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30 abril, 2022

Igrejas na Alemanha perdem fiéis em ritmo acelerado - Paulopes Weblog

 


Pesquisador diz não ser mais normal pertencer a uma das duas grandes igrejas, a Católica e a Evangélica

RELIGIÓN DIGITAL

Em 2021, 51% dos alemães pertenciam à Igreja Católica ou à Igreja Evangélica. Em 1990, 72% eram membros de uma das duas grandes igrejas.

Além da morte de paroquianos, as Igrejas tiveram que enfrentar inúmeros pedidos de demissão nos últimos anos, no caso da Igreja Católica, em grande parte relacionados aos escândalos de abuso de menores por parte de clérigos.

Entre 1950 e 1989 o número de membros da Igreja Evangélica caiu na antiga RDA  [Alemanha Oriental] de 15 para 4 milhões. O número de católicos caiu pela metade para cerca de 1 milhão.

Menos da metade dos alemães pertence a uma das duas grandes Igrejas, a Igreja Católica ou a Igreja Evangélica, de acordo com um estudo do Grupo de Pesquisa Worldview na Alemanha (Fowid).

"Esta é uma virada histórica, não é mais normal pertencer a uma das duas grandes igrejas da Alemanha", disse um dos autores do estudo, Carsten Frerk.

No ano passado, 51% dos alemães pertenciam à Igreja Católica ou à Igreja Evangélica. Em 1990, 72% eram membros de uma das duas grandes igrejas.

A Igreja Evangélica, segundo dados oficiais, tinha 19,7 milhões de paroquianos no final de 2021, ante 20,2 milhões no ano anterior.

De acordo com os cálculos de Fowid na Igreja Católica, existem atualmente 21,8 milhões de paroquianos em comparação com 22,2 milhões no ano anterior.

"A tendência de queda já é observada há algum tempo, mas nos últimos seis anos acelerou mais do que muitos estimam", explicou Frerk.

Igrejas estão
cada vez
mais vazias


Enquanto entre 2000 e 2015 as igrejas perderam entre 0,6 e 0,8% dos membros anualmente, a partir de 2016 o número está entre 1,0 e 1,4%.

Além da morte de paroquianos, as Igrejas tiveram que enfrentar inúmeros pedidos de demissão nos últimos anos, no caso da Igreja Católica em grande parte relacionados aos escândalos de abuso de menores por clérigos.

O presidente da associação Interdenominacional Remid, Robert Stephanus, sustentou, em declarações ao semanário "Der Spiegel", que os motivos dos pedidos de retirada são variados e vão desde um protesto consciente contra as hierarquias eclesiásticas até o desejo de salvar o imposto que as igrejas são pagas.

Por outro lado, existem diferenças regionais na intensidade dos laços eclesiásticos.

Enquanto na Baviera, por exemplo, o número de pessoas pertencentes à Igreja permaneceu em níveis elevados por muito tempo, no território da antiga RDA já havia uma forte sangria durante os anos da divisão da Alemanha.

Entre 1950 e 1989 o número de membros da Igreja Evangélica caiu na antiga RDA de 15 para 4 milhões. O número de católicos naquela parte do país foi reduzido pela metade nesse período para cerca de 1 milhão.



Igrejas na Alemanha perdem fiéis em ritmo acelerado

 




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