CONSCIÊNCIA NEGRA
“Negro, sua Luta continua
precisa sair com sua bandeira á rua
precisa continuar Lutando pelo seu Ideal
precisa afetar a Consciência nacional
pos, a reforma agrária só terá Valor
se não houver preconceito de cor
vocês tem direito, muito mais
a esta Terra Mãe
imposta aos seus ancestrais
vocês foram os Imigrantes
que do Brasil são amantes
mesmo chegando aqui em corrente
levaram e levam esse pais pra frente
então hoje vocês não podem deixar
ninguém sua Terra pegar
vocês nos deram a Música. A comida, a religião
nós te viramos as costas, negamos a mão
os “intelectuais” dizem, com toda sua fraqueza
que a nossa língua é a português
mas, a nossa Cultura popular
veio de suas Terras, além Mar
nós, brancos, te devemos demais
nós cobre, pelo menos, a igualdade e a Paz”
(Sulinha 1988)
Olha nosso povo aí
Conjugando no presente o verbo Resistir
Nossos corpos densos Resistindo à opressão
Nossos nervos tensos suportando a humilhação
O olho cresceu, tumbeiro chegou
O couro comeu, o pau roncou
Mas o negro é aroeira
Envergou, mas não quebrou
Preto velho tem mandinga
De amansar feitor
Nega mina tem um dengo
De matar de amor
Palmares, balaios, malês, alfaiates
Fugas, guerrilhas, combates
Mão na cara, dedo em riste
Teatros, fundos de quintal, candomblés,
Blocos, jongos, afoxés
Assim também se Resiste
Negritude resplandecente
Consciente a se reconstruir
O nosso nome é Resistência
Olha o nosso povo aí
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