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20 novembro, 2019

Nosso Nome: Resistência!!! ( Zé Luis - Sereno - Nei Lopes ) - Alcione






Olha nosso povo aí
Conjugando no presente o verbo Resistir
Nossos corpos densos Resistindo à opressão
Nossos nervos tensos suportando a humilhação

O olho cresceu, tumbeiro chegou
Mas o negro é aroeira
O couro comeu, o pau roncou
Envergou, mas não quebrou

Nega mina tem um dengo
Preto velho tem mandinga
De amansar feitor
Mão na cara, dedo em riste
De matar de amor

Palmares, balaios, malês, alfaiates
Fugas, guerrilhas, combates
Negritude resplandecente
Teatros, fundos de quintal, candomblés,
Blocos, jongos, afoxés
Olha o nosso povo aí
Assim também se Resiste
Consciente a se reconstruir

O nosso nome é Resistência!!!






CONSCIÊNCIA NEGRA
 
“Negro, sua Luta continua
 precisa sair com sua bandeira á rua
precisa continuar Lutando pelo seu Ideal
 precisa afetar a Consciência nacional 
 pos, a reforma agrária só terá Valor 
se não houver preconceito de cor
 vocês tem direito, muito mais
 a esta Terra Mãe
 imposta aos seus ancestrais
 vocês foram os Imigrantes
que do Brasil são amantes
 mesmo chegando aqui em corrente 
 levaram e levam esse pais pra frente
 então hoje vocês não podem deixar 
 ninguém sua Terra pegar
 vocês nos deram a Música. A comida, a religião
 nós te viramos as costas, negamos a mão
 os “intelectuais” dizem, com toda sua fraqueza 
 que a nossa língua é a português
 mas, a nossa Cultura popular
 veio de suas Terras, além Mar
 nós, brancos, te devemos demais
 nós cobre, pelo menos, a igualdade e a Paz”

(Sulinha 1988)






Nosso Nome: Resistência!!! ( Zé Luis - Sereno - Nei Lopes ) - Alcione