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23 fevereiro, 2015

O grosso da arrecadação se perde no buraco negro de Brasília.

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Corrigindo nossa tabela anterior, e ao mesmo tempo colocando mais dados. O Ceará passou a ser um "estado pagador" em 2014. Mas lembro aos nossos visitantes que ser recebedor ou pagador significa pouca coisa.

O Pará, por exemplo, um dos estados que mais recebem em relação ao que arrecadam, é totalmente destroçado pela Lei Kandir, que entre outras coisas, impede que o estado arrecade impostos sobre a energia elétrica que gera em suas usinas.

Essa tabela também mostra, que apenas 25,43% dos impostos federais, são reinvestidos nos estados e municípios. Todo o resto fica em Brasília.

Outros campos na tabela:

Dif: mostra a diferença entre o que arrecadou e o que recebeu. SP recebeu apenas 7,39% do que arrecadou, enquanto o Amapá recebeu 327,98% do que arrecadou.

Tot país: mostra a porcentagem que cada estado contribuiu no montante geral de impostos federais.

Arr por hab: mostra a média de arrecadação por habitante de cada estado. O DF teve uma média de arrecadação de R$ 35.569,26 por habitante, enquanto o Maranhão arrecadou R$ 994,08 por habitante.

Ret por hab: mostra o quanto retornou por habitante. Roraima recebeu R$ 4907,91 por habitante, enquanto SP apenas R$ 807,09.

Mas mesmo com todas essas disparidades, é importante notar o último dado mostrado pela tabela: todos os estados que mais receberam do que arrecadaram, receberam apenas 41 bilhões a mais.