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26 março, 2015

GP Brasil 1991 - Vitória Ayrton Senna - Melhores Momentos F1

24/Março/
1991Ayrton Senna vence pela primeira vez o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1;
1991 - Ayrton Senna, com apenas uma marcha, vence pela primeira vez o GP Brasil de Fórmula1

1991 - with just one gear left, the 6th, Senna wins in Brazil for the first time.
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Embora já tivesse dois campeonatos mundiais, Ayrton Senna ainda tinha uma grande frustração: nunca ter vencido uma corrida de F-1 no Brasil. Já tinham sido sete tentativas fracassadas. Os motivos eram os mais diversos, desde uma possível montagem equivocada dos pneus de seu carro e problemas mecânicos até a trapalhada do japonês Satoru Nakajima, reconhecidamente um dos pilotos mais trapalhões do automobilismo mundial.
Mas esta história mudaria em 24 de março de 1991. Cheia de esperanças depois de Senna ter feito o melhor tempo nos treinos oficiais, a torcida esperava pelo momento histórico que estava prestes a acontecer.

O sonho parecia ainda mais perto de se realizar quando Ayrton sustentou a liderança, seguido por Nigel Mansell, que ultrapassou Riccardo Patrese logo após a largada. Os dois primeiros abriram vantagem em relação a seus adversários, principalmente após ambos fazerem paradas irretocáveis. Logo o azar vitimou Mansell, que teve um pneu furado e foi obrigado a realizar um novo pit-stop. Com isso, Patrese assumiu o segundo lugar, mas ainda muito distante do líder Senna.
No entanto, a euforia ainda contida de Senna virou um dos piores pesadelos de sua vida. Conforme a corrida se aproximava de seu fim, o câmbio de sua McLaren começou a apresentar problemas e foi perdendo as marchas pouco a pouco.
O próprio piloto explicou em depoimento à Rede Globo:
“De repente, perdi totalmente a quarta (marcha), faltando 20 voltas para o final. Comecei a sentir dores no pescoço, no ombro e nos braços. Aí de repente, fiquei sem a quinta e a terceira (marchas). Nada funcionou, faltando sete, oito voltas para o final.”
Enquanto ele lutava com seu equipamento, Patrese se aproximava a cada volta. Nos tempos atuais, o problema não exigiria tanto de Senna, já que os F-1 têm eficientes transmissões sequenciais com trocas realizadas por borboletas atrás do volante. Naquele tempo a coisa era de macho, com câmbio manual e embreagem. Do jeito que deve ser. E assim foi, graças à força de vontade de Ayrton.
“Achei que não ia ganhar nas últimas três voltas com o problema no câmbio. Mas quando deu duas voltas, pensei: 'vai ser no grito'. Lutei tanto, tantos anos para chegar isso. Vai ter que dar. Vai ter que chegar em (sic) primeiro lugar”.