O governo de Israel afirmou que o ataque foi uma resposta ao disparo de dois projéteis pelo Hezbollah contra uma área conhecida como Fazendas de Shebaa, um território ocupado por Israel na fronteira entre a Síria e o Líbano.

O Hezbollah reconheceu a ação, dizendo que foi "uma primeira resposta defensiva" às "violações" da trégua. Segundo o governo libanês, até então as forças de Netanyahu já haviam realizado 54 ataques contra o território do país, em violação do acordo.

Condenada à morte pelo desvio de US$ 12 bilhões, a empresária vietnamita Truong My Lan precisa devolver 75% do valor para transformar a pena em prisão perpétua
Imagem: STR/AFP

China e EUA anunciam retaliações mútuas

A guerra comercial entre EUA e China, sob a justificativa de defesa da segurança nacional, teve dois novos lances nesta semana. Hoje, a China anunciou um embargo da exportação para os EUA de alguns minerais usados na fabricação de semicondutores e baterias e que também têm utilização em equipamentos militares.

A medida foi tomada um dia após os EUA também terem anunciado mais um pacote de restrição da venda de semicondutores para a China. Pequim criticou a decisão, acusando os EUA de politizar e transformar em armas questões de comércio e tecnologia. "Para defender a segurança nacional, a China decidiu reforçar o controle da exportação de equipamento de uso misto para os EUA", disse em nota o Ministério do Comércio chinês.

Derrota de Musk

A Justiça americana rejeitou a segunda tentativa da Tesla de derrubar o veto a um pacote de benefícios, aprovado há seis anos, que inclui um pagamento de mais de US$ 100 bilhões em ações da empresa para o magnata Elon Musk. A iniciativa já havia sido rejeitada em fevereiro pela mesma juiza. Na época, o mesmo conjunto de ações era avaliado em US$ 56 bilhões.

A nova tentativa da empresa foi classificada pela juiza como "criativa", mas sem base legal. Na decisão original, Kathaleen McCormick afirmou que o conselho da Tesla era "muito próximo" de Musk e que o valor "não se justifica por nenhuma métrica razoável". Em sua rede social X, Musk classificou a decisão de "corrupção absoluta".

A nova ameaça de Trump

Donald Trump usou sua rede social, Truth, mais uma vez para fazer ameaças. Nesta segunda-feira, o presidente eleito escreveu que, se os reféns do Hamas não forem libertados até a sua posse, em 20 de janeiro, "os responsáveis serão atingidos mais duramente do que qualquer um na longa e lendária história dos Estados Unidos da América."

O republicano não deu detalhes precisos de quem seriam os alvos, nem de que ações realizaria. Em mais de um ano de conflito, Israel já eliminou quase toda a cúpula do grupo palestino e matou cerca de 45 mil palestinos.

Na semana passada, Trump usou o Truth pelo menos duas vezes para ameaçar sobretaxar produtos do México, China, Canadá e os integrantes do Brics, caso esses países contrariem o que ele entende como interesses americanos.