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28 outubro, 2019

Raul Seixas - Por quem os sinos dobram





Nunca se vence uma guerra lutando sozinho Cê sabe que a gente precisa entrar em contato Com toda essa força contida e que vive guardada O eco de suas palavras não repercutem em nada
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro Evita o aperto de mão de um possível aliado, é Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz Coragem, coragem, eu sei que você pode mais
É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro Evita o aperto de mão de um possível aliado Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz Coragem, coragem, que eu sei que você pode mais Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz Coragem, coragem, que eu sei que você pode mais
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais


O dia 21 de agosto onde um dos grandes nomes da música brasileira morria em um dia como este, em São Paulo, em 1989. Raul Seixas morreu vítima de um ataque cardíaco, resultado do seu alcoolismo, agravado pelo fato de ser diabético e por não ter tomado insulina na noite anterior, o que provocou uma pancreatite aguda fulminante.
Nascido em Salvador, no dia 28 de junho de 1945, ele iniciou sua carreira musical em 1962, época em que a bossa nova estava em alta. Contudo, ele preferiu seguir a linha de sua influência rock and roll, associada a elementos da música nordestina como o baião, xaxado e música brega. Quando adolescente, Raul chegou a fundar um fã-clube brasileiro do cantor Elvis Presley.
Sua primeira banda era chamada Os Relâmpagos do Rock, que mais tarde mudaria de nome para The Panthers e, finalmente, Raulzito e os Panteras. Contudo, a fama e o reconhecimento ainda estavam longe, tanto que no final dos anos 60 ele tentou a carreira como produtor na CBS, onde produziria e comporia para Jerry Adriani, Renato e Seus Blue Caps, Trio Ternura, Sérgio Sampaio e outros. Contudo, perdeu o emprego por usar o dinheiro da empresa, sem conhecimento dos seus superiores, na realização do seu LP, Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez.
O reconhecimento do seu trabalho aconteceria em 1972, quando foi às finais do Festival Internacionl da Canção, evento de música da Rede Globo, com Let Me Sing Let Me Sing e Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo. A participação valeu um contrato a Philips Phonogram. Ele lançou um compacto com esta música e, mais tarde, um segundo, Ouro de Tolo, seu primeiro grande sucesso.
Era o começo de uma carreira promissora, em que produziu 21 álbuns de estúdio, ao longo de 26 anos. Entre seus parceiros musicais está o escritor Paulo Coelho. Eles começaram a formar em parceria o grupo Sociedade Alternativa, anarquista, baseado na doutrina de Aleister Crowley e também destinado a estudos esotéricos. O grupo foi considerado subversivo pelo regime militar brasileiro e ambos se exilaram nos Estados Unidos, entre 1973 e 1974. No exterior, Raul conheceria ídolos como Elvis Presley, John Lennon e Jerry Lee Lewis.
Nesta época, foi lançado Gita, possivelmente o seu maior sucesso de vendagens e repercussão. Depois, seguiram outros trabalhos igualmente bem aceitos pelo público como Novo Aeon, Há 10 Mil Anos Atrás (último em parceria com Paulo Coelho), Raul Rock Seixas, O Dia Em Que a Terra Parou.
A partir dos anos 80, a saúde de Raul Seixas mostrou sinais de fragilidade por conta do consumo de álcool. Contudo, ele seguiu trabalhando em projetos como Mata Virgem, Por Quem os Sinos Dobram, Abre-te Sésamo. Passou a sofrer de hepatite crônica em virtude da bebida e começou a ter problemas com contratos e shows.

Pouco antes de sua morte, em 1988, Raul compôs, gravou e excursionou com o também baiano Marcelo Nova, vocalista da banda punk Camisa de Vênus. Seu último LP, A Panela do Diabo, foi lançado dois dias antes de sua morte. Curiosamente, depois disso, Raul passou a ser mais venerado do que nunca e seus trabalhos póstumos foram todos sucessos de vendas. Até hoje é comum escutar o pessoal gritando “toca Raul” ao pedir música para bandas em bares e festas.


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